Capítulo 18 - Entrevista

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   Se completou naquele dia exatamente um mês desde a ultima vez que tinha visto meus pais, Abeey diz que eles estavam bem e não estavam passando fome, porém eu não tinha tantas razoes para acreditar nela.

   Tinha ido em varias missões seguidas umas das outras, Steffie tinha se recuperado, mais mesmo que eu não quisesse, ainda estava sendo obrigada a fazer parte da Equipe D. Maxim era quem estava distante de mim dessa vez. Aquele sentimento que tanto me sufocava, consegui aos poucos controla-los, por algumas semanas fiquei nas cinzas, sem muitas razoes para ressurgir, mas Christian esteva lá, e me ajudou.

   Sentada sobre o gramado, observava as estrelas tendo somente o som do vento em companhia, tinha combinado com Christian para nos encontrarmos no campo, ele disse mais cedo que queria me dar uma coisa. Depois do que aconteceu, eu e Christian uma hora ou outra procurávamos a companhia um do outro, por que era bom, era uma companhia tranquilizadora, uma companhia que dava força uma para outra.

  Tinha se passado alguns minutos a espera dele, até que finalmente passos chamam minha atenção. Ele vinha correndo até mim.

       —Serio que amanha é seu aniversario? – Ele pergunta se sentando ao meu lado com um sorriso no rosto. Faço uma careta e concordo, tinha contado para Lidja, mas pelo jeito ela não era mais a única a saber. – E não ia me contar? – Ele pergunta fingindo estar ofendido.

       —Só não estou tão animada assim. – Falo dando de ombros, e de fato não estava animada. Ele fica quieto por um instante, olho para ele e desvio o olhar sorrindo, ele sorri também e em seguida suspira. – Pensei que quisesse me dar alguma coisa. – Lembro a ele que sorri empolgado, ele descobre da blusa que vestia uma corrente, retira a corrente prateada que algumas vezes a vi brilhar no pescoço de Christian escapando da camiseta que sempre usava. Tinha pendurado entre a corrente um anel que ele retira de lá deixando o anel visível.

        —Me da sua mão. – Ele diz já pegando em minha mão.

       —O que é isso? – Pergunto.

       —Eu já ia te dar antes, mas pode servir como presente de aniversario. – Ele diz colocando na palma da minha mão, aproximo a palma da mão no meu rosto examinando todo o anel, era de prata e em um circulo fino. Coloco no dedo indicador. – Gostou? – Pergunta enquanto examinava o anel no meu dedo.

       —Sim. – Falo sorrindo. – Nunca tinha reparado ele com você. – Falo descansando a mão sobre meu próprio joelho. Ele enruga o nariz antes de falar.

       —Quando eu era pequeno, achei o anel enquanto corria pelo departamento de treinamento para iniciado. Não ri. – Ele aponta para mim não conseguindo manter a postura seria. – Eu peguei para mim, e a partir de então comecei a ter sorte nas coisas. – Ele diz dando de ombros, deixo escapar um pequeno riso.

       —Então esse anel, é seu objeto da sorte? – Falo apontando para o anel. - Obrigada, estou mesmo precisando de sorte da minha vida. – Falo suspirando.

       —Agora ele é seu. Só que ele nem estava com tanta sorte assim. – Diz dando de ombros.

       —Por isso me deu? – Falo erguendo as sobrancelhas. – Por  não funcionar mais?! – Pergunto em um tom brincalhão. Ele concorda com a cabeça enquanto ria, dou um soco fraco em seu ombro.

   Aquele era um dos poucos momentos em que podia jurar que estava feliz, e um dos motivos, era por estar com Christian.

[...]

   Quando acordei, era a única no dormitório, demoro um pouco antes de sair de lá, iria completar mais um ano de vida, infelizmente longe dos meus pais. Pisco algumas vezes enquanto saia pela porta na tentativa de fazer meus olhos não lacrimejarem, e conseguir manter a minha postura confiante como se aquele dia fosse como qualquer um outro.

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