Da fogueira anterior, fiz uma tocha para continuar andando pela noite, naquele espaço parecia não ter nada mais, então sentei em qualquer canto e descansei até que amanhecesse.
Sentada em cima das raízes de uma arvore, rodava o anel de Christian enquanto pensava na noite anterior, crianças estavam na arena, a que ponto estava os desafios? Me levanto tentando espantar aqueles pensamentos que apertavam meu coração. Estava com fome, nas arvores por perto não tinham frutas, o que indicava que teria que conseguir comida do mesmo jeito. Saio de lá em passos lentos, talvez se eu tivesse sorte encontraria com um adversário onde tivesse em sua mochila comida.
Continuei reto sem muita preocupação, uma hora ou outra andava de costas checando todo o espaço que percorri. Por um bom tempo andei ao lado de uma elevação de terra com matos altos que me fez questionar se por acaso nessa arena, não tivesse animais selvagens.
A elevação de terra foi ficando mais baixa, se esticasse o pescoço conseguia ver a ponta de uma torre de ferro. Quando dou alguns passos apressados para me direcionar a ela, sons de tiros e passos apressados me fazem recuar, me abaixo entre uma moita alta e grossa, o som vinha do alto daquela colina, os passos parecem se multiplicarem, ergo o revolver e me levanto um pouco para ter uma melhor visão, miro no ponto onde um pouco de poeira se levantou, e então escorregam bruscamente naquela terra dura que com certeza machucou os ossinhos fracos e frágeis daquele grupo de criança. Faço uma careta quando vejo uma menininha de talvez onze anos, levantar com dificuldade segurando seu braço que estava evidentemente quebrado.
Uma garota um pouco mais alta que ela de cabelos ruivos se agita e tenta pega-la no colo, o sons de tiros se aproxima. Dois menininhos menores saem correndo, o outro que parecia ser o mais velho de todos estava parado tentando decidir em ir atrás dos outros ou ajudar a menininha de cabelos claros. O som se aproxima, eles estavam sem armas não poderiam fazer nada mais além de correr. Aparece no topo da colina um garoto alto, ele atira mais uma vez acertando a garota que tentava sair do lugar, os dois que estavam ao ser redor arregalam os olhos e gritam. Me apresso levantando, corro na direção das crianças as escondendo como podia, o garoto fica surpreso com minha ação, posso julgar tê-lo visto sorrir.
Ergo o revolver com as duas mãos e atiro antes que ele fizesse, o garoto cai para trás. Respiro ofegante e então lentamente olho para trás, a menina de cabelos claros estava agora envolvida em uma poça de sangue, levanto o olhar reparando no garoto de cabelos loiros e olhos castanhos, e a menina de cabelos alaranjados. Eles estavam com os rostos sujos e assustados. Movo a mão com o revolver na intenção de guarda-lo na cintura, isso os assusta dando passos para trás.
—Esta tudo bem. – Afirmo tranquilizando para que não me vissem como uma ameaça. – Vocês estão bem? - Pergunto, os dois trocam um olhar desconfiado, eles não confiavam em mim. O garoto faz um sinal com a cabeça para a menina que entende e começa a se afastar indo na direção onde os menores foram.
—Obrigado. – Ele diz antes de se virar e correr na mesma direção.
O vejo se afastar ainda olhando para trás algumas vezes, olho para baixo franzindo a testa ao ver a criança morta ainda de olhos abertos, com um esforço interno me abaixo ao seu lado, e fecho seus olhos. Eram apenas crianças, não entendia o por que estavam lá. Olho em volta, corro até o alvo que foi abatido por mim e pego sua arma, era da cor laranja e preta, sua ponta era um pouco comprida, quando chequei a munição vi as letras AK.
Enquanto colocava o revolver no encaixe na minha coxa, corria em direção onde os pequenos foram, precisava acha-los, mais não para matar, eles precisavam de algum tipo de proteção, e eu precisava fazer isso.
As arvores foram sumindo enquanto corria na direção onde eles foram, o solo foi ficando cada vez mais inclinado me obrigando a ir para o lado esquerdo, corro o mais rápido que podia na intenção de alcança-los. Um pouco mais a frente a terra estava mais plana, sons altos de tiros ecoa pelo espaço largo, paro o passo e me escondo ao lado de um torre erguida por um cimento grosso. Olho para cima da inclinação checando se não tinha mais ninguém, volto a olhar para frente. Vejo duas figuras, uma delas estava com uma arma, erguida para outro que corria desesperados enquanto dois tiros foram lançados em sua direção, apertando os lábios esperava pelo o que iria acontecer.
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Free Fire A Garena
Fiksi Ilmiah(Completo) -A verdade por trás da Vitoria.- O Desafio da Garena começou com 60 pessoas, de acordo com as regras existiria apenas 1 sobrevivente. Nara, seria o nome desse único sobrevivente porém, desafiando seus superiores levou consigo três outro...