aquele do príncipe I

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Antes de adentrarmos em Crivel para irmos atrás das garotas, nós paramos atrás de algumas árvores para trocarmos de roupa, afinal, não poderíamos nos misturar com os Crivelianos trajando nossas roupas reais de outro reino. Isso chamaria atenção até demais, e não era o que queríamos.

— Pronto! Agora podemos sair. — Falei saindo do "esconderijo" e os outros me seguiram.

— Tem certeza que temos que usar esses trajes? — Perguntou o soldado ruivo do príncipe.

— Claro que sim. Ou você prefere sair procurando a princesa com os trajes do exército Snoctano? — Falei com ironia e logo ele abaixou o olhar.

— E então, o que faremos agora? — Perguntou-me o soldado moreno.

— Agora que estamos bem disfarçados, nos separaremos para encontrar essas duas garotas. — Respondi e todos assentiram.

Conversamos e decidimos nos dividir entre os principais pontos de Crivel. E com tudo decidido nos preparamos para dar início às buscas o mais breve possível.

— Iremos nos encontrar aqui, depois que o sol se pôr. — Falei.

— Mesmo que não tenhamos conseguido informações? — Perguntou Henry.

— Com ou sem informações, devemos estar aqui depois ao anoitecer. — Respondeu o príncipe e eu assenti.

Em seguida todos nós seguimos para os seus lugares destinados para obtermos informações sobre a as garotas crivelianas.

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sol se pôs.
A noite chegou mais rápido do que eu esperava. Eu interroguei todos os Crivelianos que cruzaram comigo hoje mais cedo e não obtive resultado algum. Voltei para o ponto de início, o lugar em que combinamos nos encontrar no final do dia. Todos já estavam lá, aparentemente frustrados. Eles se aproximaram curiosos e cheios de expectativas quando me viram chegar.

— E então, encontrou alguma coisa? — Perguntou-me Ethan e eu balancei a cabeça em negativa.

— Bom. Procuraremos mais amanhã. — Disse o moreno colocando a mão em meu ombro e eu assenti.

— Todos aqui? — Perguntei.

— Ainda falta o seu irmão. — Respondeu o príncipe.

— O Samuel ainda não chegou? — Perguntei preocupado.

— Estão vendo, isso que dá trazer uma criança para uma missão séria. — Comentou o soldado ruivo com ironia e uma pequena chama pôde ser vista em meus olhos com tamanha raiva, e isso fez com que todos se espantassem, em exceção, é claro, do príncipe, que me olhava com o mais puro tédio.

— Demorei, rapazes? — Disse Samuel atraindo a atenção de todos no lado escuro da mata.

— Onde você estava?! — Perguntou Ethan preocupado.

— Eu fui para o lado oeste e não te encontrei por lá. — Continuou ele e eu o encarei surpreso.

— Como assim não estava lá? — Perguntei encarando Samuel e ele revirou os olhos.

— Quando eu não encontrei resultados em minha rota. Mudei os meus planos. — Respondeu ele.

— Onde você estava com a cabeça, garoto?! — Repreendeu-o Ethan.

— E se acontecesse algo de ruim com você?! — Continuou o mesmo.

— Olha, eu só quis ajudar, está bem? — Disse Samuel.

— E vocês tem que parar de me tratar como uma criança. Eu sou um soldado! — Continuou ele e Ethan parou, sem saber o que dizer.

— Enfim... Eu tenho novidades. — Disse o mesmo e todos o encararam surpresos.

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