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Beatriz

Dia foi intenso, acordei um tempo depois que o Renan foi embora, dei banho no Bryan e tomei banho também, deixei ele com a minha mãe e fui levar as coisas pra minha casa nova, entrei na fiurino da pensão e fui pra lá.

Sei um pouquinho de direção, só aqui na favela tá bom, pior mesmo é depender dos outros pra tudo, frete também é sem condições. Estacionei em frente a minha casa, abri o portão e fui descarregando as caixas, duas de cada vez, a calmaria leva a perfeição.

Contratei dois montadores, eles montaram todos os móveis, paguei pelo serviço e comecei a guardar as minhas coisas, depois guardei as do Bryan, Renan trouxe as coisas que faltavam junto da minha mãe, Jamany veio escondida, doidinha essa minha irmã, me ajudou a beça.

Minha mãe fortaleceu no cachorro quente e a gente comeu igual, Jamany foi embora corrida, ainda vai dar em casamento ela com RD, só Jesus!

Dona Irlaine me ajudou a terminar as coisas, se despediu e foi embora, ficando só eu, Bryan e Renan, dei banho no meu filho, pus pra dormir na caminha dele, que prazer em falar isso, fiquei um tempo admirando o meu filho, coisa mais linda desse mundo, fechei as cortinas e liguei o abajur, deixei a porta meio aberta e saí.

Agora sim, minha casa e tempo pra vida adulta, entrei no meu quarto e Renan tava tomando banho.

Gaúcho - Pega a toalha aí pra mim Bia, fazendo o favor!

Beatriz - Espera aí.

Peguei a toalha, tirei minha roupa e fui pro banheiro do corredor, coloquei a toalha na pia e entrei no box junto dele. Renan sorriu, tomamos banho juntos, namoramos a beça antes dele ir pro plantão, dormi cansada, porém feliz.

Acordei com um cheiro de queimado, olhei na janela do meu quarto e ainda era noite, tomei coragem e fui ver o que era, a cortina da sala pegando fogo, a porta entreaberta e arrombada, aos poucos o fogo foi tomando conta, peguei meu filho, nossos documentos e saí correndo dali, direto pra rua, eu chorava desesperada e tentava acalmar o Bryan, gritei por ajuda e alguns vizinhos tentaram apagar o fogo, depois de muita insistência, conseguiram. Minha mãe veio pra cá desesperada, só melhorou, quando viu que nós dois estávamos bem.

Colocaram um tapume e umas madeiras pra ninguém entrar, os caras do movimento vieram aqui, mas como viram que não aconteceu nada de muito grave, só mandaram os moradores entrar e foram embora.

Vim pra casa da minha mãe arrasada, consegui fazer Bryan dormir, agradeci chorando a Deus, por não ter acontecido nada de grave comigo e nem com o meu filho. Tomei um banho, um calmante que minha mãe me deu e com muito custo, dormi.

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26/06/2020

Coisa de Pele - FinalizadoOnde histórias criam vida. Descubra agora