A noite em Paris era tão tranquila, cavalgando com o cavalo, sendo abraçada por Erik, Anastácia estava tão contente, mesmo com os acontecimentos de mais cedo, ela estava feliz em estar junto ao homem.
- Aonde estamos indo? A jovem estava aproveitando o vento em seu rosto, aquilo era tão bom.
- Hum... Eu ainda não sei ao certo, só queria sair o mais rápido possível de perto daquele homem. Posso estar sendo um pouco impulsivo... Te sequestrando, senhorita. Erik olhou para a jovem e sorriu.
- Um sequestro é quando alguém vai sem querer ir... Eu estou aqui de livre e espontânea vontade, na verdade... Eu iria para qualquer lugar com você. Anastácia abriu um sorriso, e acariciou o rosto do homem.
- Como sempre, você tem resposta para tudo. O homem sentiu o toque suave em seu rosto, aquilo só poderia ser um sonho.
O cavalo onde estavam tinha parado, Erik ajudou a jovem a descer, e olhou para sua antiga casa.
- Oh... É o teatro da pintura que Phoebe me deu. Ele é tão lindo... Anastácia ficou deslumbrada, aquilo era tão majestoso.
- Quero te mostrar algo, e conversar com você ... Contar um pouco sobre mim. Sinto que estou sendo muito reservado em minha vida, mas estou disposto a me abrir mais, principalmente se for com alguém tão corajosa e teimosa, como você. Erik provocou a jovem, e a puxou para perto dele.
- Ah ... Eu sou corajosa e bem ... Teimosa, às vezes. Talvez só quando certa pessoa me faz ficar preocupada.
- Prometo não te preocupar mais, agora você quer ir e conhecer meu primeiro lar? Erik pegou na mão da jovem
Caminhando por trás do grande teatro, Erik observou a entrada secreta, que dava direto para o palco. Aquilo era fácil para ele, sendo que foi ele mesmo que instalou todas as passagens secretas.
- Erik... Isso ... Bem, está tarde. Não podemos invadir ... A jovem hesitou, ao ver uma porta secreta se abrindo
- Não tem perigo e nem é ilegal. Olhe, eu nunca iria cometer nenhum ato criminoso, minha donzela. Erik fez uma referência e ofereceu a mão para a jovem.
" Minha?" Anastácia corou, será que ele ... Ela era dele, de verdade?
- Certo. Espero não sair nas capas dos jornais, sendo presa como violadora de teatro. Anastácia brincou.
- Você inventou um novo crime! Esplêndido. Mas ... Sinto-me informar que não será dessa vez que você irá aparecer nos jornais.
Ao entrar no teatro, a jovem ficou tão admirada, com tudo aquilo. A luz estava fraca, mas mesmo vendo pela penumbra, o lugar era realmente magnífico. O palco era enorme, cortinas de veludo vermelho e os assentos na cor carmim, tudo era sofisticado.
- Oh.... O teto!! É... Tão lindo!! Erik, olha as pinturas e o lustre. Isso é ... Anastácia estava como uma criança, observando tudo e correndo de um lado para outro.
- Sim, vejo que você gostou. Irei te trazer aqui em seu aniversário, não pense que esqueci. Mas hoje, iremos conhecer apenas os bastidores de tudo, certo?
- Só de estar aqui... Eu estou tão feliz, como você consegue me fazer tão ... Feliz ... Me faz esquecer meu passado, me faz ser tão ... Normal.
Erik olhou a jovem que conseguia ser mais linda a cada instante que a observava.
- Certo, mas por hoje, iremos conhecer uma outra parte, e minha querida essa parte, poucos conhecem... Você está preparada?? Erik brincou com os dedos da jovem, que insistiam em apertar sua mão.
- Você que sabe, eu realmente estou satisfeita com essa bela vista.
- Sim... Sim... Mas, você não está se opondo em irmos a um outro lugar?
- Claro que não! Eu confio em você.
- Você confia num homem que passou quase metade da vida tentando se matar? Que coragem. Erik riu e observou a reação de Anastácia.
