ℓα ℓєγ | Zᴀʙᴅɪᴇʟ ᴅᴇ Jᴇsᴜ́s

《40》

Passei alguns dias na casa do Richard enquanto tentava comprar as passagens de ida para Los Angeles. Tomei a decisão de fazer faculdade de Gestão de Recursos Humanos, assim vou ajudar o meu pai na empresa. Eu ainda não estava com as malas prontas, não me sentia preparado para viver uma vida nova e que jamais vou esquecer da Alana. Eu chorava todas as noites, me perguntava se ela estava bem. Não consigo acabar com a minha angústia, enquanto eu não encontrá-la, vou continuar sentindo essa culpa.

Richard foi resolver algumas coisas e fiquei na casa dele. Aproveitei o momento para concluir algumas coisas para começar a faculdade, comecei a arrumar as malas e acabei voltando a ver as fotos que tirei com a Alana. Mais uma vez chorei quando lembrei de todos aqueles momentos que tivemos juntos. "Queria estar perto de você, sentir o seu corpo junto ao meu, ver o seu sorriso e ouvir 'Eu te amo'", pensei quando lembrei da primeira noite que tive com ela.

Ouvi um barulho estranho na sala, bloqueei o celular e verifiquei o que estava acontecendo. O meu coração começou a acelerar um pouco e andei em passos lentos para ver quem era. Encontrei dois homens encapuzados e ambos estavam armados.

— Levante as mãos! - um deles me ordenou enquanto apontava uma arma.

— Não se atreva a mexer, senão vou atirar! - o outro também apontou a arma.

— O que vocês querem comigo? - perguntei assustado.

Um deles se aproximou e apontou a arma na minha cabeça. Richard apareceu no momento e ficou assustado ao ver a cena.

— Se você se mexer, também vai levar um tiro! - reconheci a voz de um deles. Era o Christian.

— Está bem. - Richard levantou as mãos e ficou parado onde estava.

Um deles tirou o capuz e descobri que era o idiota do Eduardo.

— Estou muito contente em te ver, Zabdiel. Pena que o seu amigo também está nas nossas mãos. - Eduardo envolveu o braço em volta do pescoço do Richard e apontou a arma na cabeça dele.

— Não vou permitir que machuque ele! - gritei tentando me mexer, mas Christian apertou a arma na minha cabeça.

— Se você reagir, esse vai ser o último dia da sua vida. - Christian me ameaçou.

A minha respiração estava mais ofegante, o meu coração batia mais forte e o nervosismo aumentou. Tentei ficar quieto, só que não tive outra opção a não ser que reagir. Bati o cotovelo na barriga do Christian e empurrei o Eduardo para que soltasse o Richard. Começamos a ter uma luta corporal, trocamos vários socos e chutes. Tentei tirar a arma do Christian, só que acabou dando o primeiro disparo e acertou no teto. Enquanto isso, Richard continuou dando socos no Eduardo.

Continuei tentando tirar a arma da mão dele, porém disparou mais uma vez e acabou acertando em alguém. Richard caiu no chão e vi o sangue escorrendo na sua perna. Christian pegou a arma e atirou em mim, que acabou acertando no meu braço esquerdo. De repente, senti uma dor muito forte e coloquei a mão no local da bala. Eles pegaram as armas e fugiram.

— Richard, está sentindo muita dor? - perguntei observando o local do tiro.

— Está doendo muito. - Richard gemeu de dor e tentou mexer a perna. — Não acredito que aquele idiota atirou em você!

— Acho que não foi tão grave. - reclamei de dor. — Agora mesmo vou ligar para a ambulância.

Encontrei um telefone fixo e disquei o número da ambulância. O meu corpo estava tremendo e fiquei mais preocupado com o Richard, porque o sangramento dele aumentava. Minutos depois, a equipe médica chegou e nos levou até o hospital.