CAPÍTULO QUARENTA E SEIS.

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"A pessoa certa é a que está ao seu lado nos momentos incertos."

Aldo Novak.

Os dias se passaram com tamanha rapidez, tanto que amanhã seria realizado o baile da família Wang.

Pra ser sincero eu nem acreditava mais que iria como acompanhante de Lucien, pois ele não havia mais me procurado.

Ultimamente coisas estranhas vinham  acontecendo comigo, como por exemplo.

Recebi uma ligação da galeria Campbell me chamando para fazer uma entrevista de emprego, sendo que eu não havia colocado currículo algum.

Mas isso não me surpreendia o que poderia ser mais estranho do que uma morta no mundo dos vivos?

A venda de hoje havia sido bastante fraca, e eu trouxe quase todos os brigadeiros pra casa, e quem se aproveitou disso foi o Jonhy.

No dia seguinte decidi que não ia vender os brigadeiros, eram exatamente nove horas da manhã, e eu estava sentada assistindo TV, os jornalistas comentavam animados pelo fato desse ano o baile ser um estilo clichê, o obrigatório uso de máscaras.

Mas Ferdinand, é como se a intenção do baile fosse que nenhum dos convidados fosse reconhecido... Isso não aumentaria a entrada de penetras? — a apresentadora falou.

Acabei não prestando atenção na entrevista, foi quando um comercial passou, e algumas lembranças vagavam pela minha mente.

O que teria acontecido, se eu decidisse prosseguir a minha vida?

O que eu estaria fazendo?

Será que eu conseguiria superar Nicholas?

Será que eu me envolveria em outro relacionamento?

E questionamentos passeavam pela minha mente, com essa eterna dúvida.

Foi quando Marcela entrou correndo na sala interrompendo meus pensamentos.

— Priscila, Priscila! Você tem uma encomenda.

— Mas eu não me lembro de ter pedido nada! — falei sem entender, então Marcela foi até o sofá e me puxou, fazendo com que eu me levantasse.

— Vamos logo, adianta! — ela falou.

— Calma! — falei enquanto era arrastada até a entrada.

Quando cheguei à entrada, havia um rapaz muito jovem, um asiático, que aparentava ser coreano, com um terno elegante, e os cabelos escuros caídos em sua testa, seus lábios eram rosados, e seu nariz arrebitado, e segurava duas caixas em suas mãos com total equilíbrio.

— Você é Priscila? — sua voz também era bastante atraente, na verdade ele era bonito por completo.

— Sim sou eu! — respondi.

— Meu chefe, mandou trazer isso pra você. — então colocou as duas caixas em minhas mãos. — Para o baile, ele estará aqui às seis... — falou mais uma vez.

Mas o quê?

Fiquei tão surpresa, que nem percebi quando o rapaz foi embora.

— Você não vai abrir? — Marcela perguntou me tirando do transe.

— Eu pensei que ele havia desistido de me levar como acompanhante.

— Pelo visto não... Agora abra, estou curiosíssima. — Marcela falou.

Voltamos para meu quarto, e coloquei às caixas em cima da minha cama.

Abri a caixa maior, e me deparei com o vestido mais lindo que eu já tinha visto na vida. Retirei da caixa embasbacada.

REALIDADE PARALELAOnde histórias criam vida. Descubra agora