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Anastácia acordou na manhã seguinte, assustada percebeu que estava em sua cama.

"Como eu vim parar aqui ... eu me lembro que ..." a jovem colocou as mãos no rosto, ela tinha adormecido no ombro de Erik, seria possível que ele tenha a trazido?

- Anastácia!! Você acordou?? Nina entrou no quarto e deitou do lado da jovem.

- Sim, eu acordei ... e você está cheia de energia hoje, não é pequena?

- Ah sim!! Eu estou muito animada, eu quero comer doce!! Tio Erik me disse que você faz um doce muito gostoso! A criança sorriu e ficou em pé.

- Ele disse isso? Bem, eu gosto de fazer doces ... mais tarde se você comer todo o almoço eu vou lhe dar um pedaço enorme de torta, tudo bem?

- Vou sim!! Ah .... titio Erik tá apaixonado por você, sabia? Ele fica sorrindo a toa quando fala de você! Nina riu e saiu do quarto.

"Apaixonado ....?" A jovem se sentou na cama, aquele pensamento era tão estranho, imagina .. que ... seria possível?

Anastácia saiu da cama, e percebeu um bilhete na mesa, e junto dele uma rosa vermelha.

" Espero que goste de rosas, peguei no jardim e acho que seria de fato um belo presente para você.

Senhorita, como pode perceber eu tive que te trazer para cama, além de ser muito curiosa, tagarela vejo que tem um sono muito pesado, e não acordou nem quando estava em meus braços".

A jovem corou ao ler aquilo, ela realmente era desastrada ... dormir e ter que ser levada como uma criança para cama ... o que ela estava pensando?

Do outro lado do corredor, Erik ajeitou os longos cabelos e vestiu seu colete e em seguida seu terno, noite passada percebeu que não queria se afastar de Anastácia, porém ele deveria ponderar sobre aquilo, Christine sofreu com um destino tão cruel, um amor tão bonito foi perdido por conta de seu orgulho.

" Não é certo ... essa jovem, ela ... não merece ficar comigo, o que eu sou? Além de um monstro que pode estragar a vida de quem mais ama? " Erik balançou a cabeça, tentando dissipar aqueles pensamentos.

O homem gostava de escrever quando tinha aqueles pensamentos, muitas das escritas faziam sucesso entre famosos teatros, por serem histórias tão bem elaboradas com belos textos e canções.

Perdido em pensamentos, Erik não percebeu que tinha se cortado com o pequeno abridor de cartas, um corte pequeno de formou em seu dedo, saindo um pouco de sangue.

- Maldição! Erik gritou e enrolou em lenço para parar o sangramento.

Anastácia estava passando perto da porta do homem, e ouviu um grito, era costume ela ter um zelo maior por ele, que nem se importou em bater na porta, entrando e vendo Erik sentado apertando o lenço sob o dedo.

- Já vou logo avisando .... Eu não fiz de propósito estava distraído e quem poderia imaginar, que um abridor de cartas fosse tão afiado!? Erik olhou para a jovem, que estava prestes a dar um sermão.

- Certo ... de proposito ... Ok, eu acho que desta vez você estão falando a verdade, até porque você não é de mentir, eu sei que você é muito certinho.

- Certinho? É ... talvez ... digamos em algumas ocasiões eu não fui tão certinho assim ... lembro-me muito bem, de algumas ... quando estava com a senhorita e ... Erik arqueou as sobrancelhas e voltou o olhar para a jovem.

- Tá certo ... eu ... eu .... Porque você é assim? Sempre me provocando!

- Você que começou ... eu nem falei nada.

- Sim, bem preciso ir ... tenho que fazer o almoço porque Nina está desesperada para provar minha torta de maçã ... que certa pessoa disse que é deliciosa ... então se me der licença. Anastácia andou até a porta e parou, se voltando para Erik.

- E obrigada por ontem ... e pela rosa, é muito bonita. A jovem sorriu e se retirou do quarto.

Já mais tarde, Phoebe e Persa tinham se surpreendido com a habilidade de Anastácia para cozinhar, percebia que Erik e a jovem estavam trocando olhares, mas tentavam esconder quando alguém olhava para eles.

- Veja lá ... esse casal tenta esconder as coisas, mas veja como Erik está todo sorridente... Persa sussurrou no ouvido da esposa que sorriu.

- Sim, eu percebi ... eu me pergunto quando eles vão se dar conta e assumir logo, Erik e Anastácia passaram por tanta coisa, que juntos poderia um curar o outro com amor, não acha? Phoebe gostava da ideia de vê-los juntos.

- Sim, com certeza seria ótimo saber que Erik superou tudo que ele passou ... mas vamos dar um tempo ... isso sempre faz com que as coisas se encaixem. Persa deu um suave beijo na mulher.

O dia passou de forma calma, todos tinham terminado de arrumar a exposição que aconteceria daqui três dias, era bom ter aquele tempo com todos reunidos, Anastácia e Erik tocavam piano alegremente, e de vez em quando trocavam olhares tão sinceros e doces que a jovem sentia seu coração se aquecer cada vez mais. 

Olhe com seu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora