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Havia se passado três semanas, e o vilarejo estava espalhando a grande novidade, o homem misterioso estava atrás de uma companheira.
As pessoas tinham medo por causa dos rumores sobre o passado do homem, e por ele nunca ter aparecido no vilarejo. Era um mistério e ninguém queria pagar pra ver.

Nem com a promessa de uma quantidade de dinheiro, fazia as pessoas pensarem em se oferecerem.

As empregadas da mansão não tinham permissão de falar nada que acontecia na mansão, porém as caras de pavor que elas faziam cada vez que alguém perguntavam algo, já dava uma noção que não era um dos melhores lugares.

Já na casa de Anastásia, a madrasta estava pior do que nunca, com o trato do colar, a mulher tratou de transformar a vida da jovem num inferno.

Não que a vida de Anastásia fosse fácil, mas ultimamente tinha duplicado as tarefas.

- Anastásia, aqui... Lave isso para mim! Innes jogou o pesado vestido para a jovem.

- E venha pentear meu cabelo!! Judith gritava no outro quarto.

- E venha passar minha roupa!! Martine gritava

Anastásia estava ficando louca, o que essas mulheres pediam aquelas coisas tão banais?

- Você não limpou direito isso, faça de novo!! Innes jogou o chá no recém limpo chão.

Anastásia observou aquilo, era certeza, o chão estava brilhando, por que fazer algo assim?

- O que foi? Vai... Limpa agora. Depois venha ao meu quarto. A madrasta pisou no líquido e pisoteou por toda casa o chá.

" Perfeito, terei que limpar a casa inteira" a jovem suspirou.

Dia após dia... Era sempre a mesma tarefa, a mesma obrigação, os mesmos chiliques que Anastásia aguentava bravamente.

O amanhecer daquele dia foi anormal, Anastásia estava finalizando o café. Quando ouviu sua madrasta berrar.

" já cedo... Ela não acorda cedo assim" Anastásia caminhou até o quarto da mulher.

A madrasta estava com um olhar furioso, procurava dentro de sua porta joia algo, ao ver a jovem parada na porta, andou em sua direção, sua cara não estava boa.

- Maldita!! Me fale agora, aonde está meu anel!! Foi você, não foi? Innes agarrou o braço da jovem, e a sacudia.

- Que anel? Eu... Eu não peguei nada! Anastásia usou de sua força, e empurrou a mulher.

Innes caiu no chão, como aquela menina poderia fazer algo assim? Era no mínimo uma falta de educação.

- Me desculpe madrasta, eu... Não tive a intenção. Anastásia ajudou a mulher a se levantar.

Innes novamente gritou com a jovem.

- Sua ladra!! Você não vai me dizer né? Venha, você merece ficar trancada e pensar no que você fez!! Innes agarrou a jovem pelos cabelos.

- Não madrasta, eu realmente... Não sei de nada! Por favor, eu ajudarei a achar esse anel. Te peço, por favor não... Anastásia estava chorando, odiava ter que ficar naquele porão.

- Não... Você merece ficar aqui trancada! Esse é seu lugar! Entendeu? Com os ratos e toda essa sujeira, você é uma descarada, igual sua mãe! Innes desferiu um tapa na jovem.

O rosto de Anastásia ficou marcado, estava ardendo, não tinha feito nada, não tinha pego anel nenhum.

- Você precisa de modos, então até você aprender ... Ficará aí, e torça para que esse anel apareça. Innes jogou a jovem para dentro do porão.

Anastásia caiu sem jeito no chão, e ouviu alguma coisa quebrar.

" céus, era seu osso do pé! " Anastásia tentou se levantar, mas a dor era enorme.

" Eu não fiz nada, por que eu sempre tenho que ser seu saco de pancadas!" A jovem esfregava o pé.

A madrasta estava furiosa, aquele anel era seu favorito! Aquela menina tinha ido longe demais!

- Mãe, Anastásia aquela incompetente não responde! Judith estava brava.

- Ela está no porão, só sai quando eu permitir. Vamos, preciso comprar alguma coisa para me distrair. Innes pegou a filha e saiu de casa.

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