Olhe com seu coração

34.

- Com licença, mas não há dois quartos disponíveis? Anastácia olhou para a senhora que estava na recepção da pousada.

- Sinto muito senhorita, mas temos apenas um quarto. Mas vejo que você e seu marido podem ficar nele, irei preparar tudo.

Erik estava assustando todos que passaram perto dele, sua presença dava calafrios em todos.

- E...ele... Não é meu marido. A jovem corou ao tentar consertar o mal entendido.

- Oh!! Mil perdões! Vocês parecem tão... Bem juntos e eu pensei...

- Iremos ficar com o quarto senhora, aqui pagamento adiantado. Erik entregou uma sacola de moedas de ouro, e depois subiu para o quarto.

Anastácia relutou ao pensar que teria que compartilhar o mesmo quarto com Erik. Estava nervosa e não seria uma boa ideia aquilo.

O quarto era simples, mas era espaçoso e arejado. Uma cama de casal se encontrava no meio do cômodo e um sofá encostado próximo a um baú.

- Eu...eu... Fico com o sofá! Você pode dormir na cama. A jovem se sentou no sofá e virou o rosto a fim de esconder o rosto vermelho.

- Claro que não! Você é uma dama, seria rude de minha parte aceitar isso.

- Erik... Eu não sou uma dama. E eu não sou importante, você é. Eu sou acostumada a dormir em lugares piores, acredite. Esse sofá é de longe o mais confortável dos lugares. A jovem sorriu.

- Não seja teimosa, claro que você é importante. Erik se aproximou da jovem.

- Odeio que você se menospreze, o que você viveu com aquela mulher desprezível, não é o certo o que seja que ela te falou, você é sim importante.

- Obrigada... Mas isso não muda o fato que você é dono de tudo. E eu só sou uma intrusa, que você ficou com pena.

- Maldição! Eu estou lhe dizendo... Você é importante para mim! Não é uma intrusa. Não sou seu dono também!

A jovem se assustou com o grito do homem, ele estava mudado, a observando de um modo estranho.

" Você é importante para mim!" Anastácia relembrava aquela frase, ninguém nunca havia falado aquilo, tirando seus pais.

- Me desculpa... Eu não quis te deixar bravo. Obrigada... Eu nunca ouvi isso, de ninguém. A jovem começou a chorar.

Erik balançou a cabeça, ótimo tinha feito a garota chorar com seu temperamento explosivo.
Se aproximando dela a fitou seriamente.

- Agora... Você irá ficar com a cama, não me desobedeça sim?

- Eu prefiro o sofá, veja ele tem meu tamanho. Você é tão alto que iria ficar desconfortável. Não entenda mal. É... Só questão de praticidade, é... É isso!

O homem bufou, realmente discutir com aquela garota era perda de tempo. Somente deu de ombros e saiu do quarto.

Anastácia ficou aliviada, o homem estava tão perto dela, que... Seu coração não estava conseguindo se acalmar.

Já era tarde, e a jovem se arrumou para dormir. Se enrolou numa coberta e se encolheu no sofá.
Erik encontrou a jovem num sono profundo já, era tão errado deixá-la naquele minúsculo sofá. Sem pensar muito, pegou a jovem no colo e a colocou na cama. Sem antes de acariciar seu rosto, era tão bela.

" É tão bela quanto teimosa" o homem sorriu ao ver que a jovem estava sorrindo ao dormir.

Erik se sentou no sofá e logo em seguida também dormiu.