Capítulo 72

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Anna.

Anos ao lado de um homem incrível, o mesmo que largou seu estado pra vim ao meu encontro com apenas 17 anos.

Com 20 anos me pediu em casamento, no início da sua carreira, disse que se fosse pra subir que fosse comigo, eu toda boba apaixonada aceitei.

Completados 2 anos de noivado o tão esperado casamento aconteceu, naquele dia 24 foi quando pela primeira vez vi meus pais felizes com o meu relacionamento.

Depois de 10 anos juntos, 5 anos casados e 1 ano tentando ser pais nós tomamos a melhor decisão que poderíamos tomar.

Foi difícil aceitar que eu tinha uma dificuldade em engravidar, não sei explicar muito bem o porquê, mas mesmo sem tomar remédio ou me previnir não aconteceu.

Então a meses atrás entramos em uma acordo, eu e o Filipe, decidimos dar um lar e amor a alguma criança, assim ajudando a ela e a nós.

De início foi algo que me deu imenso receio, medo da criança não se adaptar a nós ou até mesmo de não conseguir concluir o processo de adoção.

Na primeira vez que fomos no orfanato foi difícil, várias crianças de diversas idades vinheram até nós, todas incrível e super educadas.

Conversei e brinquei com a maioria delas, mas foi diferente com o Filipe, desde o momento que ele pós os pés lá só interagiu de verdade com um garoto.

Quando chegamos em casa ouvi mil e uma coisas sobre o garotinho, ele já sabia de tudo sobre ele, idade, nome, cor favorita, etc.

Continuamos visitando o Orfanato mas sem nenhuma certeza ainda, pelo menos não que eu soubesse. Com o início da reforma no quarto da criança eu comecei a perceber que as coisas não estavam sendo tão provisórias, que não estávamos preparando aquilo com o intuito se mudar depois caso a criança não se adaptasse, porém continuei calada.

Uma vez durante viagens do Filipe eu fui lá, conheci um pouco mais do garoto e não deu outra, me apaixonei. Tudo o que foi dito sobre ele era verdade, um garoto doce, esperto e super curioso.

Quando sai de lá foi direto ligando para o Ret, lembro até hoje de ter dito as seguintes palavras: "É amor, você está certo. Ele é incrível, disse gostar muito de você, disse que se eu quisesse ele iria se comportar direitinho para que nós  fossemos os pais dele. Amor, não tenho mais nenhuma dúvida." Naquele momento da ligação o silêncio tomou conta, só se quebrou com um soluço dele que mostrava que estava chorando.

Em questão de algumas horinhas ele já estava de volta em São Paulo, super disposto a adiantar tudo possível para trazer nosso menino pra casa.

Foi um processo rápido, porém nossa ansiedade estava nós corroendo.

Todos os finais de semana em três meses o nosso garotinho estava aqui em casa, porém foi no dia dezesseis de outubro que eu renasci.

Dezesseis de outubro na primeira vez que vi meu filho entrar por aquela porta após ter certeza que iria poder ter ele sempre aqui. No primeiro momento ele já veio chorando até nós, dizendo que nos amava muito, com aquelas voz linda que ele tem.

O sorriso no rosto dele e do Filipe era o que mais me trazia paz, me dava uma sensação de missão cumprida, sabe? talvez não do jeito que queríamos, mas de uma forma extremamente maravilhosa.

O sorriso no rosto dele e do Filipe era o que mais me trazia paz, me dava uma sensação de missão cumprida, sabe? talvez não do jeito que queríamos, mas de uma forma extremamente maravilhosa

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Sou imensamente agradecida por ter vocês, por nosso presente e por nosso futuro!

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