Christopher percebeu que podia, sim, ser bem ruim, ou ainda pior, quando pararam em frente a uma farmácia.
— Não estou entendendo. Esse é o endereço que vovó deu?
Ele olhou para o papel outra vez e depois para o relógio. Estava ficando tarde, e, embora não se importasse de passar tempo com Dulce, não havia a menor chance de ele ficar com ela durante a noite, não com seu corpo reagindo daquele jeito. Acabaria estragando tudo. Uau, já estava começando a fugir! Nunca pensou que veria o dia em que isso aconteceria.
— Então acha que devíamos ir embora? — perguntou Dulce.
— Vou ligar para ela. — Christopher pegou o celular e telefonou para vovó, que atendeu no segundo toque.
— Que foi?
— Estamos na farmácia, onde deveríamos pegar o presente. Você por acaso nos deu o endereço errado?
— Não.
Droga! Até mesmo a paciência de um padre seria testada por aquela mulher!
— Está bem. Então, o presente está aqui na farmácia.
— Sim, estão.
— Estão?
Vovó gritou alguma coisa e cobriu o telefone com as mãos. Então pigarreou.
— Sim, só precisa ir lá dentro e pedir as coisas que estão em nome de Christopher Uckermann.
— Por que você botou a encomenda no meu nome?
Vovó parou e riu.
— Ah, já estou indo!
— Oi?
— Não é com você. — Ela deu uma risadinha. — Está no seu nome porque é você quem vai pegar tudo. Agora, vá lá e procure o gerente, que é uma pessoa ótima. Ele deve estar trabalhando hoje à noite, e está à sua espera.
— Vovó, eu não queria perguntar...
— Então não pergunte! — O celular ficou mudo.
Christopher soltou um palavrão e guardou o aparelho no bolso da frente.
— Algo me diz que não deveríamos entrar.
Ignorando-o, Dulce abriu a porta.
— Vamos lá. Cadê sua coragem? É só uma farmácia. Ela deve ter comprado um cartão-presente ou algo do tipo. Só precisamos pegar.
Christopher pensou em como deveria aprender a ouvir a voz da consciência. Aquela que gritava coisas como PERIGO! ou ALERTA VERMELHO! quando se está prestes a cair em uma armadilha. Aquela situação era claramente uma armadilha.
Em vez de ouvir a voz da consciência, ignorou-a. Principalmente porque Dulce estava andando mais à frente, e Christopher ficou hipnotizado pelo movimento de seus quadris. Não havia nada a fazer, além de segui-la.
Mas ele realmente deveria ter ficado onde estava.
Soube disso no instante em que entraram na loja e ele se apresentou.
— Ah! — Bob, o gerente, estendeu a mão. — Estávamos esperando você! Acho que tenho tudo o que sua avó pediu para esse casamento bem aqui! — Ele deu uma piscadela.
Christopher fez careta.
Dulce olhou para dentro da cesta.
Realmente, não deveria estar fazendo isso.
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O Desafio
Fanfic[CONCLUÍDA] "Como vai? Quer dizer, faz tanto tempo!" Na verdade, fazia onze meses, uma semana e cinco dias. Mas quem é que estava contando? Não ela. Christopher Uckermann é rico demais, bonito demais e arrogante demais: qualidades que, anos antes, f...