CAPÍTULO QUARENTA E UM.

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"Tenha plena consciência das estrelas e do infinito lá no alto. Então a vida parece quase encantada depois de tudo."

— Vicent van Gogh.

— Lucien, mesmo essa dívida sendo absurda e sem noção, eu vou te pagar, eu comecei a vender doces, e quando eu tiver com o dinheiro certo em mãos eu te dou, não é necessário que eu vá em um lugar como o baile da família Wang, aquele está longe de ser o meu mundo, eu só vou passar vergonha, seja compreensivo pelo menos uma vez na vida. — falei chateada apertando a vasilha vazia contra meu corpo.

— Que dívida é essa? — me surpreendi quando vi a porta aberta e Marcela estava parada nós observando.

Encarei Lucien e tentei dar um sinal para que ele não tocasse nesse assunto na frente da Marcela, pois não queria que ela tivesse conhecimento do que havia acontecido naquela noite terrível, na qual Nicholas terminou comigo.

— Dívida? Sim a sua inquilina tem uma dívida comigo. — Lucien falou se direcionando para Marcela e cruzando os braços, e a vontade que eu sentir foi de enche-lo de porrada por não saber guardar aquela língua afiada dentro daquela boca. Que raiva!

— Lucien CAMPBELL! — o adverti dando ênfase ao seu sobrenome.

Então Marcela cruzou os braços demostrando preocupação. Eu já podia imaginar as engrenagens trabalhando em seu cérebro enquanto  se perguntava qual era o problema que eu tinha me metido dessa vez.

— Vamos, me fale, que dívida é essa. — Marcela perguntou.

— Quando Priscila trabalhava na Campbell Emprise, ela me pediu que eu a ajudasse com um trabalho no escritório, no qual ela havia tido uma certa dificuldade. — então ele limpou a garganta, descruzou os braços e se apoiou no corrimão outra vez.

De que merda, esse cara está falando?

— Sim?... — Marcela falou o induzindo a terminar sua fala.

— Eu como um pessoa prestativa a ajudei, como ela estava extremamente grata por meu ato gentil, prometeu-me que quando eu precisasse de ajuda, estaria disponível... E agora eu estou precisando de ajuda, e ela se nega a me ajudar. — falou e fez um bico se fazendo de coitada, e era notório na expressão de Marcela que ela havia se compadecido da história dele.

— Priscila, quanta ingratidão, o que eu te ensinei sobre as promessas? — falou me encarando com repreensão.

— Marci, não me diga que você está caindo no jogo sujo desse homem! — falei indignada, e quando eu o olhei ele estava rindo. — Veja... Ele está rindo Marcela. — falei apontando para ele, e imediatamente ele fez uma cara de coitado, e Marcela me encarou decepcionada.

— Você descumpre uma promessa, e ainda quer culpar o coitado. Priscila eu estou decepcionada com você. — falou balançando a cabeça negativamente e colocou a mão no ombro de Lucien o apoiando, e minha boca se abriu em um perfeito "o" de o quão surpresa eu estava por Marcela ter acreditado naquela atuação de quinta categoria.

— Mas Marci... — insisti.

— Não tem mas... — falou me encarando, então se direcionou para Lucien. — E o que você pediu para ela? — perguntou curiosa.

REALIDADE PARALELAOnde histórias criam vida. Descubra agora