aquele de Jaquelyn

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Assim que o dia amanheceu eu me levantei e me toquei. Eu estava mais que disposta para descobrir alguma coisa sobre o Chanceler. Eu fui para a sala e logo vi o Jeremias arrumando a mesa, e quando eu me aproximei, logo vi uma panela de sopa de legumes e pães caseiros e em seguida eu me aproximei do mesmo.

— Eu não acredito que você cozinhou. — Falei enquanto me aproximava da panela de sopa quente que cheirava muito bem.

— Nossa. Nem um "bom dia, irmão mais lindo do mundo"? — Perguntou-me ele em um tom de brincadeira e então eu sorri.

— Bom dia, meu irmão favorito. — Falei sorrindo.

— Engraçadinha. Só fala isso porque eu sou o seu único irmão. — Disse ele fingindo chateação e então eu rir.

Em seguida eu coloquei um pouco de sopa no prato e mordi um pedaço do pão.
Estava incrível, me lembrava até a comida da minha mãe, e isso tudo me lembrou minha casa em Crivel.

— Agora fale a verdade. Quem fez essa comida foi o senhor Park, não é? — Perguntei enquanto comia a sopa e o mesmo assentiu.

— Foi um presente da mulher dele. — Disse ele.

— Imaginei. — Falei sorrindo.

— Mais eu cozinho muito bem. Para a sua informação. — Disse Jeremias enquanto eu ainda sorria.

— Está bem, Jeremy. Você só sabe usar uma faca para matar os animais, não para cozinhar. — Falei e então ele riu.

— É, talvez você tem razão. — Disse ele e então eu rir.

Assim que terminariamos de comer, eu paguei o meu lenço e envolvi em meu rosto, afim de deixar apenas os olhos a amostra, eu não poderia me arriscar em Staticaw.
Já estávamos do lado de fora e logo, montamos em nossos cavalos para sair a procura de informações. Nós planejavamos procurar pistas sobre o Chanceler interrogando as pessoas pelos principais pontos de Staticaw, e assim fizemos, Jeremias seguiu para o norte enquanto eu fui para o sul, nós combinamos que estaríamos na praça central da cidade antes do sol se pôr com possíveis informações sobre o Chanceler.
Essa era a nossa etapa número um.

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O sol estava quase se pondo e por isso que seguir em direção a praça principal, lugar onde eu combinara de me encontrar com o Jeremias.
Quando eu cheguei na praça, ele ainda não havia chegado, mais depois de mais ou menos cinco minutos eu o avistei se aproximando.

— Alguma informação? — Apressei-me em perguntar.

— Eu perguntei a cada pessoa que eu via por essas regiões e ninguém me deu uma informação concreta. — Respondeu ele e então eu soltei um suspiro de frustração.

— As pessoas falam que ele passeia constantemente pela praça e que visita muito a feira. Eles me dizem o horário e até os dias, mais não sabem me dizer o local exato. — Continuou o mesmo.

— Um senhor chegou a me dizer que ele costuma a vir por aqui, mais não soube dizer o qual. — Falei e então ele me encarou com frustração.

— É. Acho que eles não ligam nem um pouco para a presença do Chanceler. — Brinquei e então ele riu.

— Bom, vamos voltar para a cabana. Amanhã nós investigaremos mais. — Falou o mesmo e então eu assenti.

Nós pegamos o caminho de volta para a pequena cabana e logo que chegamos a feira, o senhor Park nos parou.

— Boa noite. — Disse ele com um sorriso simpático de sempre e então respondemos.

— Estavam passeando? — Perguntou ele.

— Quase isso. — Respondeu Jeremias.

— Eu estava atrás de informações sobre o Chanceler, porque eu preciso que ele me arrume alguns minutos com o rei. Eu preciso conversar com o mesmo. — Continuou o mesmo.

— Então eu aproveitei e fui mostrar a cidade a minha esposa. — Concluiu Jeremias.

— Olha, o Chanceler aparece constantemente em meu bar. Se você quiser eu posso falar com ele para você. — Disse o senhor Park nos deixando surpresos.

— Com licença senhor Park. Mais o Chanceler costuma a ir sozinho ou acompanhado para o bar? — Perguntei e então ele me encarou confuso.

— Ele costuma a ir sozinho. Mais muitas vezes eu já vi o mesmo acompanhado com um outro homem. — Respondeu ele e então eu agradeci.

— Senhor Park, você pode fazer o favor de me chamar quando o Chanceler aparecer no seu estabelecimento? — Perguntou Jeremias e então ele assentiu.

— Mais é importante que o senhor não os informe sobre mim. Apenas quero que me diga quando eles estiverem com o senhor. — Falou o mesmo e então o senhor Park assentiu desconfiado e logo saiu.

Nós seguimos para a cabana.
Amarramos os nossos cavalos do lado de fora como de costume e logo entramos.
Jeremias imediatamente tirou as suas botas e se jogou no sofá, se perdendo em seus pensamentos enquanto fitava o teto. Eu estava sentada na cadeira, aflita e nervosa, porém eu estava feliz com a informação que o senhor Park nos dera.
Estávamos mais perto do que imaginamos.
Em seguida, escutamos um barulho de alguém batendo na porta e logo, eu corri para atender. Assim que abrir me deparei com o semblante sereno do senhor Park me encarando.

— A senhora é muito bonita, Jaque. — Disse ele com um sorriso e imediatamente eu cobrir o meu rosto com as mãos, mais era inútil.

O Jeremias se aproximou e logo foi falar com o senhor Park.
Maldição! Como eu pude me esquecer do lenço?!
Espero que ele não me reconheça como a dama da corte da princesa Celestia.

— Algum problema, senhor Park? — Perguntou Jeremias.

— Nenhum problema, Jerry. Eu só vim te avisar que o Chanceler está aqui. — Respondeu o mesmo, me deixando surpresa.

— E ele está acompanhando. — Continuou o mesmo e então Jeremias e olhou de relance.

— Venham comigo. Eu levo vocês até eles. — Disse ele saindo e logo nós os seguimos para a sua pequena casa que era bem próxima a nossa.

Assim que nós adentramos pelo fundo da sua casa, ele nos conduziu lentamente para a frente, onde estava instalado o seu bar. Ele nos guiou até o balcão e mandou nos abaixarmos nas escuras sombras.

— Vocês podem ficar escondidos aqui. — Disse o senhor Park aos sussurros.

— Aqui da para ouvi-los bem, e se quiserem, também pode vê-los. — Continuou o mesmo apontando para um pequeno buraco que havia ao nosso lado.

— Obrigado, senhor Park. — Disse Jeremias.

— Jerry, você sabe que pode contar comigo pata qualquer coisa. Você já me ajudou muito. — Disse o mesmo se afastando cautelosamente e antes que se levantasse ele parou e nos encarou.

— Boa sorte. — Disse ele com o seu sorriso simpático de sempre antes de sair.

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