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- O que houve?? Anastásia se assustou com a repentina parada.

Barulhos de cavalos e vozes estavam se aproximando, tinham passado na metade do caminho para a mansão.

Barulhos de tiros foram ouvidos, Anastásia estava calada, o que iria acontecer.

- Fique aqui! Não faça barulho, ok? Erik tirou do casaco um revólver.

A jovem paralisou ao ver aquilo, o homem abriu rapidamente a porta do veículo, revelando os corpos dos cocheiros sem vida.

A jovem tampou o grito com a mão, estava tremendo. O que seria dela? E de Erik... Pelos barulhos eram muitos contra ele.

O homem estava cercado, tinham mais de cinco cavalos e homens encapuzados apontando armas contra ele.

- Não banque o herói! Senão você pode acabar como esses dois. Um dos homens gritou e ameaçou Erik.

Erik apenas ouviu aquela ameaça, eles tinham muita coragem em mexer com ele.
O homem sorriu, era algo que ele não havia planejado, mas... Com o revólver em mãos, e aqueles inúteis querendo arrumar briga.

- O que ri? Não está ciente que podemos te matar agora! Outro homem ameaçou novamente Erik.

- Não é engraçado? Estou rindo porque eu vou matar a todos, e ainda vai me sobrar... Duas balas. A feição de Erik mudou, estava se transformando numa outra pessoa.

- Que grande merda você está falando?! Você só pode ser doído! O homem montado no cavalo riu.

Erik levou a mão sobre a máscara, retirando-a. O rosto exposto fez com que os homens recuassem um pouco.

- Não é agradável? Estava a ter um passeio muito bom, mas agora tenho em minha frente alguns obstáculos, que devem ser eliminados. Erik aproveitou do descuido de um dos homens, e pulou em seu pescoço.

Tinha consigo um relógio que escondia um fio muito afiado, capaz enforcar alguém em segundos.
O homem estava ficando sem ar, e caiu desfalecido no chão.
Erik sorriu, com muita agilidade atirou em um, dois, três homens.

- O que... Você é!!? Um dos homens que sobraram se assustou com aquela cena.

Erik estava sujo de sangue, já estava sem seu chapéu, e seu cabelo esvoaçante por conta do vento, fazia com que o homem ficasse mais aterrorizador.

- Você mexeu com o homem errado... Vocês três! ainda esperam por morrer? Erik soltou uma gargalhada.

- Aqui!? Bem aqui, aponte essa arma em meu peito, vamos... Seja homem! Erik agarrou a mão de um dos homens, e estava o provocando.

- Você é louco! O homem se assustou ao ver aquela face tão de perto.

- Se não é corajoso para me matar, então... Não merece viver! Erik tomou a arma da mão do homem e atirou em seu peito.

Anastásia tentou ficar escondida, mas os tiros não a deixaram tranquila. Decidida, abriu a porta da carruagem, e percebeu uma cena monstruosa. Corpos caídos no chão e muito sangue.

Erik estava coberto de sangue, seu rosto descoberto trazia uma nova feição, algo tão diferente do seu habitual.

Anastásia correu em direção de Erik, ao ver que os dois homens estavam mirando as armas contra o peito do mascarado, foi um instinto, não tinha mais controle sobre ela.

- Cuidado!! Anastásia empurrou Erik, caindo com ele no chão.

- Anastásia!?? Anastásia!?? Erik viu sangue sair do abdômen da jovem.

O homem estava furioso, como aqueles vermes poderiam fazer aquilo com uma dama!

Voando na direção dos dois, ele finalmente acabou de vez com todos. Num simples ataque, estava sozinho, só com Anastásia que caída no chão, apertava o ferimento.

- Você não deveria ter feito isso! Erik a colocou em seu colo.

- Eu... eu... quis. Eu queria... te proteger... Anastásia olhou no rosto do homem, e tentou sorrir

" Deus! Por favor, não... Não, deixe que ela morra" Erik pegou a jovem no colo, e montou num dos cavalos.

Correu com toda a velocidade, Anastásia estava desmaiada e o sangue ainda estava a cair.

- Anastásia, aguente. Estamos chegando!! Erik não sabia se retornaria ao vilarejo ou a mansão. Mas o caminho até o vilarejo seria mais demorado, então resolveu ir para a mansão.

Estava muito perto da sua casa, iria prestar os primeiros socorros e chamariam por um médico.

" vai dar certo, Anastásia... Não morra ... Não me deixe... As pessoas tendem a me deixar, mas não o faça!" Erik rezava durante o caminho, pedia por um milagre.

- Senhor!!! O que houve!?? Edmund se assustou ao ver o homem carregando Anastásia.

- Chame um médico!! Vá! E peça as empregadas por ajuda, preciso controlar o sangramento. Erik gritava e subia correndo as escadas.

- Senhor ... Aqui o que nos pediu. A cozinheira estava desesperada, pobre jovem.

Erik rasgou a roupa na parte do ferimento, revelando um pequeno buraco, talvez a bala tivera passado de raspão.

Limpou o local e tentou eliminar o sangramento, a jovem estava desacordada, e respirava profundamente.

- Céus... Traga mais toalhas limpas! Erik gritava e tentava amenizar a dor da jovem.

" Anastásia, o que você fez? Por que fez aquilo? Eu... Eu não sou nada para você. Não era para se arriscar" o homem percebeu que a respiração de Anastásia estava voltando ao normal.

Durante uma hora, Erik ficou ao lado da jovem. Edmund correu e conseguiu um médico.

- A senhorita vai ficar bem. Foi apenas um tiro de raspão, o sangue já foi controlado. Respiração também, dei uns analgésicos para a dor. Podemos agora cuidar do senhor. O médico olhou os cortes que Erik tinha nos braços.

- Eu estou bem... Cuide só dela, não deixe que ela morra! Erik observou a jovem na cama.

- Ela está bem, não irá morrer... Ela teve muita sorte, a bala passou muito perto dela. O médico entregou alguns remédios e outras indicações para Erik, e partiu.

- Senhor... Por que não vai se limpar? Eu irei olhar a senhorita. A senhora percebeu que o homem estava cansado, mas não tirou os olhos de Anastásia.

- Eu... Eu... Vou ficar aqui. Até que ela acorde. Erik se sentou próximo a cama.

- Senhor, é melhor estar mais calmo, não quer que Anastásia acorde e te veja nessa situação? A senhora se aproximou e tentou convencer o homem.

- Devo estar deplorável... Ok. Mas, fique com ela. Não descuide dela. O homem saiu do quarto.

" Anastásia, o senhorDestler realmente importa com a senhorita, isso é algo realmenteauspicioso" a senhora sabia que Erik era bom, não iria ser diferente doque ele era com Christine, antes da morte da esposa, Erik era um homem de muitocarisma e vida. 

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