Free Fire A Garena

Capítulo 53 - A volta de Nikita

       —Nikita? – Repito confusa.

   Lembro dessa nome, era uma das vencedoras que se juntou a Equipe D, tinham me dito que ela tinha sido levada e pelo que eu tinha entendido ela estava morta, mas não foi realmente isso que aconteceu. Abaixo a arma com a confusão em mente assim como Maxim estava quando ela foi até ele para abraça-lo, ele estava espantado por que ele também acreditara que ela estava morta, não fazia sentindo ela estar lá, estar viva e dentro da Arena.

       —Pensei que estivesse morta. – Maxim diz ainda fora de si. – Como? Como esta viva, quando eles te tiraram de lá naquele dia, depois de ter resistido e lutado contra eles... Pensei que eles ateriam matado.

       —Aquela ainda não era a época em que éramos descantáveis. Estava esperando encontrar com vocês.

       —Sabia que estaríamos aqui? – Ele pergunta.

       —Sei de muitas coisas. – Sinto meu coração dar um pulo ao ouvir isso, ela sabia de muitas coisas, algo me dizia que ela teria as respostas a qual estava a procura. – Onde estão os outros? – Pergunto olhando para nós dois.

   Voltamos junto aos outros, Nikita olhava em todo o arredor, disse que a estavam vigiando o tempo todo, e ri quando diz estar ferrada pelo fato de estar quebrando as regras mais uma vez. O grupo todo se levantou espantado ao nos ver chegando junto com Nikita, ficaram com aquela sensação de estar vendo coisas, a abraçaram e comentaram o quanto estavam surpresos por ve-la, Kla abraçou fortemente assim como Shani Rafael e Paloma, sinto algo revirar dentro de mim, algo que julgo ser um bobo ciúmes, por que ela estava tendo a atenção que tive quando me juntei a eles, e depois disso passaram a me tratar com indiferença, mas eu sei que merecia.

       —Como esta aqui? – Rafael pergunta quando todos se sentaram próximos a ela em forma de um meio circulo lhe lançando perguntas diversas. Observava tudo em pé a alguns metros de distancia assim como Dallas e Samuel fizeram.

       —O que aconteceu depois daquela noite? – Shani pergunta.

   Nikita passa as mãos pelo comprimento do cabelo os colocando para frente, seus cabelos eram grandes e bem cuidados, seu rosto tinha uma forma fina, seus olhos escuros pareciam ser um pouco repuxados, e por incrível que pareça e bem irônico também, ela parecia estar usando batom vermelho.

       —Naquela noite. – Ela começa a dizer, olhando para todos enquanto aos poucos achava as palavras certas para descrever todos os detalhes. - Me levaram para fora da Garena, acho que me colocaram em outro local da Garena, era maior, eles tinham mais tecnologia, as coisas eram mais evoluídas e haviam mais pessoas trabalhando para eles. Me prenderam por alguns dias em uma cela branca, tentei fugir varias vezes mais todas foram falhas, me deram diversos medicamentos para me manter calma e presa. Uma vez quando os efeitos dos calmantes estavam acabando, lembro de ver a imagem de Abbey com outra mulher, essa outra tinha o cabelo castanho escuro com alguma mechas claras, e não duvido que tenha sido a presidenta. – Todos suspiramos ao imaginar todos os detalhes e de como deve ter sido difícil para ela. – Elas disseram que poderiam me usar para outros objetivos, no começo pensei que fosse para estudos mas não. Antes fizeram mais testes, e foi então que começou tudo de novo para mim. – Ela engole em seco. – A um mundo lá fora que escondem de nós, Abbey, Winike e Rogele trabalham juntos com os presidentes dos Países de Fora. Eles usam a Arena da Garena para seus próprios objetivos, eles meio que emprestam a Arena só que com isso pedem coisas em troca, coisas como do tipo, jovens saldáveis de seus países, jovens que eles sabem serem diferentes, eles os mandam para cá e os testam mais uma vez... Depois dos testes minha missão começou, quando o Jogo começava me soltavam aqui, e eu precisei jogar todas as vezes que o Jogo se iniciava, só saio daqui quando ganho ou estou machucada...chamam de Jogador Imune. Eu luto todos os dias para ganhar, me machuco mais ainda assim volto. – Ela lentamente levanta uma parte da blusa mostrando marcas de onde certamente levou um tiro.

