ℓα ℓєγ | Zᴀʙᴅɪᴇʟ ᴅᴇ Jᴇsᴜ́s

《45》

Abri a janela para verificar o que estava acontecendo e fiquei surpreendida ao ver o Zabdiel com um violão na mão.

— Alana, espero que você me perdoe! Estou aqui para te dedicar uma música que escrevi especialmente para você! - Zabdiel gritou enquanto me olhava pela a janela.

— Zabdiel, é melhor você ir embora! - gritei de volta.

Ele começou a tocar uma música romântica e não tirava os olhos de mim. "Tomara que não aconteça nenhum desastre", pensei comigo mesma.

"Y aunque pensé
Que era feliz
Todo iba bien
Hasta que te vi
Estás tan bella, ay ay ay
Desordenaste mi cabeza

Estas con él
Y yo aquí
Tratando de hacerte sonreír
No dice nada, ay ay ay
Pero tus ojos me hablan

Nadie tiene el control del corazón
Sabemos que en la guerra y el amor
Se vale todo, mami
Se vale todo

Hoy rompo la ley por ti
Si me miras así
Me atrevo a robarte los besos que él no te da a ti
Hoy rompo la ley por ti
Si me miras así
Buscamos la excusa perfecta y nos vamos de aquí..."

— O que está acontecendo aqui? - meu pai apareceu atrás de mim e ficou observando o Zabdiel.

— Pai, eu não sei como ele soube que estou morando aqui. - falei toda sem graça.

— Alguém está fazendo uma serenata? - Fabíola perguntou andando pelo o quarto com o Nick no colo.

A música era tão linda que senti vontade de chorar de emoção. Jamais pensei que o Zabdiel fizesse uma serenata especialmente para mim, apesar de saber que ainda estou magoado com ele.  Lembrei que ele escreveu essa música inspirada em mim, mas voltei para a realidade e percebi que o Christopher viu a cena e o expulsou de casa.

Peguei o Nick no colo e desci até varanda, mas infelizmente não encontrei o Zabdiel. Eu queria falar com ele, mas não me sinto preparada para revelar o meu segredo. Meghan me abraçou de lado e fingi estar sorrindo, sendo que no fundo eu me sentia péssima. Olhei para o Christopher e percebi que ele não gostou da presença do Zabdiel. Meu pai foi avisar para os seguranças para não autorizarem a entrada dele nesta casa.

Fui no quarto do Nick, sentei na poltrona e comecei a balançar ele para que pegasse no sono. "O que eu faço, Nick? De qualquer jeito o seu pai tem que saber da sua existência e não sei qual vai ser a reação dele", pensei quando olhei para o meu filho. Comecei a chorar e tive que disfarçar quando alguém entrou no quarto.

— Não precisa ficar assim, princesa. - Christopher se aproximou.

— Eu me sinto tão perdida que nem sei o  fazer. - falei olhando para o Nick.

— Vem cá. - ele me abraçou de lado e apoiei a cabeça sobre o seu ombro, enquanto balançava o bebê. — Ele não vai voltar a te incomodar.

— Será que ele realmente está arrependido?

— Pode ser que ele esteja arrependido, mas confesso que não consigo confiar nele.

— A única coisa que tenho que fazer é seguir com a minha vida.

— Você tem um filho, tem um ótimo emprego... 

— Não é sobre isso que estou falando. -  falei tocando na sua mão.