—Vamos, Vamos! – Rafael grita quando finalmente achou um passagem para sairmos de lá.
O espaço estava sendo tomado por gás, dessa vez era diferente do que estávamos acostumados, o gás era vermelho, não sabemos se suas funções são diferentes, antes de nos matar, mas ninguém quis testar o que ele fazia a principio. Corria tropeçando em meus próprios pés enquanto seguíamos Shani que nos guiava na intenção de escapar do gás. Estávamos em um morro aberto e íngreme, Shani correu para cima e parou lá olhando para todos os lados. Paro por alguns instantes tentando controlar e respiração, Kla passa por mim e agarra meu pulso.
—Não podemos parar Nara. – Ele diz com a voz cansada enquanto me puxava morro acima.
O gás estava um pouco distante o que nos deu alguns segundos para pensar.
—Ali! – Shani grita apontando para um metal quadrado ligado a alguns fios grossos que se distanciavam indo para o outro lado do local. Uma tirolesa.
Corremos até ele, Shani sobe em cima do quadrado de metal, estica o braço e puxa dois ganchos.
—Podemos ir para o outro lado. – Diz ofegante, ela olha para trás, o gás estava começando a aparecer na ponta do morro. – Dois por vez, quando chegar lá devolvemos. – Ela diz balançando o objeto com o braço erguido. – Vejo vocês do outro lado.
Sinto um frio na barriga por ela ao ver quando tomou impulso, inclinou o corpo e encolheu as pernas ao mesmo tempo que seu corpo se pendurou no ar. Steffie foi logo atrás, dou alguns passos para frente, meu pé escorrega com o barro e a mistura de pedrinhas perto de uma pedra que erguia o objeto no alto, não era tão alto quanto pensei, em baixo tinha um rio calmo, mais pela cor escura sabia que era bem fundo.
—Droga. – Kla xinga quando o gás se aproxima de nós três. Do outro lado Shani tinha chegado ao fim, com agilidade começou a puxar um tipo de corda que trazia um pouco devagar o gancho para que o próximo fosse.
Rafael da passagem para Kla enquanto Shani puxava a corda mais uma vez trazendo o outro.
—Não vai dar tempo. – Me apavoro, o gás estava a poucos centímetros de nós, a cor vermelha era forte, e em algumas partes já rodeava nosso corpo.
—Você precisa ir. – Ele diz dando passagem para mim, com esse passo para trás o gás encosta em seu cotovelo, no mesmo instante escuto um chiado baixo, ele recua para frente e coloca a mão sobre o cotovelo, sua pele tinha criado bolinhas e estava vermelho, Rafael faz outra careta quando o gás chega em suas costas. Puxo minha mão junto ao peito quando o gás entra em contato com as pontas dos meus dedos.
—Não. – Falo ofegante, não podia deixa-lo. – Tem outro jeito. – Falo tentando realmente encontrar um. O gancho chega até nós.
—Nara vai. – Ele ordena. Damos passos para frente quando o gás encosta em nossas costas, faço uma careta sentindo o vapor que parecia quente do gás.
Olho para baixo enquanto Rafael me olhava com olhos arregalados. O outro gancho não chegaria a tempo antes de um de nós ser recoberto pelo gás.
—Te vejo do outro lado. – Falo voltando a olhar para ele, forço a da alguns passos para trás entrando no gás, faço algumas caretas de dor, pego impulso e vou para frente.
—Nara Não! – Ele grita quando já não sinto meus pés tocarem o chão.
O vento me encontra com força, aperto os lábios para não gritar, meus braços involuntariamente se levantam, meus cabelos antes presos agora se sacodem contra o vento acima de mim, o rio estava cada vez mais próximo, o contato gelado da água é eletrizante, meu corpo é envolvido por bolhas agitadas de água enquanto sou lançada para baixo. Espero alguns segundos com as bochechas grandes enquanto segurava o ar o máximo possível, movimento meu corpo para cima necessitando de ar. Respiro fundo colocando a cabeça para fora, Rafael estava no meio do caminho, o gás tinha parado na parte de cima.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Free Fire A Garena
Science Fiction(Completo) -A verdade por trás da Vitoria.- O Desafio da Garena começou com 60 pessoas, de acordo com as regras existiria apenas 1 sobrevivente. Nara, seria o nome desse único sobrevivente porém, desafiando seus superiores levou consigo três outro...