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Isabela Narrando

Chegou o dia do enterro do meu sogro e todos estavam chorando até Lucas e Rato que eram os durões estão sem chão.
Rato tenta acalmar a Lais mesmo sofrendo e eu tento acalmar o Lucas que está desolado e sem forças pra lutar.

Ver ele desse jeito está acabando comigo e eu não sei o que fazer pra mudar isso.
Lembro que quando meu pai morreu nada me acalmava e me motivava a seguir em frente e eu não tinha ninguém ao meu lado.

Sei o quanto ele está sofrendo e sei que essa dor nunca vai passar e mesmo que ele finja que superou vai ser uma completa mentira por que ele nunca vai superar essa dor e esse vazio que vai sempre percore-lo por dentro.

Abraço ele forte e sinto minha blusa molhada pelas suas lagrimas e mesmo depois de tudo eu vou sempre está ao seu lado.
Acabou o enterro e então voltamos para casa.
Chegamos em casa e nós entramos e Lucas pega o radio e avisa.

- É o seguinte,avisa a todos do morro que vai ter toque de recolher por uma semana em homenagem a Alemão e avisa também que vamos ficar um mês sem baile funk e quem desobedecer vai ser comprado da pior forma.

Ele desliga o radio e vai para o quarto e eu vou fazer algo pra ele comer pois ele não comeu nada o dia todo.

Faço uma bandeja e levo para ele e nela está suco de maracujá, bolo,pão,queijo e presunto,torrada e frutas e levo para ele.

- Não to com fome.
Ele fala.

- você precisa se alimentar Lucas.
Falo insistindo.

- Eu não quero porra.
Fala indo para o banheiro e se tranca lá.

- abre a porta Lucas por favor.

- Me deixa.
Ele fala chorando.

- Eu te amo amor e quero passar por isso junto com você.

Ele não respondeu mais nada apenas abriu a porta do banheiro e me abraço.

Depois de um tempo ele comeu algumas coisas e tomou banho e deitou e pouco tempo depois dormiu e eu tomei banho e deitei e dormi também.

Eu e um TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora