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- Certo, maçãs, açúcar, farinha... Hum... É verdade, baunilha. Adoro baunilha!! Anastácia tinha retornado do vilarejo e estava na cozinha conversando com as senhoras.

- Menina, você irá fazer o que com isso? Uma das senhoras estaca curiosa.

- É uma sobremesa, eu sempre fiz... É algo simples mas muito gostoso. A jovem estava finalizando a receita.

- Mas... Você já jantou, e sobremesa, nós fizemos. A senhora continuou.

Anastácia só sorriu, queria fazer algo para agradecer Erik. Ele era uma pessoa um pouco estranha, mas não era ruim.

" O beijo dele também não era ruim, não é Anastácia?" A jovem estava sorrindo a toa, mas ficou sem graça de repente.

- Certo, você pode terminar seu doce. Olha a hora! Somos de idade já, iremos dormir. Tchau querida! As senhoras se retiraram deixando a jovem sozinha.

A torta de maçã estava pronta, estava tão cheirosa. Certeza que Erik iria gostar. Ela tinha chegado um pouco tarde, e assim não pode tocar piano, não queria fazer barulho. E até agora Erik não tinha aparecido.

Subindo os degraus com cuidado com a torta, a jovem vacilou ao ficar em frente do quarto do homem, aquilo seria muita audácia dela? Mas ela só queria vê-lo. Tinha pensando sobre o que Edmund falará. Queria mesmo falar sobre sua esposa, mas... Seria muito desrespeitoso.

Erik estava em seu quarto, passava o dia bem. Sem Anastácia na mansão tudo parecia tão mais calmo. Achava graça em saber que a jovem tinha ficado apreensiva em sair, por sua causa.

" Não é como eu fosse arrumar qualquer motivo para me matar, não é?" O homem estava sentado numa poltrona lustrando sua espada.

Seus pensamentos pararam ao ouvir um toque na porta.

- Edmund, já é tarde, vá embora! O homem gritou

- Sou eu, Anastácia.

Erik se questionou o motivo dela estar acordada ainda. E porque estava querendo conversar com ele, talvez queria saber se ele estava bem.

- Entre!

Anastácia abriu a porta com cuidado, olhou para dentro do quarto e viu Erik com uma espada na mão.

- Não!! O que... O que você está fazendo!! A jovem correu deixando a torta numa mesa.

Erik estava rindo, como poderia ser tão pessimista em relação a ele. Só estava cuidando de suas armas.

- Me dá isso! Porque você está com uma espada? A jovem puxou o objeto da mão do homem e o olhou feio.

Erik soltou uma gargalhada, aquela jovem era realmente desconfiada.

- Não sei do que tanto ri. Se não fosse por mim...

- Eu estava limpando minhas armas, não vê? Eu não ia me matar ou me ferir. Agora, me devolva isso. Crianças não podem brincar com espadas.

- Eu ... Eu não sou uma criança, e não. Eu te trouxe algo, e agora eu fico com isso.

- Certo... Não vou retrucar, quem está armada é você. E o que você me trouxe? Outro presente?

Anastácia estava em frente ao homem, seu coração acelerava a cada passo que ele dava em direção a ela.

- O que foi? Talvez o gato comeu sua língua?

Erik estava se divertindo, a jovem estava paralisada. Foi fácil tirar a espada de sua mão e depois vê-la assustada.

- Hey!! Não vale... Eu... Eu... Eu não estava prestando atenção.

- Sim, eu sei. Percebi logo que você não parava de me olhar. O que está achando?

Anastácia corou, e caminhou até a mesa e mostrou a torta.

- Te trouxe isso, é um agradecimento por me deixar ver minha amiga.

- Tarte Tatin? Erik questionou a jovem.

- Ah... Torta de maçã. É, o que Tarte??

- Oh... Bem, isso é conhecido como Tarte Tatin. Em Paris eu comia muito.

- Hum... Então a torta de maçã, tem outro nome.... Interessante. Tarte Tatin?

- Isso! Correto ... É está muito bonita a aparência dela. Vem, vamos comer.

Anastácia se sentou e olhou o homem, ele estava tão bonito com aquele cabelo preso. Não era certo ficar o encarando daquele jeito.

- O que foi? Você veio até aqui para ficar me olhando?

- Desculpa. Aqui, espero que goste. A jovem serviu o homem.

Erik provou o doce, realmente estava muito bom. Com certeza poderia ser vendido em qualquer confeitaria famosa de Paris.

- Não está ruim.

- Ah!? Calma, está muito gostosa. Como você só pode falar isso.

- Tenho um elevado gosto para as coisas, sinto muito. Não está ruim, é um elogio.

A jovem fechou a cara, tinha pensado naquela receita e feito com tanto carinho para receber um "não está ruim".

- Mas você realmente gostou, pois se lambuzou inteira. Erik olhou para o canto da boca da jovem que estava sujo.

Inclinando um pouco para perto da jovem, encostou seus lábios no canto sujo, lambendo rapidamente.

Anastácia não piscou, o que estava acontecendo, ele... Ele... Havia a beijado de novo.

- Pronto, limpo. Erik tocou nos lábios da jovem e sorriu.

- B... Boa... Boa noite Erik. Anastácia estava sem jeito, só queria sair de lá. Com certeza estava vermelha e não queria que Erik a visse daquele.

O homem só observou a jovem correr, estava sendo comum ver aquela cena, Erik não conseguia mais esconder, estava gostando de Anastácia.

Olhe com seu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora