- Senhor, chegamos. O cocheiro da carruagem assustado anunciou que tinha chegado ao local indicado.
- .... - O homem vestido com vestes pretas e um chapéu cobrindo a cabeça, apenas desceu da carruagem e suspirou.
" Amigo... Tinha lugar mais afastado do que esse" o homem observou a mansão, que era afastada do vilarejo.
A residência era suntuosa, não era por menos, ele mesmo tinha construído." Um lugar que era para ser meu e de você, meu amor..." O homem observava o grande portão que trazia as iniciais ED.
Dentro da mansão os diversos empregados estavam agitados. Os rumores que o dono da mansão iria finalmente aparecer, fizeram causar uma pequena comoção.
O empregado mais velho, um senhor elegante, que vestia um terno e luvas nas mãos. O mordomo, que tinha visto apenas uma vez o homem, tentava colocar ordem no ambiente.
- Por favor, todos vocês! Me escutem!! Prestem bastante atenção!! O senhor, dono deste lugar, está quase chegando. E peço que vocês não o encarem ou olhem muito tempo para ele. Sem perguntas... Sem gracinhas... O senhor olhava para cada um dos empregados.
De repente a enorme porta principal se abre. Revelando um homem com trajes escuros e um enorme chapéu. Sabia que aquelas vestes eram caríssimas. O homem trazia com uma bengala, com a ponta de uma caveira.
- Senhor Destler, e uma honra revê-los! O mordomo fez uma referência.
O resto dos empregados acompanharam e fizeram o mesmo gesto.
O homem só observou todos, e continuou a caminhar para o segundo andar.
- Senhor Destler. Por favor, deixe-me mostrar seu quarto. O mordomo se apressou o correu atrás do homem
- Eu sei onde fica. Afinal eu que projetei este lugar. O homem falou ríspido.
O mordomo decidiu ficar em silêncio, e deixar o homem caminhar sozinho.
O interior da mansão era decorado com esculturas em mármore branco. Quadros e mais quadros. O chão refletia o sol, paredes claras com pontos onde o papel de parede bordô realçava o ambiente.
" Minha amada... Acho que é realmente hora de me despedir de você, de uma vez por todas" o homem no quarto, estava cansado. A viagem foi tão demorada, e sua face queimava. Era sinal que ele estava ficando irritado.
Retirando o chapéu, e a máscara que cobria metade de seu rosto, o homem se observava no espelho.
" Um monstro... É aqui que devo ficar afastado de tudo. Sem meu amor, porque a morte não o levou ao invés de sua tão gentil Christine" o homem em fúria quebrou o espelho, tingindo o chão de vermelho. Sangue escorria de suas mãos.
Anastásia tinha dormido tão bem... Oh poderia ser essa paz todos os dias. Seria perfeito, um paraíso.
- Bom dia, Constance. A jovem estava se esticando, dormirá tão bem.
- Olá, menina. Vejo que perdeu hora. A senhora se aproximou da cerca, que dividia as casas.
- Pois é, fazia anos que não dormia tão bem. Mas terei que limpar a casa hoje. Se elas chegarem e não virem o chão brilhando, terei problemas... Anastásia suspirou.
- Não se force, veja... Está tão magrinha. Coma primeiro sim? Constance sorriu para a jovem.
- Pode deixar. Depois do café eu irei fazer minhas tarefas. Anastásia acenou e foi para casa.
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Olhe com seu coração
RomanceA família Chabert era muito feliz, Desirée e Theodore formavam um belo casal, juntos tiveram uma linda filha chamada Anastásia. Mas por uma infelicidade, Desirée contraí uma doença mortal, deixando Theodore viúvo. Um rápido casamento, traz a casa d...