Capítulo 21 - Noite De Fuga

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    Puxo o ar pela boca a tampando no mesmo instante quando sou pega de surpresa pela noticia. Abbey para de falar e olha para a porta, Winike olha para trás. No mesmo instante corro de lá, quando a porta é totalmente aberta tinha acabado de virar para ir ao dormitório. Torço para não ter sido descoberta, com os olhos arregalados e o coração aceleração em negação do que tinha acabado de ouvir entro para o dormitório e fecho bruscamente a porta assustando os que estavam lá. Christian que estava deitado se levanta imediatamente assustado.

       —Nara. – Ele diz já na minha frente tentando fazer com que olhasse para ele, sinto meu coração pulsando para fora do peito, minha respiração estava desregular e parecia que todo o ar fugia de mim. Aquilo não podia estar acontecendo, eles não podiam nos por dentro daquele inferno de novo. Eu não podia passar por aquilo, ficar presa em uma Arena, não podia. – Nara. – Christian diz segurando em meus ombros tomando minha atenção.

       —A gente tem que sair daqui Christian. – Falo com a voz fraca e as mãos tremulas. – Temos que sair... Temos que sair agora. – Sinto meus olhos embaçarem.

       —O que você viu? – Pergunta baixinho e com medo da resposta.

       —Eles vão nos mandar para lá de novo! Vão nos prender lá...

       —Você não esta falando de nós por na... – Lidja diz saindo de sua cama seguida por Spencer.

       —Na arena. Os distopicos – Completo sua frase. Ela se assusta. – Christian por favor. Vamos sair daqui.. Eu não posso... – Sacudo a cabeça varias vezes apavorada. Ele passa por mim e abre um pouco a porta a fechando devagar em seguida.

       —Precisamos avisar os outros. – Ele diz me fazendo olhar para trás. Eu precisava avisa-los. Passo por Christian que segura meu pulso. – Vai com cuidado.

   Assinto com a cabeça e mansamente passo pelo porta, o corredor ainda estava silencioso, tinha ainda uma esperança de sairmos de lá sem que percebessem. Vou até o dormitório do grupo e passo rápido pela porta, com o lugar ainda escuro, vou as pressas até a cama onde Maxim dormia, paro ao seu lado que dormia tranquilamente com o travesseiro na cabeça.

       —Maxim. – Cochicho o sacudindo, ele apenas resmunga mais não acorda. Nervosa e eufórica puxo o travesseiro de seu rosto o assustando. – Maxim! – Chamo um pouco mais alto.

       —O que esta acontecendo Nara? – Laura pergunta sentando em sua cama enquanto passava as mãos pelo rosto.

       —Laura temos que sair daqui, agora. – Logo falo. Ela me olha confusa e aos poucos os que estavam a nossa volta foram acordando, Maxim levanta xingando e desorientado. – Eles vão nos colocar na Arena de novo, querem saber do que somos capazes, querem uma segunda rodada com todos nós... Eu não posso voltar para lá, nenhum de nós pode, fizemos de tudo para sair e... – Me interrompo cerrando os punhos.

       —Como você sabe disso? – Rafael diz saindo de sua cama e parando na minha frente.

       —Eu os escutei em uma sala. – Afirmo – Disseram que em poucos dias eles vão começar. – Falo com a voz tremula.

       —Alguém te viu? – Paloma pergunta se juntando a nós.

       —Não. – Logo falo. – Quer dizer... Eu acho que não, eu sai antes que...

       —Eles te viram Nara. – Maxim diz afirmando.

       —Talvez. – Falo com medo.

       —Temos que nos preparar. – Rafael diz quando todo o grupo estava junto. – Vai ser impossível fazer uma fuga limpa. – Ele afirma causando em nós um medo tremendo, mais com esse medo saberemos agir e fugir daqui, não importa o que teríamos que fazer. – Armas... Precisamos delas.

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