aquele do bárbaro

234 21 2
                                    

Eu estava no salão de Blackdow com o Lundyer e o governador LS.
O Lundyer é o líder que rege o reino de Darkican a anos. Ele é o terceiro homem a liderar o nosso povo.
Estavamos tratando sobre alguns assuntos do exército Darkicano, quando o líder dos soldados, entrou na sala.

— Lundyer, me desculpe por interrompe-lo. Mas eu trago boas notícias. — Disse ZK com uma estranha animação contida.

— Espero que a notícia seja realmente boa, rapaz. — Falou o Lundyer.

— O assassino que você mandou para resolver um assunto na fronteira de Fousvin voltou. E ao que me parece, a princesa fugiu. — Disse ele e o Lundyer ergueu uma de suas sobrancelhas.

— A princesa fugiu? — Perguntou o Lundyer e ele ZK assentiu.

— Interessante... — Disse ele olhando para frente como se estivesse planejando algo em sua mente fria e vazia.

— E descobriram mais alguma coisa? — Perguntou LS.

— Há soldados Snoctanos e Suntowrriguêses espalhados por toda a fronteira de Fousvin. Parece que estão em missão de busca pela princesa. — Respondeu ZK.

— Snoctum e Suntowrrigan estão ajudando Fousvin, a troco de quê? — Perguntou LS.

— Uma aliança. — Respondi com o olhar fixo na mesa.

— Claro! Na certa ele estará entregando a mão da princesa para aquele que encontrá-la primeiro. — Disse LS.

— Clássico. — Continuou o mesmo e então o Lundyer pôs-se de pé atraindo a atenção de todos.

— Senhores. O que acham de participarmos desse joguinho também? — Perguntou o mesmo.

— Você mandará o assassino matar a princesa, Lundyer? — Perguntou LS.

— Não, matá-la seria fácil demais. Por isso eu pensei em algo diferente... E melhor. — Respondeu ele.

— E então? — Perguntou LS.

— Eu mandarei a minha "equipe de busca" saírem atrás da princesa. E assim que encontrarem, quero que a tragam para mim. — Respondeu o mesmo enquanto caminhava de um lado para o outro.

— Eu a usarei contra o rei Joseph e exigirei de volta o que um dia já foi nosso! O elemento ar. — Disse ele batendo as mãos na mesa.

— Eu dominarei todas as técnicas e no fim, conseguirei o Pergaminho Sagrado. Para que em breve meus amigos, nós possamos nos vangloriar por ser o primeiro reino a dominar todos os elementos. — Terminou ele causando uma enorme euforia no escuro e sombrio salão Blackdow.

— Mas Lundyer. O Pergaminho Sagrado só poderá ser aberto pelo regente escolhido. Dizem que somente ele tem o poder de abrir. — Disse LS e eu revirei os olhos.

— Isso é apenas uma lenda, Governador. — Falei sem a menor paciência.

— Eles usam essa história para se tornarem mais temidos e respeitados por todos. — Continuei e LS fixou um olhar indignado em mim.

— Isso não é apenas uma lenda. Está nas escrituras dos deuses. — Disse ele e eu dei de ombro.

— E desde quando você se importa com que está escrito nas escrituras dos deuses, governador LS? — Perguntou o Lundyer e então ele abaixou o olhar.

— Escrito pelos deuses ou não. Breve ele será meu. — Disse o Lundyer.

— Então, o que faremos? — Perguntou ZK.

— Chame o OT e diga que eu tenho uma missão para ele. — Ordenou o Lundyer e no mesmo instante ZK saiu a toda pressa.

O salão tornou-se silencioso com a saída de ZK. Nenhuma palavra a mais foi dita, embora que muitos estavam com a curiosidade pulando no coração, eu sabia que ninguém falaria sequer um "A", não ser que o Lundyer pedisse, é claro.
Depois de alguns longos segundos, o salão antes silencioso, ganhou o som da porta se abrindo e os passos calmos e familiares do OT se aproximando cada vez mais de nós.

— Mandou me chamar, Lundyer? — Perguntou ele aproximando-se de nós.

— Sim. Eu tenho uma nova missão para você. — Respondeu ele.

— Pois não? — Disse OT.

— Eu preciso que você vá para a fronteira de Fousvin e encontre a princesa antes de todos. Preciso que você a traga para mim. — Disse o Lundyer.

— Viva. — Enfatizou por fim o mesmo, fazendo o sorriso ladino do OT sumir de seu rosto.

— Pode deixar, Lundyer. Eu farei o que você mandou. — Concordou o mesmo um pouco decepcionado.

— Mandarei um dos seus Zections com você. Só para o caso de uma precisão. — Falou o Lundyer olhando para mim.

Os Zections, é um grupo de jovens assassinos nomeados e escolhidos pelo próprio Lundyer.
Um Zection tem que prometer fidelidade extrema ao reino e nunca desistir de uma missão. Falhar é tudo que não podemos.

— E quando partiremos? — Perguntei.

— Agora mesmo. O quanto antes vocês saírem mais tempo vocês ganham. — Respondeu o Lundyer e eu assenti.

— Sendo assim, eu prepararei o meu cavalo. — Falei virando as costas para sair quando o Lundyer me faz parar em um alerta.

— Tragam a princesa para mim e honre os Zections. Sejam leais a Darkican. — Disse ele e então assenti saindo do salão.

Depois que eu preparei o meu cavalo. Esperei o OT arrumar as suas coisas e organizar cuidadosamente o seu arsenal.

— Para quê tantas facas? Nós não estamos indo em uma missão para matar. É apenas um sequestro. — Falei enquanto eu embainhava uma adaga.

— Eu sei. Mas isso é estranho. Eu nunca fui em uma missão de sequestro. — Disse ele com chateação.

— Eu sou um Darkicano! Líder dos Zections. — Completou ele.

— Eu sei. Mas essa é a ordem do Lundyer e nós devemos segui-la. — Falei.

— O Lundyer não nos permitiu mata-la. Mas não falou nada sobre machuca-la. — Completou ele passando o dedo cuidadosamente pela lâmina de sua adaga e eu revirei os olhos.

— Agora eu entendi o Lundyer. "Só para o caso de uma precisão". — Falei repetindo as frases do mesmo e OT me lançou um olhar confuso.

— Ao que está se referindo? — Perguntou ele.

— Em você e seu impulso de ódio. — Respondi e ele deu de ombros continuando focado o seu trabalho de organizar suas tralhas para a "viagem".

— Agora sim. Estou pronto! — Disse ele orgulhoso com o seu cinturão de facas.

— Que exagero! — Bufei montando em meu cavalo.

— O que você chama de exagero, eu nomeio de precisão. — Disse OT também montando em seu cavalo.

— Aish. Deixe de conversa e vamos logo. — Falei e nossos cavalos relicharam em partida.

Então, demos início a nossa viagem até a fronteira de Fousvin para procurar por possíveis pistas da princesa fugitiva.

Beyond The HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora