O Desafio

Capítulo 46

Ela estava nos braços de Jace. Sua garota, sua mulher, seu futuro... Nas mãos sujas daquele político! Com um grito de guerra que teria deixado qualquer fã de  Coração Valente  orgulhoso, Christopher atacou o inimigo, jogando-o em cima do balcão. Acertou um soco na mandíbula de Jace, fazendo com que a cabeça do homem batesse no tampo. Ao longe, ouviu Dulce gritando para que parasse, mas era tarde demais. Jace caiu no chão.

— Meu Deus! — Dulce cobriu o rosto com as mãos. —  Você acabou de nocautear um Senador!

— Bem. — Christopher soltou um palavrão. — As mãos dele estavam em você!

— Que ótimo! — Respondeu Dulce. — Não se esqueça de dizer isso ao juiz, quando perguntaram porque você acha que não deveria ir para cadeia. — Ela bateu na barriga de Christopher.

— Desculpe. Eu ... Eu entrei em pânico. Estava protegendo sua honra!

— É o sujo falando do mal-lavado. — Retrucou Dulce. Christopher a olhou irritado.

— Engraçadinha.

— O que você vai fazer? — Dulce apontou o corpo de Jace. — Você não o matou, né?

— Não bati tão forte assim. — Murmurou Christopher, e então se debruçou sobre o corpo de Jace. — Ele provavelmente vai ficar apagado por mais um tempinho.

— Bem, e quanto tempo vamos ficar esperando ele acordar? — Dulce continuava andando de um lado para o outro, mas agora também levantava a taça, alternando em beber e gritar com Christopher.

— Não sei. Coloque o vinho na mesa, você está me deixando nervoso.

— Eu estou deixando você nervoso? Que direito você tem de vir me resgatar?  — Christopher soltou um longo suspiro.

—  Sempre quis ser o cavaleiro da armadura brilhante.

— Que engraçado, não lembrava que o cavaleiro dava porrada em um homem inocente.

— Inocente uma ova! — Gritou Christopher. — As mãos dele estavam em você!

— E daí? — Ela cruzou os braços. — Por que você se importa? 

— Será que não entende? — Em dois passos, ele a tinha nos braços.

Ela abriu a boca, e no instante que suas línguas se encontraram, pegaram fogo. Ele a empurrou contra o balcão e aumentou a intensidade do beijo.
O corpo dela respondia tão bem ao dele!  Eles se beijavam como brigavam; de forma agressiva, passional, sem nada de lento ou monótono. Incapaz de se controlar, Christopher abaixou as alças do vestido dela, a pele de Dulce era suave como veludo.  As mãos dela apertaram seu cabelo enquanto ele deslizava sua língua pelo  lábio inferior dela,  provando, sugando o vinho de sua boca. Dulce ficou arrepiada quando os lábios de Christopher passaram a beijar seu colo e logo acima do sutiã.

No chão, Jace soltou um gemido, Christopher o ignorou. O gemido ficou mais alto. Dulce enfiou as unhas nas costas de Christopher. Afastar-se dela era provavelmente uma das coisas mais difíceis que ele já tinha feito na vida. Jace começava a se mexer.

— Devíamos ir embora. — Christopher tentou recuperar o fôlego quando seus olhos encontraram os de Dulce. Ela fora intensamente beijada, completamente desarrumada durante um momento, e por ele. Christopher adorava saber que tinha sido o homem que a deixará daquele jeito. A expressão dela era de puro desejo, de necessidade; e tudo por causa dele.

  Jace gemeu novamente.

— Vamos fugir da cena do crime, não vamos? — Dulce segurou a mão de Christopher enquanto se recompunham.

— Se alguém perguntar, ele caiu.

— De cara na sua mão? — Perguntou Dulce. — Sério? É essa mentira que vamos contar?

— Sinto muito se meu cérebro não está concentrado nisso. A gente tem sorte de eu andar e falar ao mesmo tempo, sem jogar você nas escadas e levantar sua saia.

— Mas você sabe que pode. — Christopher congelou. 

— Posso?

— Levantar a minha saia.

— Você está tentando me punir, não é? — Dulce abriu um sorriso e sussurrou no seu ouvido.

— Comprei algumas lingeries naquela festa. Pense nisso durante o jantar.

— Ah sim, que ótimo! Mas vamos pular o jantar. — Quando chegaram no topo das escadas, ele a empurrou na parede mais próxima, juntando seus corpos. — Só mais um beijo.

— Nunca é só mais um beijo com você Christopher.  — ele não pode impedir o sorriso gigante que se espalhou no seu rosto.

— Que bom! Porque quero que eles nunca acabem. — Christopher deu um beijo no nariz dela. — Preciso provar a você que não vai ser só mais um beijo. — Ele roçou os lábios nos dela. — Por que esse vai ser só o primeiro de centenas de milhares de beijos. — Christopher passou os lábios pela base do pescoço de Dulce. — O primeiro dos últimos beijos que você vai receber. — Sua língua explorou a clavícula dela, subindo até o outro lado do pescoço. — Quero estragar os beijos das outras pessoas pra você. Quero marcar você como minha. Quero ouvir você dizer meu nome, mas não porque está irritada e sim porque está tão louca de tesão que não consegue nem raciocinar direito. É isso que quero fazer com você. Quero fazer você ser só minha.

— Sua?  — Dulce sentiu lágrimas nos olhos.

— Acho você já percebeu que sou um homem ciumento. Cansei de fugir!

— Consegue me prometer isso? — Christopher envolveu o rosto dela com suas mãos.

— Para sempre! Está é a minha oferta.

— Então isso é uma conversa de negócios? — Ela deu um sorriso provocante.

— Com certeza. — Ele a puxou para seus braços e beijou-a na testa. — Claro que vou fazer você assinar um papel sem sentido escrito por advogados que não tem nada melhor para fazer além de me proteger. Você vai ter que assinar na linha pontilhada, dizendo que aceita ser minha para sempre a qualquer hora do dia ou da noite.

— Que ótimo. Se você ainda fosse executivo eu poderia chamá-lo de Christian Grey.

— Christopher! — O grito de vovó podia acordar os mortos. — Cadê você? Precisamos conversar.

— A gente pode fugir?

— Vovó tudo vê. É como se esconder de Deus. — Com um suspiro os dois se separaram, Christopher levou as mãos dela aos lábios.— A gente pode conversar depois.

— Sobre toda essa história de " Para sempre"?  — Os olhos dela pareciam esperançosos, o que fez o coração de Christopher bater ainda mais forte.

— Sim! Sobre toda essa história de " Para sempre".

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A finalmente os pombinhos se acertaram 😍