— Que pena. – Christopher deu uma risadinha. — Tinha mais alguns truques na manga.
— Claro que tinha, bonitão!— Ouviram um barulho no chão perto da casa da árvore. Gesticulando para que Dulce ficasse quieta, Christopher olhou por cima da cerca e viu vovó atravessando o gramado até a casa do vizinho.
— Oque ela está fazendo?— sussurrou Dulce.
— Parece que está indo para um... joguinho da madrugada. — sugeriu Christopher.
— Com?
— O vizinho. Um velho maluco que só usa camisas havaianas e belisca a bunda da vovó durante os jantares em família. Ele a ama. É obcecado. Planeja suas manhãs de acordo com as caminhadas da vovó.
— Uau, quanta dedicação!
— Com certeza, ela está fazendo alguma coisa certa.— Dulce deu risada.
— Ela é uma Uckermann.
— Bem lembrado. — Umedecendo os lábios, ele a puxou para outro beijo.— Eu não a beijei, sabia? Não queria. Nunca quis.
— Quem?
— Belinda.
— Ah, ela. — Dulce bufou. — Minha inimiga da escola e típica menina malvada. Eu sei. Deixa pra lá. Juro que eu tinha esquecido, até que vi aquelas garras de acrílico perfurando seu peito.
— Aquilo dói.— Christopher riu. – Pra caramba. E não é uma dor boa. É uma dor que faz os caras se afastarem devagar, para não serem devorados.— As luzes da varanda da casa do Sr. Casbon se acenderam e, com uma risadinha estridente, Vovó foi puxada lá para dentro. — Bem. — Christopher estendeu a mão para ela. — Sabe o que isso significa.— Dulce aceitou a mão dele.
— Podemos voltar para a cama?— Gemendo, ele a puxou para seus braços e a beijou.
— Sem ter que nos preocupar com vovó abrindo a porta. — Mordendo o lábio inferior, Dulce virou a cabeça parao lado.
— Acho que vi chantilly na geladeira.
— Sério? Vamos! – Rindo, Christopher a ajudou a descer a escada e os dois voltaram correndo para a casa. Já na cozinha, Christopher encontrou as frutas e o chantilly e Dulce pegou o vinho. Eles subiram as escadas, dois degraus por vez, mas congelaram ao ouvir um rosnado baixo.
— Foi fácil demais — comentou Alfonso, do alto da escada. – Veja só, Christopher nunca aprendeu francês, achava feminino demais para ele. Não é mesmo, irmãozinho?
— Alfonso.. – disse Christopher, ameaçador. O que o irmão estava fazendo? Anahí estava sentada no colo de Alfonso. Uma expressão de puro contentamento surgiu no rosto dos dois ao verem que o cachorro impedia Christopher e Dulce de chegarem ao quarto.
— Autocontrole faz bem — explicou Anahí, beijando o pescoço de Alfonso. — Não, sério. Estamos fazendo um favor a vocês dois.
— Como vocês se livraram da vovó? - perguntou Christopher. — Ela não ia deixar os dois sozinhos.— Alfonso abriu um sorriso.
— Sr. Casbon. Parece que ele está se sentindo muito sozinho, desde que vovó decidiu ficar plantada aqui no corredor. Bastou uma ligação, e lá foi ela. — Christopher queria socar o irmão até que aquele sorrisinho sumisse do rosto dele.
— Está bem, você ganhou. É mais inteligente que uma pulga. Podemos subir? — Anahí e Alfonso se entreolharam como se perguntassem um ao outro: o que você acha?
Dulce resmungou atrás de Christopher— Pensem nisso como um exercício para aprenderem a trabalhar em equipe – respondeu Anahí, por fim. — Vocês terão de unir forças, se quiserem conseguir subir as escadas e chegar ao quarto, e nós iremos ignorar seus pedidos de socorro.
— E por que estão fazendo isso?
— Perdemos um desafio respondeu Anahí, entre os dentes. — Parece justo que a gente tenha alguma compensação.
— Por que todos nós não podemos receber uma compensação?
— Porque, por sua culpa, vovó vai cantar no casamento — respondeu Anahí. — Portanto, nós ganhamos compensação e vocês ganham. — Ela apontou para o cachorro. — Charles Barkley.— Alfonso e Anahí comemoraram com um "toca aqui" e saíram do corredor, deixando Christopher e Dulce sozinhos com o pequeno cachorro.
— Quão perigoso ele pode ser? — Christopher estendeu a mão na direção do cachorro, que começou a rosnar e a mostrar os dentes. — Ele está fingindo, não é? Você é bonzinho, não é, Charles? — Ele tentou de novo. Dessa vez, o cachorro quase arrancou um dedo dele.
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Que maldade de Anahí e Alfonso né kkkk
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O Desafio
Fanfiction[CONCLUÍDA] "Como vai? Quer dizer, faz tanto tempo!" Na verdade, fazia onze meses, uma semana e cinco dias. Mas quem é que estava contando? Não ela. Christopher Uckermann é rico demais, bonito demais e arrogante demais: qualidades que, anos antes, f...