Capítulo 60

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- Ela levou Maite para perto do bar, onde Jace estava sentado, e ergueu dois dedos para o atendente.

-Ela vai.. – Dulce cruzou os braços.

- Ela só fica feliz se estiver se intrometendo na vida dos outros. - Christopher puxou Dulce mais para perto. - Olhe só. – Ele indicou vovó com a cabeça. A senhora acabara de deixar Maite e Jace sozinhos com as bebidas. Com sorte, não haveria Benadryl nelas. Mas não dava para ter certeza, quando o assunto era vovó: ela tinha uma inclinação a usar medicamentos controlados.- Você está tão bonita! - sussurrou Christopher no ouvido de Dulce. - Que tal a gente ir lá para cima e... - Dulce se afastou dele.

- Estou sob ordens de fazer você sofrer até depois do casamento. Então, não.

- Ordens de quem?

- Vovó. - Dulce deu uma risadinha. - Acho que devo uma a ela, por tudo o que fez.- Christopher franziu a testa.- Pense só em todas as surpresas que você vai encontrar mais tarde... - sussurrou Dulce, contando sobre cada peça de roupa que usava, uma por uma, e encerrando a provocação com um puxão na orelha de Christopher. Com os joelhos fracos, ele quase caiu. Maldita vovó, que só ficava feliz quando outra pessoa estava sofrendo!

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Em duas horas, estaria casada. O coquetel tinha sido ótimo, mas era hora. Anahí escolhera um vestido branco cintilante, decotado na frente e nas costas. Era um pouco ousado demais para o seu gosto, audaciosa e linda. Além disso, ela dera um duro danado naquela série de exercícios idiotas para o casamento, então merecia usar um vestido sexy. Tiras finas com apliques de pedras envolviam seu pescoço, descendo pelas costas até o vestido. Ele era acenturado, abrindo-se em camadas macias de chiffon a partir do quadril. Sua parte favorita era a camada de renda coberta de cristais, que ia dos seios até a barra do vestido. Ela se virou e sorriu para o espelho. A cauda de 1 metro estava acomodada ao seu redor. Anahí suspirou. Estava perfeita.

- Nervosa, querida?- perguntou uma voz feminina e suave. Anahí olhou para a frente. Petúnia estava parada à porta, esfregando as mãos.

- Hã, um pouquinho- admitiu Anahí. Então vovó entrou.

- Petúnia! Você não devia estar aqui. Vá se arrumar para o casamento.

- Eu me recuso. – Petúnia ergueu a cabeça. - Você já sabe a minha opinião a respeito de cores fortes.- Vovó fechou os olhos por um momento e apertou o ponto entre eles. Quando os abriu outra vez, até mesmo Anahí recuou um passo.

- Você vai usar aquela droga de vestido e vai fazer isso sorrindo. Agora, vá se arrumar, ou... que Deus me perdoe!... vou drogar cada um dos seus gatos!

- Você não faria isso!

- Diga, como vai Garfield? Ora, ora, ele já está ficando velho! Seria uma pena se caísse das escadas ou se acidentalmente comesse algo que não devia. - Bufando e batendo os pés, Petúnia saiu do quarto. Vovó fechou a porta atrás dela e bateu as mãos como se tirasse alguma poeira. Enquanto ajeitava o blazer dourado, olhou para a noiva.- Minha querida, qual o problema? - As lágrimas que Anahí estivera segurando começaram a cair. Ela se jogou nos braços de vovó, dando soluços suaves.- Ah, minha querida, não chore! Vovó está aqui, estou aqui com você. É perfeitamente normal estar com medo. Bem, os homens podem ser uns monstros terríveis! Fazem sons que nenhum ser humano devia fazer em público, se acham mais engraçados do que tudo e não entendem o conceito de lavar a louça..- Anahí começou a soluçar.- Ah, minha querida, mas são maravilhosos! Foram feitos para nós, sabia? - Anahí limpou os olhos e controlou a respiração.

- Não é ele. - A noiva sacudiu a cabeça. – Alfonso é maravilhoso. E é incrível. Não é ele. Sou eu. - Vovó estava quieta, dando tapinhas nas mãos de Anahí.- Eu o amo tanto. Só queria que...

- O quê?

- Eu queria - os lábios de Anahí tremiam- Que meu pai estivesse aqui, que ele me levasse até o altar. Que minha mãe estivesse sentada na primeira fileira, sorrindo. Não sei... Só queria que eles pudessem me ver.

- Ah. - Vovó a puxou para um abraço.- Mas eles podem, querida! Eles podem vê-la! - Vovó tocou o peito de Anahi. - E também estão aqui. – Ela pegou uma pequena caixa na bolsa e a colocou nas mãos da noiva. - Vá em frente, abra.

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