- Mamãe... Podemos ir embora. Estou cansada. Nina bochejou e agarrou a mulher.
- Oh... Olha a hora, sim. Vamos querida.
Ao sair do café, Phoebe deu de cara com algumas amigas, que estavam alegres entrando no local.
- Oh... Phoebe, que surpresa! Uma das mulheres falou, todas estavam bem vestidas e ostentavam muitas jóias.
- Olá!! Que surpresa mesmo! Como estão??
- Ótimas! Oh... Vejo que você finalmente contratou uma serviçal para cuidar de Nina. Uma outra mulher, de olhos azuis e um penteado elaborado olhou para Anastácia.
- O que? Oh... Não, claro que não ... Essa é minha amiga, Anastácia. Ela está passando alguns dias comigo. Phoebe sempre soube que aquelas mulheres eram fúteis, mas agora também tinha descoberto que eram esnobes.
A jovem estava de mãos dadas com Nina. Ficou um pouco envergonhada em ser confundida por uma empregada.
" Não é surpresa, é o que sempre serei"
- Olá, como vão? Anastácia fez uma referência.
As mulheres examinaram a jovem dos pés a cabeça, que roupas tão desbotadas que estava usando. Impossível ela ser amiga de Phoebe, que sempre fez sucesso por conta de seu estilo sofisticado.
- Ah, Olá querida! As mulheres deram um meio sorriso e se despediram.
Ao caminhar para onde a carruagem parou, Phoebe percebeu que a jovem estava quieta.
- Me desculpe por aquilo. Elas sempre foram de reparar nas pessoas.
- Ah? Oh ... Não precisa se desculpar. Eu devo passar essa mensagem a todos, pelo menos aqui em Paris que todos são tão... Elegantes.
- Imagina! Você é linda! E com esses vestidos que compramos hoje, você irá ficar tão maravilhosa.
Anastácia só sorriu, entrou no carruagem e todos voltaram para a casa.
- Mamãe, boa noite!! Boa noite Anastácia!! Nina estava com sono e foi para seu quarto.
- Minha filha é tão linda! Tenho sorte em ter ela e Persa. Realmente foi difícil nosso trajeto até chegarmos aqui. Phoebe suspirou.
Anastácia olhou para a mulher, com certeza ela e Persa enfrentaram muitos obstáculos.
- Sabe... A minha família era tão controladora. Queriam que eu me casasse com um conde ou sei lá, eram sempre os mesmos homens... Arrogantes e insuportáveis, todos os homens que conheci... Tentaram mandar em mim, fazer com que eu desistisse de pintar. De ser feliz. Phoebe se sentiu numa poltrona, e olhou para a jovem.
- Foi difícil fazer com que eles aceitassem que no fim, quem iria escolher seria eu. Mesmo com os tantos namorados que tive.
Anastácia estava prestando atenção na história, era interessante saber mais sobre sua amiga.
- Como você soube... Que tinha encontrado a pessoa certa? A jovem questionou a mulher.
- Para mim, não foi muito fácil. Depois de vários homens insuportáveis... Eu me deparei com Persa. Ele era tão diferente de todos, se destacava.
Phoebe relembrou a primeira vez que viu seu marido, tinha ido para um concerto no Opera, e lá estava ele, tão lindo e sorridente.
- No início... Eu tentei não me envolver com ele, mas... Era impossível!! Eu fui pega por aquele charme.
- Depois, quando eu finalmente decidi que iria vender meus quadros, realizei uma pequena exposição. Ninguém compareceu. Mas, no final dela, alguém me avisou que todos meus quadros tinham sido vendidos.
- Oh!! Mas... Como isso, se ninguém compareceu? Anastácia estava curiosa.
- Sim... Bem, depois de um tempo. Eu visitei Persa em sua casa, e vi que todos os meus quadros estavam em sua casa. Phoebe riu ao lembrar aquilo.
- Ele realmente estava gostando de você.
- Sim... E eu fiquei tão surpresa! Naquele dia eu tomei a iniciativa e o beijei. Persa ficou tão tímido, foi fofo vê-lo daquele jeito.
- Depois de um tempo, Persa me apoiou e me ajudou em tudo. Consegui formar uma clientela e vender meus quadros. E numa noite de verão, aos pés de uma gigante árvore de cedro, ele propôs a mim.
- Foi tão lindo! Nos casamos... Mas sem as bençãos de meus pais, um tempo depois com o nascimento de Nina, que eles vieram e ajeitamos tudo.
A jovem estava imaginando se um pouco daquilo um dia ela iria experimentar, ter alguém que a apoia ... Que a amasse.
- Isso... É muito bonito. Anastácia estava chorando.
- Hey, Querida. Porque chora? Eu não contei nenhuma história triste.
- Eu sei... É.. que é tão bonito saber que há casais que fazem dar certo. Que ainda exista amor.
- Claro que existe amor! Bobinha, você também irá ter isso. Eu me pergunto se Erik irá tomar iniciativa logo...
A jovem olhou a mulher espantada, estava assustada com aquele comentário.
- Sua cara está impagável! Sério... Querida eu sei que Erik está caidinho por você, eu já te disse. Não fique assim, vocês se beijaram já não é?
- S....sim. mas.... Deve ter sido um mal entendido.
- Imagina. Anastácia... Me escute, eu quero que você a partir de hoje não se menospreze mais, e sinta que eu e todos dessa casa só queremos seu bem. Erik não é um homem que beija alguém assim... Não foi um mal entendido.
Phoebe acariciou a mão da jovem, e saiu do quarto.
Anastácia ficou pensando naquilo, estava tão confusa.
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Olhe com seu coração
Roman d'amourA família Chabert era muito feliz, Desirée e Theodore formavam um belo casal, juntos tiveram uma linda filha chamada Anastásia. Mas por uma infelicidade, Desirée contraí uma doença mortal, deixando Theodore viúvo. Um rápido casamento, traz a casa d...
