《15》

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Eu não queria contar para ele o que aconteceu. Nunca tive coragem de contar para ninguém sobre esse assunto e não sei como ele vai reagir. Ficamos abraçados por alguns minutos, comecei a chorar e fiz de tudo para ele não percebesse, mas não adiantou nada.






— Meu amor, por que não quer me contar? Eu te fiz alguma coisa? - ele tocou no meu rosto.

— Não, Zabdiel. Você não fez nada. - respondi enxugando as lágrimas. — Me desculpe por ter estragado a noite.

— Não precisa pedir desculpas.

— Não estou preparada para te contar... - mexi no cabelo dele e olhei nos seus olhos.

— Me perdoa, Alana. Eu deveria ter te perguntado se queria vir aqui...

— Não tenho nada que te perdoar.

— Vou te levar para a casa. Agora está se sentindo mais tranquila?

— Sim, Zabdiel. - sorri ao olhar para ele. —  Amanhã tenho que acordar cedo porque preciso trabalhar na sua casa.

— Eu nem estava lembrado disso. - ele fez uma careta bem engraçada e acabei rindo. — Pelo menos vamos nos encontrar por lá.

— Vamos sim... - fiquei em silêncio e ouvi a minha respiração.






Zabdiel tocou na minha perna e me deu vários beijos. Levantamos da cama, saímos do quarto e ele se despediu da atendente. Ele me levou até a porta da minha casa e fizemos o possível para que ninguém percebesse nada.







— Zabdi, essa não é uma boa ideia! A minha mãe pode descobrir que não estou em casa! - falei empurrando ele.

— Ela nem deve ter suspeitado que você fugiu pela a janela do seu quarto. - ele debochou. — Eu queria dormir abraçado com você, mas infelizmente não vai ser possível.

— Você precisa ir embora daqui, antes que alguém suspeite do nosso encontro.

— Só faço isso porque você está me pedindo.

— Eu preciso descansar. - eu disse abrindo a porta do carro.

— Ainda tenho que terminar de fazer uma coisa.

— Que coisa? Você poderia me dizer? - perguntei curiosa.

— Por enquanto não posso te contar. Mas em breve você vai ficar sabendo disso. - ele fez biquinho.

— Boa noite, senhor Zabdiel de Jesús. Com certeza amanhã vai ser um dia bem agitado.

— Boa noite, senhora Alana Sánchez. Já estou com saudades.

— Palhaço. - dei um selinho nele. — Tenha uma boa noite e sonhe comigo.

— Claro que vou sonhar com a mulher mais linda de todas. 

— Tchau, Zabdiel.

— Tchau, Alana.






Abracei ele bem forte, saí do carro e fechei a porta. Ele buzinou antes de ir, e acenei com a mão. Tirei o celular dentro da bolsa, vi que já era 11h00 da noite e dei uma olhada nos lados para ver se não tinha ninguém.






— O que a senhorita está fazendo aqui a essa hora? - um homem falou comigo e reconheci a voz dele. Era o idiota do Christian.

— Por que você não vai cuidar da sua vida? - cruzei os braços e encarei ele, pois não tenho.

— Aquele carro era do Zabdiel?

— Do que você está falando? - foi a única coisa que consegui falar, porque não resta dúvida que ele saiba que estou saindo com o Zabdiel.

ℓα ℓєγ | Zᴀʙᴅɪᴇʟ ᴅᴇ Jᴇsᴜ́sOnde histórias criam vida. Descubra agora