Amor Eterno - Mo Dao Zu Shi

Capítulo 15

Bom dia repolhinhos!!! Sim, eu voltei como prometido e trouxe um flashback bonitinho pra vocês!

Boa leitura e não esqueçam de votar e comentar!!!

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− Você enlouqueceu?! Como é que você sai ferido desse jeito da sua seita, pra só os deuses sabem onde?! Você podia ter morrido!

Wangji estava ajoelhado no Salão da Orquídea de frente para os anciãos e pro irmão, Xichen havia dado ordens severas de que a presença de Yuan na seita não deveria chegar ao conhecimento de Lan QiRen até que ele decidisse, ele temia que a criança fosse levada pra longe de Wangji como punição e com certeza essa era última coisa que queria, ele jamais conseguiria imaginar a dor que seu irmão sentiria se a sua única fonte de felicidade lhe fosse tirada.

Fazia apenas 1 mês e duas semanas que o alfa havia retornado e por mais dor e tristeza que ele sentisse, seu pequeno A-Yuan era pra si como uma estrela na escuridão da noite, ele era a única coisa que o impedia de se entregar completamente a sua insanidade e ao sofrimento que sentia, se ele se rendesse Yuan ficaria sozinho, de novo, e o alfa lhe havia prometido uma família, mesmo que fosse uma família de dois, ainda era uma família, a família deles.

A conversa estava ficando bastante extensa, os anciões achavam que a chibatadas não haviam sido suficiente já que o Segundo Jade voltou a agir rebeldemente, Xichen tentava de todas formas entrar em defesa do irmão, usando a sua autoridade de líder, mas tudo em vão, ele era minoria, QiRen sequer tentava, ele estava extremamente bravo com Lan Zhan por todas as coisas que fez por Wei Wuxian, em sua opinião um castigo seria mais do que bem vindo para um discípulo que nunca soube o que era rescrever as regras da seita até as mãos fazerem calos. No meio de toda a conversação as portas do salão foram escancaradas e de lá entrou uma criança aos prantos com dois juniores correndo atrás dela.

− Papa! – Yuan se agarrou em Wangji chorando alto com o rosto enfiado no peito do alfa. Xichen e Wangji soltaram uma respiração que eles nem sabia que estavam segurando. – Papa, 'tá doendo...

QiRen estava estarrecido assim como os outros anciãos, seu olho esquerdo tremia levemente e ele podia jurar que iria ter um desvio de QI naquele momento. A situação de Wangji não era boa, ele estava em um julgamento que decidiria sua pena e nesse exato momento ele estava com um filho, que ele havia omitido de todos, chorando aos prantos em seu colo, ele poderia pedir gentilmente pra que a criança o soltasse e que fosse a enfermaria, mas ele não podia, agora ele era pai, era sua obrigação cuidar do seu filho, foi pensando nisso que ele decidiu ignorar todos e abrir gentilmente a blusa do menino vendo um hematoma que começava a ficar roxo.

− Como arranjou isso? – Perguntou preocupado, vendo o menino enxugar as lágrimas e apontar pra um dos discípulos que vieram correndo atrás dele.

− Ele me bateu papa! Tá doendo. – Olhar que o alfa lançou pro colega foi o suficiente pra que seu lobo recuasse nervoso, os olhos do Segundo Jovem Mestre ficaram vermelhos deixando claro que eles haviam mexido com o seu filhote.

− Foi um acidente Wangji, ele estava atrás de mim quando eu estava treinando, eu bati o punho da minha espada sem querer, eu juro que não o vi. – Tentou se explicar, lentamente o outro ia revisando as regras da seita uma por uma e voltando ao normal. – Juro pela minha vida que eu não bati de propósito no seu... no seu...

− Filho. – Falou se virando pros mais velhos e se levantou de mãos dadas com criança até estar de frente pro tio. – O cumprimente como eu te ensinei.

O alfinha se ajoelhou diante do Grande Mestre com as duas mãos no chão e com a cabeça posta sobre elas, estava longe de ser perfeita, ainda mais por que o menino ficou todo torto com a dor que estava sentindo.