—Então você que a nossa refém? – O garoto diz andando lentamente até mim. Olho para ele sem interesse em responde-lo. Seu rosto passa pela luz amarelada parando a minha frente, agora conseguia ver seus traços.
Tinha a pele bronzeada, cabelo escuro, um risco engraçado na sobrancelha que talvez fosse de uma cicatriz, usava um colete preto com um símbolo igual ao que reparei Skala usando, tênis branco, tinha uma tatuagem no pulso. Ele se abaixa ao meu lado me fitando com o olhar. Seus olhos era tão escuros quanto seus cabelos e sua sobrancelha falhada.
—Até que você é bonitinha. – Diz apertando minhas bochechas, inclino minha cabeça se desfazendo de seu toque zombeteiro. – Qual seu nome? – Pergunta. Olho para seus olhos demonstrando irritação ele arqueia as sobrancelhas e depois ri. – O gato comeu a sua língua? – Pergunta inclinando o rosto para olhar nos meus olhos, desvio o rosto mais uma vez, sua aproximação estava me incomodando, cerro os dentes controlando para não dar uma cabeçada em seu queixo embora a cena tivesse sido perfeita em minha mente. – Esta planejando algo não esta?
Ele levanta e olha em volta, seu olhar para na pilha de pólvora, ele a observa alguns instantes, tinha percebido que algo estava errado, aperto os lábios pronta para derruba-lo se precisasse, seria difícil estando presa mais isso não me impediria. Ele olha para mim e se abaixa de novo, seus olhos passam por meu rosto, ombros, e para nas minhas mãos amarradas parando o olhar lá.
—O que você quer? – Pergunto tentando tomar sua atenção, ele levanta o olhar para mim mais uma vez. - Sugiro que vá em bora.
—Olha, você fala. – Diz apontando para mim com o rosto divertido.
—Babaca.
—E sabe xingar. – Faz uma careta.
—Me deixa em paz. – Falo como aviso.
—Claro claro. – Diz se abaixando mais uma vez, em um movimento ousado ele tira as mechas do meu cabelo que cobriam meu pescoço deixando propositalmente que seus dedos encostasse em mim. Sentindo repulsa levanto minha mãos amarradas e empurro a sua. – Uou, calma. – Diz erguendo as mãos em rendimento. – Só estou no tédio. – Diz ainda olhando para mim. Cerro os dentes entendendo suas intenções, respiro fundo o viro o olhar pensando se já podia começar a minha fuga, primeiramente derrubando aquele babaca. Em um reflexo o vejo estender sua mão em minha direção de novo. Com os dentes cerrados ergo minhas pernas quase o acertando com um chute. Ele se assusta e perde o equilíbrio de sua posição, com as mãos ainda presas o agarro pela gola da blusa e de seu colete com força.
—Se você encostar em mim, eu mato você. – Ameaço sentindo minhas veias ferverem de raiva.
—Eu sei que pegou algo. – Diz colocando a mão na parede atrás de mim para se apoiar. – Quer que eu conte para os outros? – Arqueia as sobrancelhas.
—Não peguei nada. – Minto.
—Claro que pegou. – Diz, sinto o seu rosto cada vez mais próximo do meu. – Esta bem ai. – Diz indicando com a cabeça para onde tinha escondido.
—Se você contar... eu começo a matar todos agora mesmo. – Falo com mais raiva.
—Olha só para você. – Diz rindo. – Você nunca faria isso.
Ao escutar isso não consigo me conter e então rio.
—Duvida? Não sabe nada sobre mim. – Falo ainda rindo. – Você nem me conhece. – Fico seria repentinamente, aquilo foi o suficiente para assusta-lo. Cerro os dentes e o empurro para trás.
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Free Fire A Garena
Science Fiction(Completo) -A verdade por trás da Vitoria.- O Desafio da Garena começou com 60 pessoas, de acordo com as regras existiria apenas 1 sobrevivente. Nara, seria o nome desse único sobrevivente porém, desafiando seus superiores levou consigo três outro...