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- Anastácia... É você?? Como você veio parar aqui? Judith estava de braços dados com um homem.

A jovem tentou se esconder, não queria que a sua meia irmã a visse, na realidade ela não queria nunca mais ver ninguém daquela família.

- Oh... Olha só... Aonde você veio parar, será que... Esse senhor é um de seus clientes?? Judith abraçou a jovem e sussurrou seu veneno em seu ouvido.

- Eu... Estou acompanhando o senhor Destler. Judith, não é nada disso que você está querendo insinuar. A jovem olhou furiosa.

Erik olhou aquela situação, e se aproximou de Anastácia. 

"Quem seria essa jovem tão mal educada?"

- Sim, "acompanhando" não sabia deste seu lado, realmente minha mãe fez um bom negocio com você. Judith abafou uma risada.

- Com licença, mas estamos atrasados. Querida, vamos? O homem que acompanhava Judith puxou a jovem para mais perto.

- Querido, olha é minha meia irmã. Sabe, aquela... Que minha mãe...

-Oh sim, vejo que ela está muito bem, não é? O homem olhou sarcasticamente dos pés a cabeça a jovem.

Anastácia pegou a mão de Erik, estava nervosa e queria sumir. Não sabia o que falar, porque eles estavam a julgando, e falando aquelas coisas.

Erik percebeu a inquietação da jovem,  e apertou sua mão.

- Vejo que encontrou conhecidos, porém temos muitas coisas ainda para fazer, se me derem licença. Erik falou firme, e puxou Anastácia para longe.

- O... Obrigada... Aquela era... Minha meia irmã, ela estava me julgando. Mas eu não fiz nada, eu... Foi minha madrasta.

- Você não precisa se preocupar. Eu sei que você é uma jovem correta. Não ligue para ela, e para ninguém... Agora, vamos nos animar. Eu não quero ver você triste, isso me deixa mal.

Erik secou uma lágrima da jovem com a mão e a levou a uma parte da cidade, mais afastada.

"Esse toque tão cortês, eu me pergunto porque eu sempre fico admirada ao ficar próxima dele" 

- Aqui é mais tranquilo, eu gostei mais. Anastácia olhou as ruas mais silenciosas e as pequenas lojas que davam um ar de aconchego.

- Sabia que você iria gostar. Eu também prefiro essa parte da cidade, é mais tranquilo não é?

- Sim. E... O que iremos ver aqui?

- Oh, isso. Bem.... Está vendo aquela loja ali. Iremos ver seu presente de aniversário. Erik apontou a iluminada loja no fim da rua.

- Não... Erik, isso não é preciso. Mesmo.

- Não é para querer eu quero lhe dar algo ... Vamos! Erik puxou a jovem.

- Bem vindo! Senhor Destler?? Oh, isso é um milagre! Vamos... Entre. Um senhor baixinho abriu um enorme sorriso.

- Olá!! Senhor Gordon, você como sempre muito animado.

- Senhor Destler, eu sempre irei receber meu grande amigo e apoiador do meu humilde trabalho.

A jovem olhou ao redor, a loja era tão linda, cheia de peças de murano.

- É muito lindo, tudo isso senhor, são peças únicas. Muito prazer. A jovem fez uma referência para o senhor.

- Que bela dama, muito prazer! O senhor beijou a mão da jovem.

- Anastácia, eu queria lhe dar algo especial, eu sei que jóias e vestidos não é seu presente ideal.

A jovem olhou para Erik e sorriu, era verdade aquilo, e pensar que ele tinha pensado nela, a fez ficar tão feliz.

- Isso é verdade. Essas peças são tão lindas.

O dono da loja acompanhou os dois e explicou cada detalhe das peças, e sua história por trás delas.

- Esse é muito bonito. Anastácia pegou um pequeno piano.

- Então... É esse!! Erik pediu para o senhor colocar numa caixa de presente.

- É sempre um prazer meu estimado amigo, senhorita é ótimo ver que o senhor Destler está com alguém tão doce. Uma ótima escolha de presente, aliás. Gordon acenou para os dois que partiram.

- Muito Obrigada. O passeio foi muito bom. Eu agradeço. Anastácia parou no meio de uma praça que estava no caminho para a carruagem.

- Não precisa agradecer. Você irá fazer aniversário e então... Um presente é necessário para essas datas. Erik se aproximou da jovem.

Anastácia olhou para os lindos olhos de Erik, aquela aproximação deixava a jovem sem ar, não tinha sentindo isso com mais ninguém.

- Você é realmente muito bondosa, alegre, teimosa... E um pouco impertinente... Erik sorriu e acariciou o rosto da jovem.

- Digo o mesmo de você. Agradeço por tudo. Anastácia se arrepiou.

" Era o frio... Ou algo a mais?"

O homem sorriu, a leve brisa fez com a jovem esfregasse os braços. Ela era tão linda, ele queria a beijar de novo.

- Está frio. E como sempre eu não sou precavida.

Erik abraçou a jovem, Anastácia se espantou com aquilo, mas ao mesmo tempo, aquele cheiro, seu toque... sua capa envolvia o pequeno corpo da jovem, que apenas fechou os olhos e ficou a sentir o perfume suave de Erik.
Sentindo o toque gentil no rosto a jovem corou, era tão bobo de sua parte ficar assim nervosa.

- Você me deixa... Tão fraco. Em um bom sentido. Erik sussurrou baixinho e a beijou.

Anastácia envolveu seus braços na cintura do homem, e retribuiu o beijo. Ela estava num sonho, e não queria que aquilo acabasse.

- Você mexe comigo... O que faço com você Anastácia? Erik olhou profundamente nos olhos da jovem.

- Eu... Não sei. A jovem piscou e ficou observando o rosto do homem.

Erik só sorriu, aquele beijo tinha sido bom, ele e os outros que o homem tinha trocado com a jovem. Poderia ele voltar a amar alguém?

Voltando para a casa, Erik e Anastácia se separaram. Cada um foi para seu quarto e a noite tinha se encerrado.

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