Capítulo 54

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- É, acho que não é uma boa ideia nos aproximarmos muito. - Dulce o puxou para trás.- Pode ser que ele decida morder outra coisa, e tenho certeza de que isso acabaria com a noite.- Christopher coçou a cabeça.

- O que a gente vai fazer? Ele está controlando o caminho para o nosso quarto, e os quartos de hóspede estão ocupados com os convidados do casamento.

- A gente pode gritar na porta do quarto de Belinda, dizendo que a casa está pegando fogo, e depois a deixamos trancada do lado de fora - sugeriu Dulce, esperançosa.

- Dulce. - Christopher segurou uma de suas mãos. - Seja melhor do que ela.

- Preciso mesmo?

- Só tente. - Christopher deu uma risadinha e a puxou para seus braços, beijando-a com voracidade. O cachorro, claramente agitado, começou a latir. Christopher se afastou, reclamando.- Pare de latir!
- O cachorro latiu ainda mais alto e se encolheu como se estivesse prestes a pular.

- Shh! - Dulce apontou para o cachorro. - Nada de latir!- O cachorro parou por dois segundos, até que começou a uivar.

- Odeio a vovó. - Dulce se escondeu atrás dele.- Nossa, obrigado! Como foi que, de marido, passei a ser seu escudo humano?- Dulce riu.

- Bem, estamos casados.

- É verdade.

- O que vamos fazer?- O cachorro não ia sair dali, isso era óbvio, e Christopher não ia correr o risco de deixar que o animal mordesse suas partes íntimas. Sem outras ideias, ele se virou para o corredor.

- Já sei.- Dez minutos depois, eles estavam de volta à casa da árvore. Mas dessa vez tinham cobertores, mais vinho e pipoca. Christopher segurou a mão de Dulce, envolvendo-a na sua, enquanto olhava o rio pela janela.- Quanto ao seu trabalho...

- Que se dane o meu trabalho! - Dulce abraçou o pescoço dele e se sentou de pernas abertas no colo do marido. - É só isso, um trabalho.

- Mas você gosta dele de verdade. - Christopher se liberou do abraço de Dulce, desejando olhá-la nos olhos.

- Eu gostava de contar histórias. E gostava de escrever...- Ela deu de ombros. - Gosto mais de você. As vezes, as coisas que realmente queremos na vida estão sob o nosso nariz. - Christopher riu.

- Nossa, assim vou ficar vermelho! Foi um elogio bem sexy. Que bom que você gosta de mim... Será que podemos começar a sair e, quem sabe, um dia até nos casar? Ah, espere um pouco.... - Ele bateu a mão na testa. - Nós invertemos a ordem!

- Não. - Dulce encostou a testa na dele. - A ordem inversa para uns pode ser a certa para outros.- Christopher a fitou, e no seu olhar havia a promessa de que nunca a deixaria partir.

- Acho que gosto de fazer as coisas ao contrário.- Dulce sorriu, e seus olhos azuis brilhavam ao luar.

- Eu também.

Dulce soltou um gemido ao ser puxada para perto de algo quente. Suspirou, feliz, quando lábios vorazes
encontraram os seus. Rindo, Christopher foi para cima dela e tirou a blusa. Aquele homem era insaciável, o que, para ela, era ótimo. Christopher se afastou, gesticulando com o indicador para dizer que era a vez dela. Dulce ergueu a blusa até metade do tronco e parou. Sem aguentar esperar, Christopher arrancou a blusa e puxou as alças do sutiã dela. Sua boca se colou à de Dulce em segundos. As mãos deslizaram até seus quadris, puxando-a para si, quando ele soltou um grunhido que mais parecia um apelo desesperado.

- Não consigo parar - disse, roubando mais um beijo faminto. - Por favor, não me odeie por eu querer você outra vez.- Odiá-lo? Ela não conseguia tirar as roupas rápido o bastante. Quem poderia imaginar que ela passaria a primeira noite de casada em uma casa de árvore? E com Christopher Uckermann? E Twinkies.

- Nossa, você tem um gosto maravilhoso! - A língua de Christopher se enroscou na dela enquanto as mãos deslizaram até seus quadris. Ela ouviu fogos de artifício estourarem no instante em que aquelas mãos roçaram sua pele; ou talvez tivesse sido um apito. Ela o beijou com mais vigor. Tinha alguma coisa errada. Os fogos de artifício ficaram mais altos. E alguém começou a bater na porta da casa da árvore.

- Muito bem, vocês dois! - gritou vovó.- Desçam já daí! Temos planos a fazer! E um casamento! Desçam!

Christopher, obviamente sem se importar, continuou a beijá-la.

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Vovó atrapalhando de novo KKK

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