Capítulo 44 - Armadilha

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 Ter me refrescado a algumas horas atrás, foi como se não tivesse valido nada, o calor estava mais forte de novo, meu cabelos ainda tinha algumas partes húmidas, mas que estavam se misturando com o calor absurdo que sentíamos.

  Maxim andava ao lado da garota de cabelos curtos e avermelhados, enquanto fazia algumas perguntas as quais não me interessava nem um pouco, não disse mais nada depois de termos saído do rio. Não tinha confiança naquela garota, e ainda uma hora ou outra ela me lançava olhares suspeitosos.

       —Da para parar. – Sam diz ao meu lado.

       —O que? – Pergunto ainda encarando a garota que uma vez me encarou de volta.

       —Esta assustando ela.

       —Não me importo com ela. – Sentia algo errado com ela, algo extremamente errado, fiquei irritada pelo fato de ninguém mais ter percebido isso.

       —Estamos perto. – Ela diz um pouco alto para Maxim, ela tinha dito que tinha passado por um lugar coberto antes de mudarem o tempo, e que lá seria um bom lugar para ficarmos protegidos.

   Olho para baixo, as folhas nas arvores estavam secando cada vez mais. Faço uma careta, estava sentindo algo dentro de mim me sufocando, por um minuto me lembro de estar mentindo para Maxim esse tempo todo, e se a melhor opção fosse contar a verdade antes que ele descobrisse de outra forma? Suspiro forçando a espantar esse sentimento, não iria contar e ponto.

       —Aqui. – A garota diz.

   Chegamos a um lugar com um galpão e um tipo de garagem, entre eles havia um tipo de construção arredondada, tinha como entrar nele pela laterais onde tinhas espaços entres linhas feitas do mesmo material que todo o resto, nos aproximamos dele, pude ver a grande sombra que ele fazia por dentro. A garota se encolhendo passou pelas brechas e então entrou, Maxim e Sam a seguem, com a arma em mãos olho em volta com os olhos cerrados, tendo certeza de que estávamos sozinho, passo me abaixando um pouco pelo curto espaço e então entro.

   Em pé em uma das bordas do circulo, sentia o ar um pouco mais fresco já que lá não batia nem uma fresta de luz do sol, suspiro sentindo o meu corpo aquecido aos poucos se refrescando com a sombra grande e favorável.

   Ando ainda nas bordas em volta, checando a garota que parada pareceu se incomodar com meu olhar desafiador.

       —Acho que vou dar uma checada pelo local. – Ela diz dando alguns passos para sair do espaço.

       —Já não esteve aqui antes? – Pergunto enrugando a testa.

       —Sim.

       —Então por que quer checar, certamente não terá nada de diferente. – Dou de ombros. Ela ri pelo Nariz.

       —Tem razão. – Diz.

   Lhe lanço mais um olhar desconfiado, e então continuo a andar, meus pés pisam em algo, uma mochila pequena da cor bege claro.

       —O que é isso? – Sam pergunta.

       —Alguma bebida. – Tinha em mãos uma garrafa pequenas com um liquido verde dentro, abro sentindo um cheiro adocicado, me fez lembrar da primeira vez em que bebi álcool, aquelas bebidas coloridas as quais achei que me ajudaram a esquecer a morte de Ana, a garota aparece na minha frente pegando a garrafa que eu tinha aberto.

       —Talvez seja Álcool. – Ela diz examinando a garrafa.

       —Ou Veneno. – Falo por cima.

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