Capítulo 42 - Gás Branco

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  Sinto em minha pele um formigamento fraco, me causa um arrepio pela nuca ao sentir o formigamento chegar no pescoço. Abro os olhos com a visão embaçada, com a testa franzida vou aos poucos me lembrando do que acontecera a alguns minutos atrás. Suspiro colocando as mãos na boca para tampar o gás que tinha em volta de mim, era branco flutuava em volta do meu corpo, olho para os lados, todo a arredor estava sendo encoberto por ele.

   Sam. Lembro, me levanto colocando a arma em uma das mãos enquanto com a outra, forçava a continuar tampando o nariz e a boca. Dou alguns passos para frente ao ver o cabelo alaranjado de Sam.

     —Sam. – Me abaixo ao seu lado, ela estava de olhos fechados. – Sam! – A seguro pelos ombros. Ela suspira assustando arregalando os olhos. – Temos que sair! – Falo a forçando se levantar. Não sabia quanto tempo tínhamos sido expostas ao gás, mais não queria esperar para descobrir o que o gás branco fazia.

   Puxava Sam comigo, ela parecia desorientada, estava dizendo algumas coisas que não conseguia entender, a mão que eu segurava começa a tremer, paro o passo e me viro para ela sentindo o gás dançar no ar com o movimento.

       —O que houve?! – Pergunto examinando seu rosto confuso. – Sam! – Grito irritada em ela não me responder. – Sam! – Grito mais uma vez. De repente seu rosto fica vermelho e lagrimas começam a cair de seu rosto. Enrugo a testa confusa com o que estava acontecendo, o gás continuava a tomar conta de todo o arredor. Corro mais alguns passos com Sam que dessa vez facilitou mais conseguindo correr embora ainda estivesse atordoada.

       —Nara! – Uma voz que reconhecia grita, desvio minha atenção de Sam e olho o arredor. – Nara! – Grita mais uma vez, solto a mão de Sam, e dou alguns passos para trás girando o corpo enquanto tentava olhar através de todo o gás branco. – Nara! Saia! – Gritava a voz, uma parte de mim estava desacreditada em escuta-la, mas era como se ele realmente estivesse lá. Era tão real.

       —Onde você esta!? – Grito.

       —Estou aqui! Aqui! – A voz parecia mudar de lado.

       —Onde!

       —Nara!

       —Alvaro! Onde você esta?! – A voz ficava cada vez mais longe, dou alguns passos a ainda a escutando, ele estava lá podia ouvir, em mim cresceu uma onda de alivio ao escutar sua voz, era a prova de que ele ainda estava vivo, ele estava lá eu acreditava que sim. 

   Sem hesitar começo a correr, corro passando pelo gás branco que se movia abrindo espaço enquanto me agitava dentro dele. A voz continua a gritar por mim, continuo correndo, conseguia ver o ponto em que o gás acabava, corro mais rápido ainda. Minha cabeça por um segundo pareceu rodar, mas continuo correndo, desesperada a procura da voz.

       —Nara! – A voz de Sam grita dessa vez. Acelero o passo na esperança de que ela conseguisse me acompanhar.

   Passo pelo gás sentindo aos pouco o alivio da pele ao sentir o formigamento cada vez menor até que enfim me noto livre dele.

       —Por aqui! – Alvaro gritava. Me direciono para o lado de onde a voz veio.

   Paro quando a voz vai ficando cada vez mais baixa.

       —Onde você esta!?

   Grito por ele, olhava em volta para todos os lados, fico até tonta com os movimentos desesperados.

       —Alvaro, apareça! – Grito mais uma vez decepcionada em não conseguir ve-lo, até que então sua voz e aquela parte de mim que acreditava que ele estava lá some. – Por favor. – Consigo dizer como um cochicho, ele não estava lá, não tinha como estar.

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