     —Por que Nikita? – Steffie enruga a testa sentindo pena da amiga.

    —Por que a minha missão, é fazer com que não tenha vencedores.

   Aquilo foi o suficiente para me fazer prender a respiração, todos nós paramos, aterrorizados com o que tínhamos escutados. E sabíamos muito bem que apesar de jogar varias vezes correndo grandes riscos, ela tinha em troca disso continuar viva, embora não esteja realmente vivendo.

       —Isso é horrível. – Notora diz. – Estão usando você, estão fazendo isso para que não tenha vencedor e eles não tenham que dar nada para os outros países seja lá o que eles querem.

       —Exatamente. Não querem dar nada para o que tem fora de BrocklinHill. Por mais que isso já seja errado o suficiente, estão deixando isso muito pior. Alguns pedem dinheiro, eles não querem dar dinheiro para o pais em que o ganhador representar, e se por acaso algum outro ganhasse sendo tão bom quanto eu eles ficariam com o vencedor para estuda-lo. – Ela da uma pausa. – Mas tudo bem, vocês estão comigo agora, e juntos vamos acabar com eles.

       —Estamos perto, faltam poucos jogadores. – Paloma diz.

       —Vamos sobreviver. – Nikita diz com um meio sorriso.

       —Vamos sobreviver. – O resto da equipe diz junto.

   Aquilo me fez mais uma vez me sentir desconcertada, eles todos estavam conectados com um laço forte entre eles, mas eu não conseguia fazer parte disso. Aquela frase parecia ter um grande significado para eles, imagino que era o que diziam sempre quando iam as missões, olho para baixo e suspiro.

       —E quem são esses? – Ela diz se levantando e olhando para nós três que estávamos separados do grupo.

       —Esse é Samuel e Dallas. – Moco diz também se levantando assim como os outros. – Amigos que nos ajudaram com alguns, truques.

       —E você? – Pergunta para mim enquanto dá um passo a frente, a encaro dos pés a cabeça enquanto cruzo os braços. Ela também me examina, ainda estava ciente da briga bem disputada que tivemos, ela era boa, talvez tanto quando eu, tinha certeza de que ela pensava o mesmo de mim, éramos uma forte oponente uma pra outra, sentíamos ameaçadas mas ao mesmo tempo estávamos silenciosamente disputando pelo poder ali, ergo o queixo dando a nós duas uma expressão de que eu era a superior entre ela, como seu eu mostrasse a ela com um pequeno gesto o quão grande eu podia ser.

   Ela para na minha frente e tenta mostrar o mesmo porem levanto as sobrancelhas levemente e repuxo um pouco os lábios mostrando um sorriso que só ela nota.

       —Nara Shepley imagino. – Ela diz inclinado a cabeça para o lado. Abaixo um pouco a guarda quando ela certamente já sabia quem eu sou.

       —Em carne e osso. – Brinco ainda sentindo aquele disputa.

       —É claro. – Ela diz. – O que tem a me dizer sobre Nara Shepley? – Acho engraçado ela estar se referindo a mim como terceira pessoa eu estando bem na sua frente.

       —Nara Shepley chegou a final do ultimo jogo. – Continuo com o seu joguinho. – Porém se recusou a ser a vencedora se precisasse matar três pessoas em que ela acabou se importante de mais para simplesmente mata-los. Mas adivinhe, ela era muito importante para a Garena que então fez com que saíssem vivos quatro jogadores.

       —Historia interessante. E qual é a porcentagem dela?

       —100% - Falo em alto e bom som. Nikita arqueia as sobrancelhas.

       —Parece que alguém me superou. – Ela diz com um meio sorriso.

       —Qual a sua?

       —99%

   Nikita era 99% distopica assim como fui algum tempo atrás.

       —Não teve alteração na sua porcentagem depois de um tempo? – Pergunto.

       —Sim. Comecei com 95%. – Ela então passa por mim.

   Me pergunto o quando ela deve ter evoluído, e se ela ainda evoluiria, me surpreendo ao saber ser possível esse total de alteração em sua porcentagem. Talvez tenha algo haver com os testes ou de todas as vezes em que ganhou o Jogo.

       —Eles já sabem que nos encontramos. – Ela diz olhando para cima onde passaram três drones. – Teremos que ser espertos e ficarmos mais atentos do que antes. Por que agora, o verdadeiro jogo começou.