Capítulo 47

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— Ah, aí estão vocês! — Vovó estava ofegante.— Procurei os dois por toda parte! É hora do brinde! Esperem aí, aonde está Jace?

— Dormindo, decidi tirar uma soneca.

— Na adega? Ah, querido! O que aconteceu com seu olho?

— Um esquilo. — Jace estreitou os olhos para Christopher.— Parece que o diabinho encontrou as nozes que estava procurando e me atacou.

— Ah. — Vovó assentiu.— Está certo. Bem, tenho certeza que as nozes dele não são nem de longe tão impressionantes quanto ele quer que a gente pense que são.— Dulce se pronunciou.

— Ah são sim! 

Christopher deu uma piscadela divertida. Jace disfarçou o sorriso com uma das mãos e olhou para vovó com uma expressão muito séria quando disse: — Se você estiver pronta, a gente devia voltar para o jantar.

— Está bem. — A senhora aceitou o braço dele guiando-o para longe de Christopher e Dulce.

— Obrigado. — Christopher segurou a mão de Dulce. — Por defender a minha masculinidade.

— Ah, acho que ela levou um golpe bem grande nos últimos dias. Pensei em dar uma ajudinha. — Com um sorriso presunçoso, Christopher a trouxe para mais perto do seu corpo e sussurrou.

— Acho que você vai me dar mais que uma ajudinha, mais tarde.

— Veremos. — Os olhos de Dulce se encontraram com os dele por um breve momento, antes de ela piscar e desviar. 

Anahí não teve como deixar de notar o olho roxo de Jace quando ele voltou a mesa. Dulce e Christopher o seguiram de perto, com as mãos se tocando. Dulce riu. Christopher alisou o braço dela. Ah não!
Anahí olhou feio para vovó, que no momento tentava dar papinhas nas próprias costas.

— Ela está ganhando.— Anahí cutucou as costelas de Alfonso.

— Eu sei pode acreditar.

— Ah, pare com isso. Só faltam 24 horas.

— Foram as duas semanas mais longas da minha vida.— Alfonso suspirou. — O que são outras 24 horas? — Ele passou os braços pelos ombros de Anahí e enrijecer o corpo.

— O que foi? O que houve?

— Christopher beijou Dulce.

— O quê?

— Aquele safado filho da mãe! Olha só para ele.— Anahí olhou na direção em que o noivo apontava. Christopher estava sorrindo para o prato e girando a taça com os dedos. A cada poucos segundos, trocava olhares com Dulce, e os dois dividiam um sorriso secreto.— Mas que droga!

— Pare de falar assim! Você parece uma velha de igreja.— Vovó se levantou e ergueu a taça.

— O padrinho gostaria de dizer algumas palavras. Christopher?—  Christopher se levantou, erguendo a taça a frente do corpo.

— Eu a beijei primeiro.— Anahí caiu na gargalhada enquanto Alfonso resmungava. Christopher continuou.— Acho que me lembre de uma posta idiota que fiz com meu irmão sobre casar com a garota. Bem, meu irmão, acho que você ganhou! Obrigado por mandar a conta, aliás. Fico feliz. Vocês dois sempre foram muito importantes na minha vida, e não tenho palavras para dizer como fico feliz por ver meus dois melhores amigos se casando. Ao noivo e a noiva! — Ele ergueu a taça.

— Saúde! — Todos gritaram. Christopher apontou Jace.

— Você não gostaria de dizer algumas palavras?— Jace o dispensou com um aceno.

— Não, acho que você já disse tudo!

— Minha nossa!— Sussurrou Anahí.— Tem alguma coisa muito, muito errada. Os dois passaram a semana inteira brigando! — Alfonso olhou de Dulce para Christopher, e de volta para Dulce e então para Jace.

— Não estou entendendo nada. Os três parecem perfeitamente normais.— Anahí agarrou as mãos do noivo com tanta força que quase a esmagou. Porque vovó tinha acabado de apontar para algo... No chão. Para a maldita caixa do microfone.— Droga!— Murmurou Alfonso.— Essa mulher maldita vai ganhar da gente!

— Acho.— Anahí apontou para Christopher.— Que ela já venceu, eles estão apaixonados e muito.— Christopher estava do lado oposto de Dulce, à mesa, e a encarava com olhar de desejo tão inapropriado que Anahí pensou se não seria melhor se apiedar de Alfonso e cobrir seus olhos. Mas, quando se virou para dizer alguma coisa, viu que um sorriso malicioso se formava nos lábios do noivo.

— Ops, no que está pensando?

— Estou pensando em acertar as contas.

— Acertar as contas?

— É, deixa comigo! Alfonso tomou um gole de água.

A sobremesa foi servida. Dulce optou por um suflê de chocolate com chantilly, no instante em que o prato foi colocado a sua frente, ela notou os olhos famintos de Christopher.
Com sorriso provocante, ela enfiou o dedo no chantilly e lambeu bem devagar. A boca de Christopher se abriu de leve. Ela lambeu os lábios e enfiou o dedo outra vez na sobremesa. Christopher se inclinou para frente, com as pálpebras semicerradas, e seu olhar foi de provocante a desejoso. Dulce perguntou quando foi a última vez que ele fora seduzido, ou que tivera te esperar por alguma coisa. Com cuidado, ela tirou os sapatos de salto e deslizou um pouco mais para borda da cadeira. Tentando agir com naturalidade, comeu mais um pedaço da sobremesa e ficou olhando Christopher, que a observava. No instante em que o pé dela encostou na perna dele, Christopher agarrou na borda da mesa e soltou um palavrão.

— Tudo bem Christopher? — Petúnia perguntou.

— Tudo ótimo! — Respondeu ele com a voz contida.— Só está um pouco quente.— Ele piscou algumas vezes antes de pegar um copo d'água e tomar um longo gole.

— Está mesmo bastante abafado.— Petúnia se abanou.— Mas você parece muito corado. Tem certeza que não está com algum problema?

— Quem dera!

— Hã? — Ela franziu as sobrancelhas.

— Todo o mundo já bebeu.— Ele apontou para as garrafas de vinho vazias, no meio da mesa. Dulce mordeu o lábio inferior, tentando segurar o riso. Ela deu outra mordida no suflê, e lambeu o garfo. Do outro lado da mesa Christopher gemeu. O pé dela encostou na perna dele de novo.— Filha da ...

— Christopher?— Petúnia balançou a cabeça.— Você está me deixando preocupada.

— A mim também.— Dulce umedeceu os lábios e foi subindo o pé bem devagar, Christopher segurou a mesa com as duas mãos, e seus olhos estavam deixando Dulce em chamas. Tamanha intensidade que ele a encarava.

—  Estou bem. — Ele fechou os olhos enquanto eu Dulce passava o pé para cima e para baixo em sua perna, e depois agarrou com as dela, puxando-o para mais perto da mesa.— Merda.— Ele soltou um suspiro.

— Ah, por favor.—  Exclamou Petúnia.— Christopher Uckermann, pare já com esta linguagem chula! Wescot! Por favor controle seu filho!— Exigiu Petúnia.

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Dulcinha provocando o Christopher 🤭

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