Capítulo 65

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Todos soltaram exclamações surpresas, que foram seguidas por muitos murmúrios.

- Faça alguma coisa! - Dulce empurrou
Christopher na direção do bolo. - Agora! - Ele fincou os calcanhares no chão.

- Nada disso! Não vou sozinho. - Ele segurou o pulso de Dulce e a puxou consigo bem na hora em que os noivos chegavam até o bolo. Alfonso foi o primeiro a reparar. Ele arregalou os olhos e se virou para Anahí.

- Hã... Surpresa! – gritou Dulce, alto o bastante para que todos ouvissem. Alfonso ficou boquiaberto.

- Surpresa?

- Nós... - Dulce deu um tapa em Christopher. - Queríamos... - Ele tossiu. – Fazer... - Ele ficou pálido. Ah, não. Não tinha nada a dizer, nada! Aquela não era a hora de perder o jeito! Anahí e Alfonso esperaram. Finalmente, Christopher baixou a cabeça.- Somos os piores padrinho e dama de honra do mundo! Não foi possível consertar a tempo. Por isso que está escrito...

- Tetas para sempre! - gritou vovó ao microfone. - E vou dizer que esses garotos Uckermann adoram umas...

- Um brinde! - gritou Bets, interrompendo vovó. - A Alfonso e Anahí. -Todos ergueram as taças enquanto os noivos iam até o bolo para olhar os bonequinhos.

- Ao menos eles se parecem com a gente.

- E eu realmente gosto ...

- Do seu coração enorme! - interrompeu Bets. – Muito bem! Que maravilha, um bolo maravilhoso! - Ela virou o restante do vinho, parecendo prestes a desmaiar. Christopher suspirou.

- Vamos tirar isso de cima do bolo, antes que nossa mãe pire.- Dulce caiu na risada.

- Ha-ha-ha, vamos descobrir as tetas. Entenderam?- Eles tiveram ataques de riso, até que alguém passou bolo no rosto de Dulce. Foi Christopher, aquele babaca! Então Alfonso fez o mesmo com Anahí. E foi assim que a guerra começou. Até que Alfonso e Christopher se entregaram, dizendo que não queriam estragar a maquiagem linda das garotas. Mas Dulce e Anahi sabiam que eles só estavam desistindo porque perceberam que iam perder. Afinal de contas, os rapazes Uckermann nunca tiveram a menor chance.

- Está pronto? – perguntou Anahí, apertando a mão de Alfonso.-

- Pronto. - Ele beijou a cabeça da esposa e a conduziu para o carro, que esperava. Christopher estava discutindo com vovó, e Dulce cobria o rosto com as mãos, rindo.

- Ops. - Anahí se aproximou do carro. – Eu quero mesmo saber?

- Vovó pensa que é artista - explicou Christopher, entre os dentes. - Tentei impedir, mas...

- Ah. - Anahí olhou para o vidro de trás. Vovó tinha desenhado um enorme par de peitos e escrito Tetas Para Sempre. - Que gracinha!

- É mesmo um dia muito, muito especial - murmurou Alfonso.

- Vão logo, vocês dois! - Vovó suspirou.- Agora. – Ela os puxou para o lado. - Imagino que vocês saibam como essas coisas... funcionam.

- Coisas? - repetiu Anahí. - Que coisas?

- Ah, minha querida! - Vovó levou a mão à bochecha. – Essas coisas, por exemplo...– Ela deu de ombros. - Quando forem fazer bebês...

- Ah, meu Deus! - Alfonso fechou os olhos e pareceu desolado.

- É importante manter as pernas para cima. Bem, foi assim que Wescott veio ao mundo! - Ela suspirou.- Entre outras coisas, mantenha as pernas para cima, bem assim, ó. – Vovó abriu a porta do carro, sentou-se e ergueu as pernas esticadas. - Mas é claro que você vai estar com as costas na cama. Entendeu?

- As pessoas estão começando a olhar para cá, vovó - comentou Christopher.

- E aí - ela baixou as pernas -, depois de meia hora, você se vira, como fazemos com um assado.

- É preciso virar os assados? - perguntou Dulce, em voz alta. - Nunca cozinhei assim.

- Então, minha querida, você precisa de umas dicas – retrucou vovó.

- Não, obrigada. - Dulce deu um passo para trás. Vovó olhou para Alfonso e Anahí.

- É melhor que esses soldadinhos sejam fortes! Mas eles têm sangue de Uckermann, então devem ser razoáveis.

- Razoáveis? - Alfonso assentiu. - Acho que vão ser melhores que isso.

- Vão, sim. - Anahí deu tapinhas nas costas do marido.

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