- É... Mas todas tentativas falharam, então ... Tirando isso, eu confio em você.
O homem não ia convencer a jovem que ele era estranho, estável e destrutivo. No fundo ele não queria mesmo que Anastácia pensasse algo tão terrível assim, ele queria tê-la para ele, queria beija-la e nunca mais deixá-la.
" Sim, com certeza eu posso permitir que meu coração tenha alguém, Christine não iria se importar, ela iria ficar feliz, já que eu segui minha vida" Erik relembrou os minutos finais de sua esposa.
" Querido, não permita cair novamente na escuridão... Eu sei que não irei sobreviver, sinto muito em ter perdido nosso menino. Saiba que irei olhar por você no céu, mas não se lamente, eu sei que alguém irá olhar não em seu exterior, mas sim... no seu coração, que é belo... Tão gentil e generoso. Eu te amo".
Christine deu seu último suspiro, desfalecendo, levando consigo toda felicidade e um lindo garoto, que foi nomeado de Gustave. Erik se trancou em angústia e ódio, por cinco anos tudo que ele queria era morrer, encontrar sua amada no outro mundo. Seu filho, tão pequeno e viver feliz.
- Erik? Está tudo bem ? Anastácia olhou o homem com olhar distante.- Oh ... Claro. Me perdoe. Vamos indo? O homem entrou num camarim, puxou o tecido pesado que cobria um espelho, com um toque ágil, fez com que o espelho se abrisse.
Anastácia ficou admirando aquilo, realmente não era nada normal, um espelho se abrir e revelar... Um enorme labirinto de túneis!
- Cuidado, alguns lugares tem armadilhas e está escorregadio. Erik ajudou a jovem, até chegar num lago.
- Um lago? Mas... Estamos embaixo do teatro, certo?
- Sim... É curioso isso... Quem construiu o teatro, fez essas câmeras, e bem ... Com o tempo esse lago se formou, e desde então ... Ele está aqui. Eu realmente acho um charme, deixa aqui mais misterioso. Erik puxou a jovem e a colocou num barco.
- Como você descobriu esse lugar? A jovem estava curiosa.
- Eu vivi aqui por muito tempo, foi minha primeira casa. Depois de fugir de onde me maltratavam, cheguei aqui com 16 anos, descobri uma passagem secreta. E com o tempo, mais confiante e estudado, criei o restante. Quando fiz minha fortuna, abandonei esse lugar... Mas, nunca o esqueci.
- Santo Deus! Isso ... Como... Pode haver algo assim, embaixo do teatro?
O barco chegou até o local onde Erik vivia, estava do mesmo jeito que ele havia deixado. Um enorme portão de aço, candelabros em toda parte. Um órgão com várias partituras em cima, um sofá em veludo vermelho, algumas taças e garrafas de vinho, estocadas numa pequena adega.
- Vamos minha Anastácia, cuidado com o vestido... E com os monstros... Erik brincou e percebeu que a jovem pulou em sua direção, colocando suas mãos em seu pescoço.
- M...monstros?? Erik... Não brinque assim. Anastácia ainda agarrada em Erik, lançou um olhar medroso.
- Estou brincando. O único monstro que há aqui, se você ouviu Raoul, sou eu.
- Hey, não fale isso! Eu nunca iria ouvir aquele loiro azedo. Anastácia bateu fraquinho no peito do homem.
Erik abafou uma risada, e pegou a jovem no colo.
- Você é certamente muito corajosa, em bater no loiro azedo. Que até está merecendo um prêmio.
Erik colocou a jovem no sofá e lançou um olhar malicioso para Anastácia, se aproximando mais e mais da garota, o homem começou a beijar seu pescoço indo em direção aos lábios tão rosados da jovem.
Continua...
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Olhe com seu coração
RomanceA família Chabert era muito feliz, Desirée e Theodore formavam um belo casal, juntos tiveram uma linda filha chamada Anastásia. Mas por uma infelicidade, Desirée contraí uma doença mortal, deixando Theodore viúvo. Um rápido casamento, traz a casa d...