《4》

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O meu coração quase saiu pela a boca e continuei juntando os cacos de vidro que estavam espalhados para todos os lados.






— Pode deixar que eu te ajudo a limpar a bagunça. - Zabdiel se abaixou e começou a me ajudar.

— Não precisa. Sou a única responsável por isso ter acontecido. - falei com as mãos tremendo.







No momento que peguei em um pedaço de vidro, acabei cortando a mão, e Zabdiel ficou preocupado.







— Não acredito que me cortei. - resmunguei enquanto tentava controlar o sangramento. — Como vou limpar isso?

— Eu vou pedir para alguém limpar, você não pode continuar com esse sangramento.







Zabdiel me ajudou a levantar e fomos até a cozinha para fazer um curativo. Adriana ficou preocupada em ver o tamanho do corte e foi limpar a sala de jantar, enquanto fiquei sentada na cadeira esperando o Zabdiel procurar uma maleta com o kit de primeiros socorros. A minha mão não parava de sangrar, mas ainda bem que ele molhou o local com o soro fisiológico e conseguiu controlar um pouco.






— O corte foi bem grande, acho melhor eu te levar para o hospital. - ele falou enquanto colocava gazes na minha mão.

— Não foi tão sério assim. - senti um pouco de dor, mas consegui aguentar.

— Agora você vai ter que ficar um tempo sem fazer esforço com esta mão.

— Mas a sua mãe vai me dar uma bronca por não estar trabalhando. - falei toda nervosa. — Além disso, ela acabou de me contratar e estou correndo o risco de perder o emprego.

— Isso não vai acontecer porque não vou permitir que ela te demita.

— Tomara que não...







Zabdiel tocou na minha mão com tanta delicadeza que nem reclamei de dor. Mais uma vez está demonstrando que é uma boa pessoa e que pensa no próximo. Fiquei o tempo todo com a cabeça baixa, com uma mecha de cabelo cobrindo uma parte do meu rosto para esconder a marca roxa que estava no meu rosto. Ele tentou ver o meu rosto, mas continuei disfarçando.







— Por que você não olha para mim? - ele perguntou tocando na minha mão.

— Porque não posso... - respondi tentando fugir do assunto. — É uma coisa pessoal e você não pode ficar sabendo.







Ele continuou olhando para mim, tirou a mecha do meu cabelo do rosto e ficou chocado ao ver a marca do tapa que levei, que infelizmente não consegui disfarçar nem com a maquiagem.







— Meu Deus... o que foi isso? Quem teve a coragem de fazer uma coisa dessas com você? - ele perguntou assustado.

— Obrigada por ter me ajudado, agora preciso voltar a trabalhar. - passei a mão no rosto.

— Quem te bateu? Foi o seu namorado ou outra pessoa?

— Isso não te interessa.







Levantei da cadeira e me afastei dele.







— O que estavam fazendo sozinhos? - Antonia perguntou entrando na cozinha.

— Eu só estava ajudando ela a controlar o sangramento da mão. - ele respondeu guardando a maleta no armário.







Antonia ficou completamente furiosa quando olhou para mim. Fiquei tão constrangida com a cena e acabei saindo da cozinha para evitar mais problemas.







ℓα ℓєγ | Zᴀʙᴅɪᴇʟ ᴅᴇ Jᴇsᴜ́sOnde histórias criam vida. Descubra agora