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Anastásia estava paralisada, segurando uma surrada mala a jovem só observou a carruagem partir.

- Senhorita? Edmund observou a jovem, ela estava com um olhar distante.

- Vamos entrar, está frio. Deixa que eu levo para a Senhorita. Edmund tentou pegar a mala da jovem.

Anastásia segurou firme a mala, e não permitiu que o senhor pegasse.

- Senhorita... Ah, por favor vamos entrar, você está tremendo. Edmund falava com uma voz gentil.

A jovem finalmente olhou para o homem, estava com um olhar cansado e triste.

Ao entrar novamente na mansão Anastásia observou que a mesma estava vazia.

- Vamos, te mostrarei seu quarto. O senhor subiu as escadas e esperou a jovem que estava andando devagar.

- Bem, espero que a senhorita goste deste quarto, qualquer coisa por favor pode me falar, irei prontamente atender. O senhor abriu a porta e revelou um enorme quarto, com lindas cortinas azul claro, uma cama gigante e um lustre tão belo.

- Senhorita, me perdoe, mas não fiz minha devida apresentação, muito prazer, Edmund. Sou o mordomo da mansão Destler. Posso saber seu nome senhorita? O senhor estava paciente, não tinha ideia como alguém poderia fazer algo tão cruel com alguém.

- Anastásia Chabert, senhor. A jovem finalmente falou.

- Wow, Anastásia... Bem, bem-vinda Senhorita. Por favor fique à vontade. Edmund fechou a porta do quarto.

Anastásia observou aquele lugar, por que iriam dar um quarto tão bonito a ela? A jovem estremeceu, talvez lá seria onde o homem iria aproveitar dela. Não era certo, alguém como ela, não tinha direito de ficar num lugar tão bonito.

Persa estava com Erik no escritório, ainda desconfiava de como o homem tinha entrado e andando pela mansão sem ninguém ter visto.

- Ainda me pergunta, você sabe... túneis secretos. Mas isso não vem ao caso, agora eu te pergunto, como aquela jovem vai viver aqui? Eu realmente não irei ser tutor daquela senhorita. Erik estava sentado e estava furioso.

- Eu... Eu... Realmente não sei. Ah, ela pode ficar aqui. Eu ... Eu irei partir logo, ela vai ficar aqui, vai ... Persa estava se atrapalhando com as palavras.

- Me vigiar? Tentar que eu não tirei a minha vida? O que diabos vocês pensaram que arrumando alguém, eu iria mudar de humor? Magicamente assim? Erik elevou a voz.

- Sinto muito..., mas, eu não vou perder meu irmão, não quero perder mais ninguém! Persa estava chorando, não iria se perdoar se Erik partisse também.

Erik o observou, ele tinha um grande apresso por Persa. Sabia que o homem mantinha também grande consideração e uma amizade.

- Oh... E aí, aonde está a jovem?! Phoebe entrou alegremente no escritório.

Ambos dos homens a olharam a mulher, e aquele olhar não era coisa boa.

- Ah... Não deu certo? O que são essas caras? Phoebe estava curiosa.

- A mulher que estava a pouco aqui. Vendeu a enteada ... Isso que aconteceu. Se é algo que deu certo, bem... Pode-se dizer que deu. Erik se levantou e passou a mão no cabelo já longo.

- Ah? Persa, querido ... Me explique. A mulher estava confusa. Ela tinha divulgado sobre a posição de uma donzela para cuidar da mansão, que seria um contrato de emprego e não... Uma venda...

- A única pessoa que apareceu, foi uma mulher cínica que quis vender a enteada, por 100 moedas de ouro. Isso Phoebe é o que aconteceu. Persa estava irritado.

- Oh céus! E vocês não aceitaram isso, não é? Phoebe olhou os dois homens.

- Eu a comprei... Por 500 moedas. Erik falou ríspido.

- Erik! Como... Como ousa fazer tal barbárie! Você! Eu... Nunca iria imaginar que você... Phoebe não estava entendo.

- Sim, eu a comprei. Porque a garota estava tremendo e aquela mulher poderia fazer algo pior se não houvesse acordo! Erik gritou

Quando Erik era criança ele passou por aquilo, era órfão e tinha nascido com um rosto desfigurado, e cicatrizes que acompanhavam toda extensão do lado direito de seu corpo. Era sozinho desde os quatro anos de idade, passava frio, fome e vagava nas ruas escuras de Paris. O pior ainda estava por vir, quando um dono de um circo o encontrou, e o vendeu para uma grupe de ciganos, que faziam shows com diversas aberrações. Foram os 15 anos mais doloridos de sua vida.

- Aonde está a jovem? Phoebe queria tranquilizar a garota, ela deveria estar apavorada.

- No quarto ... Edmund a deixou lá. Persa suspirou, realmente aquele dia estava sendo muito difícil.

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