HAG

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Hey amores!!

Eu estava lendo os comentários esses dias e mtos de vcs comentaram nomes de musicas que vcs estavam ouvindo ou imaginaram tocar nas cenas!

Eu proponho uma brincadeira!! Comente o nome da música que vc acha que combina com a história ou que vc ouvia enquanto lia!! Pode ser música que vc acha q combina com a história ou com algum momento da história!!

É algo pra tentar descontrair! Compartilhar O que vcs sentiram com todos, gosto de ouvir a opinião de vcs!!

Comentem aqui a musica

É ISSO! BORA PRA HISTÓRIA!!

Comemos e fomos ao quarto novamente.

Namjoon se sentou de frente ao seu computador e eu me sentei na cama com outro livro em mãos.

- Você quem escreveu esse também?- Eu perguntei.

- Esse foi uma colega minha quem pediu.- Ele diz.- Ela me deu um exemplar, isso antes de tudo ficar frio e não nos falarmos mais.

- Nossa, mas o que você fez, ein?- Perguntei em tom de brincadeira.

- Foi um episódio muito esquisito na minha vida.- Ele vira a cadeira pra olhar pra mim.- Diria que foi até desastroso.

Olhei já levando mais a sério o que ele dizia.

- Mas deixa pra lá. Eu acho ela muito boa escritora, acho que vai gostar desse livro dela.

- Certo...- Olhei o verso da capa.- Romance policial. Adoro.

- Aff, que nojo.- Ele diz em tom de brincadeira.

- O que? Por quê?

- Vida de policial não é tão legal assim. Eu pensei em escrever um depois da minha experiência no exército, mas quando pedi ajuda pro Jungkook, desanimei total.

- É tão ruim assim a vida de um policial?

- Não é que é ruim, mas é que não tem como romantizar o que ele passa todo o dia.

- É tipo romance medicinal. Como você pode romantizar um momento de tanta pressão assim? Na minha opinião, não se romantiza um ambiente tão rodeado por morte. Tem que ser algo mais realista.

- Acredito nisso também. Mas a gente escreve sem muito compromisso com a realidade. Talvez porque se retratarmos exatamente o que é real, eu acho que ninguém nos procuraria para fugir do mundo que vivemos.

Afirmo com a cabeça.

- E isso que você está escrevendo?- Mudo de assunto.- É o que?

- Um romance de época.

- Interessante.

- É, eu acho que o mundo tá precisando voltar um pouco aos velhos tempos, não que sejam melhores que hoje. Mas é o que eu disse: Tentar escapar desse mundo que a gente vive.

- Seu trabalho é muito bonito.

- Eu só acredito nisso quando as pessoas realmente se entregam ao que proponho.

- E você acha que elas fazem isso?

Ele apenas sorriu e se levantou, com algumas folhas em mão, e caminhou até a cama, deitando a cabeça na minha coxa.

- Gostaria de ler isso para você.- Ele disse.- Se importa?

- Fica à vontade.

Ele ajeitou as folhas em mão. Eram duas, grafia à mão. Uma letra de forma, bonita, que sobreposta à luz do teto, dava para ver a grafia da folha de trás.

- "Bobo é aquele que olha para o céu e não pensa: Sou feliz? Eu consigo ser feliz com o pouco que tenho?

"É específico demais. Afinal, talvez ninguém nunca tenha olhado para o céu e ter se feito essa pergunta, mas a pergunta em si... Daí muda.

"Sou feliz com o que tenho? Com as pessoas que convivo? Com os risos que dou? Com a boca que beijo? Eu consigo ser feliz sem muito luxo ou capricho? Eu sou esse tipo de homem?

"Me peguei de noite, minutos, talvez até horas, não sei, não contei, olhando para o céu escuro de Seul, iluminado pelas casas de seus habitantes, e me fiz essa pergunta. Me senti esquisito. Será que somente eu fiz aquilo naquelas noites? Fui o único que apoiou os ombros sob o para peito e me perguntei aquilo?

"Talvez se eu me endago de tal estado de felicidade, é porque não seja feliz. Ou talvez não. Se me questiono do meu estado de felicidade, me pegando sorrindo, me pegando curtindo um embalo de uma música, só talvez, nem que seja por aquele momento, eu realmente esteja feliz. E se me peguei assim, oras... Talvez seja porque eu precise daquilo. Eu percebi aquilo porque era o que faltava em mim.

"Então eu olhei de novo para o céu, junto do amor, adormecido na minha cama, e suspirei. Respondi, enfim, a pergunta que me assombrava: Sim. Com o pouquíssimo que tenho, eu sou uma homem feliz."

Namjoon havia virado as páginas enquanto lia e eu nem percebi. Fiquei com os dedos cavando entre seus cabelos azuis e os olhos fitos ao teto, pensativo. Senti alguma coisa no peito me deixar feliz.

O texto dele me tocou. Como todos os outros. E mesmo que não fosse pra mim, tudo que Namjoon escrevia me tocava. Ele tinha esse dom.

Olhei para ele, enfim. Ele estava olhando para mim, a princípio, achei que procurava aprovação do texto. Mas depois percebi que ele estava era curioso, procurando minha reação. E eu, um pouco sentido com o texto, dei um sorriso miúdo.

- Não sei o que dizer.- Eu disse.

- Não tem que responder nada, querido.- Ele disse.- Já respondeu minha pergunta.

- Já?

- Seus olhos já responderam por mim.

Meu coração bateu e me coloquei no lugar do homem do texto. Eu era feliz com o mínimo que tinha? Então por que arriscar tudo desse jeito?

Não sei Namjoon me faz refletir de propósito ou inconscientemente. Mas ele o faz.

- Vai ser uma coisa que eu vou me perguntar essa noite...- Murmurei baixinho.

- Acredito que sim...

Ele se sentou na cama e me olho. Deu um selinho nos meus lábios e se ajeitou entre as cobertas.

- Vamos assistir um filme?- Perguntou puxando o controle da televisão.

- Sim, vamos.

Me ajeitei nas cobertas também e me deitei com a cabeça no peito de Namjoon, ao que ele me abraçou.

Estava tudo bom. Estava tudo quente. Estava tudo tão certo...

Eu estava, sem sombras de dúvidas, completamente feliz com aquilo. Deitado com Namjoon vendo um filme qualquer.

Eu sou um homem. E eu sou feliz com o pouco que tinha.

Deixem a estrelinha e desculpem a demora! Está ficando cada vez mais difícil escrever, ainda mais agora na reta final!!

Mas não se preocupem! Em breve postarei mais! ❤

{MR.RM-RETURN} Ksj X KnjOnde histórias criam vida. Descubra agora