Capítulo 28

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Gabriela 🍒

Já tinha se passado vários minutos, eu continuava encostada naquela bancada e ele falando várias coisas, eu não consegui prestar atenção em uma palavra, estava estática.

FP: tira a roupa -disse passando a mão no nariz- ta ficando surda?

Gabi: o que? -levantei o rosto encarando ele.

FP: tira a porra da roupa Gabriela -grita logo voltando a segurar meu pescoço- hoje você vai ser minha.

Gabi: você ta ficando maluco? Me solta Felipe -gritei.

Em questão de segundos senti meu rosto queimar com mais um tapa, eu não acredito que estou passando por isso, além do mais, por um motivo ridículo.

Gabi: quem você acha que é? -empurrei ele- não encoste em mim, ta me escutando? Ninguém nunca levantou a mão pra mim e não vai ser você que vai - sai da frente dele.

Fui andando até a porta do banheiro fazendo o máximo pra que ele não percebesse.

O mais rápido possível entrei ali dentro e tranquei a porta, podia escutar a voz rouca dele gritando do lado de fora, eu só pedia a Deus que meu filho não acordasse, porque dom toda certeza ele iria fazer algo com o Lucas.

Sai dos meus pensamentos e peguei meu celular no bolso, eu estava tremendo, entrei na contato da Sthefane e liguei pra mesma

PK: oi, o que foi? A Sthe ta... - interrompi ele.

Gabi: por favor me ajuda, ele tá louco!

PK: como assim Gabriela? Puta que pariu

Gabi: vem me ajudar PK, te imploro

Ouvi empurrões na porta e logo desliguei o celular, não iria ficar ali dentro por muito tempo, ele vai conseguir arrombar.

As lágrimas escorriam no meu rosto de forma desesperadora e ele gritava com um fúria enorme.

Quando prestei atenção no balcão ao lado da pia a arma dele estava ali.

Peguei ela e destravei a mesma, logo voltei pra perto do box.

Com toda certeza eu não vou conseguir fazer nada, mas espero ao menos assustar ele.

Senti um impulso na porta e logo o mesmo entrou, no mesmo momento apontei a arma na direção dele.

FP: achou meu brinquedo ai, né? -riu sarcástico- agora para de graça vadia, abaixa isso.

Gabi: Felipe, não duvide de mim, eu tenho capacidade o suficiente de desparar isso.

Ele veio andando até mim e juntou seu peito na arma

FP: então atira -me encarou- mas atira pra me matar, porque se algum dia eu consegui me levantar eu te mato.

Gabi: eu não quero fazer isso...

FP: não, eu sei que não. -sorriu- você não quer matar o pai do teu filho, não é? Porque você tem medo Gabriela, você é fraca! Você é mulher, tirada a fodona, A FEMINISTA -gritou- mas você não é nada, quem manda aqui sou eu, já disse que vou te fazer entender isso por bem ou por...

O som do disparo tomou conta, minhas lágrimas estavam incontroláveis. Não acredito que fiz isso.

Eu matei o pai do meu filho.

...: caralho Gabriela -gritou assutado.

Levantei a cabeça olhando pra ele, que estava com os olhos no Felipe

Gabi: PK, por favor, me desculpa, eu não tive escolha. Ele ia me matar

PK: pega suas coisas, você tem que sair daqui. -saiu da porta

E fui correndo peguei minha bolsa no quarto da frente enquanto o PK carregava o Lucas.

Saimos daquela casa o mais rápido possível, eu estava enjoada com um nojo enorme daquela situação.

Peguei o Lucas e subimos na moto em direção da casa da Sthefane, assim que chegamos descemos da moto e entramos na casa

Lucas: o que aconteceu mamãe? Cadê o pai? -me olhou enquanto sentava no sofá.

Gabi: filho fica ai, eu preciso falar com o tio PK -puxei ele pra cozinha- cadê a Sthe?

PK: tá dormindo. -passou a mão no cabelo.

Gabi: eu quero ir pra casa, me leva pra casa, por favor.

PK: Gabi, eu vou dar um jeito de te levar pra casa... Mas tenho que ajeitar esse bagulho do FP

Ele saiu, pegou o radinho e deu um de sonso, dizendo que ouviu um som de tiro, que não conseguia falar com o FP.

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