Capítulo 34

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Gabriela 🍒

Então família, a Bahia é a coisa mais linda, específicamente Salvador.

Nos 3 primeiros dias eu fui Turista, eu e a Sthe não paramos em casa. Eu nem sei em quantas praias já fui, mas já fui avisada que ainda faltam muitas. O Pelourinho é uma energia surreal, sabe? Eu realmente não sei explicar. Além dos pontos turísticos abertos, nós também fomos em pontos históricos, igrejas e pá.

Eu to apaixonada nesse lugar, de verdade mesmo. Pra quem não saia do Rio, ta sendo uma experiência fantástica.

Mas nem tudo é flores, né?

Aliás, deixa eu contar o babado pra vocês. O motivo da briga do PK e da Sthefane.

Flashback on

Gabi: você tá muito estranha Sthefane -ela me olha enquanto coloca as roupas no guarda-roupa- por que não me conta o que tá rolando? Vai ser melhor desabafar.

Sthe: olha Gabi sinceramente -ela largou as roupas e se sentou na cama de lado pra mim- o Patrick sempre demonstrou ser diferente do FP, em relação a pensamentos, sabe? Ele antes mesmo da gente se envolver me disse que não queria nem eu, nem você com bandido. Foi até difícil conseguir sentar naquele homem, marra do caralho -eu ri e logo em seguida ela deu um riso fraco.- enfim, eu e ele tinhamos planos incríveis, família, casa fora do morro e etc. -suspira.- no dia seguinte do aniversário do Lucas eu comprei um teste de gravidez. -a interrompi.

Gabi: você ta grávida??? -arregalei os olhos a encarando.

Sthe: Desgraça, deixa eu terminar. Eu comprei alguns testes na verdade, o primeiro deu positivo, segundo também... O terceiro a mesma coisa. -eu esbocei um sorriso, acabei soltando baixo um "vou ser titia", ela me olhou sorrindo fraco.- eu fiquei feliz pra caralho, Gabriela.  esperei ele chegar do trampo, chamei ele pra sair e quando voltamos fiz mó cena bonita, uma boiolagem só, até chorei. E a parte que envolve o FP é que... -a interrompi novamente.

Gabi: ele duvidou de ser o pai. -ela assentiu- Sthefane, olha pra mim -virei o rosto dela fazendo seus olhos guiarem até os meus- você sempre foi forte, nunca precisou de homem, não é porque você ficou com um cara por uns meses que você vai necessitar dele pra sempre. Esse filho é nosso! De nós duas, vamos criar ele... Ou ela, não é neném? -olhei pra barriga dela e acaricie.-

Ela não demonstrava nenhuma reação, só chorava, só isso. Foram minutos daquele jeito até que ela abriu a boca e me olhou.

Sthe: obrigada por tudo Gabriela. Você é a melhor pessoa que eu poderia ter conhecido -sorri e a abracei.

Flashback off

Isso ai caralho, eu vou ser titia, quem amou?

De começo realmente a Sthe tava com medo, até porque aqui a gente só tinha a nós duas. Além da mãe dela é claro, mas como a própria já me disse "esse tipo de gente" é melhor o mais longe possível dos nossos objetivos.

Agora estou garimpando vagas de emprego, entregando currículo.

Já tinha ido em várias lojinhas pequenas, restaurantes, escritórios e etc, mas nenhum me deu realmente uma resposta.

Eu e Sthe estamos revesando, nos dias que eu saio pra procurar emprego ela fica em casa com o Lucas e virse-versa. Falando nisso antes de voltar pra casa tenho que ir em uma creche-escola que tem na rua do nosso prédio.

É engraçado, né? Duas mulheres, uma grávida e a outra com um filho, morando em um ap no Alto da Pituba, mas o único dinheiro que tem no bolso é pra comida.

Mudando completamente de assunto, a unica coisa que parece que me persegue, seja no Rio ou aqui é o calor, o sol escaldante. São 14h, já estava passando mal de tanto andar nessa quentura, então passei em uma pastelaria, comprei uns 5 pastéis logo chamei um uber pra casa.

Assim que chegou paguei o motorista que foi super simpático comigo e desci. Cumprimentei as pessoas que estavam na portaria e logo entrei no elevador.

Parece que o quão mais perto do meu andar eu estava, mas cansada eu ficava, foda viu.

Sai do elevador e praticamente corri até o ap, abri a porta e nossa, por mim me jogava ali no chão mesmo.

Lucas: a mamãe chegou tia -veio correndo até mim e me abraçou.- eu não quero mais ficar sozinho com a tia Sthe em casa, ela fica vomitando, eca -fez cara de nojo e eu levei minhas mãos ao rosto

Assim que ele terminou de falar eu cai na real que não tinha ido na creche

Gabi: Puta que me pariu, que odio!!! -gritei e bati a porta com força- leva isso pra cozinha Lucas -entreguei a sacola de pastel a ele e me sentei no sofá colocando a mão na cabeça.

Não sei se estou de TPM ou se só sou preguiçosa mesmo, só sei que fiquei tão nervosa que as lagrimas vinheram no rosto

Por nosso futuro.Onde histórias criam vida. Descubra agora