《22》

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— Sabe, Sebastián... - minha mãe puxou o assunto. — Andei pensando naquela proposta e queremos que você pague as nossas dívidas em troca de ficar com a minha filha.

— Então quer dizer que vou ter chances com essa moça tão linda? - Sebastián perguntou olhando para mim.

— Isso mesmo. Você vai ter chances com a Alana. - Armando disse com aquele sorriso falso. Continuei comendo, mas a minha paciência já estava quase esgotando.

— Quero que a sua filha se case comigo em troca de assumir as dívidas de vocês. - Sebastián tocou na minha mão e levantei da cadeira.

— Então vocês querem que eu me case com esse homem em troca de pagar essas malditas dívidas? - gritei com eles e joguei o guardanapo na mesa.

— Alana, se comporta! - minha mãe reclamou.

— Eu não sou algum objeto para ser vendido! Jamais vou me casar com um homem por causa do dinheiro, então não adianta me envolver nesta situação! - peguei um copo e joguei no chão.

— Dá pra você se comportar como uma verdadeira dama? - Armando gritou.

— Eu não vou me casar com esse homem! Jamais vou me vender para um milionário! - peguei o prato e arremessei na parede.

— Querendo ou não você vai se casar comigo. - Sebastián puxou o meu braço. Empurrei ele e corri para o quarto.







Guardei todas as minhas coisas em um lugar que ninguém poderia mexer, até pensei em pegar algumas peças de roupas, mas eu precisava sair dali imediatamente. Fugi pela a janela do quarto, andei por algumas quadras e liguei para o Zabdiel. Foram cinco tentativas, mas ele não me atendeu. Pensei em procurar a Adriana, mas é provável que ela esteja com a família.

Observei os meus pais e o Sebastián me procurando, então escondi atrás de uma árvore para eles não me verem. Lembrei da última conversa que tive com o Zabdiel e tomei a decisão de fugir com ele. Esperei que eles saíssem e sentei no banco da praça. "Como eles podem ser tão egoístas a ponto de me vender para um homem?", comecei a chorar e não me importei se as outras pessoas estavam vendo. Mais uma vez liguei para o Zabdiel, e ele me atendeu. Eu estava muito nervosa e desesperada e não sabia o que fazer.






Meu amor, você está muito nervosa. - Zabdiel falou preocupado. vou aparecer aí para te buscar. Por favor, tente se acalmar.

— Venha logo, Zabdiel. Em qualquer momento eles podem me encontrar. - continuei chorando de desespero.

— Alana, me espere por alguns minutos. - ele disse tranquilamente.

Está bem. - eu disse entre soluços.

Tente ficar tranquila. Eles não vão te obrigar a fazer isso.

— Eu vou tentar.






Zabdiel desligou a ligação, e bloqueei o celular. Continuei esperando ele e fiquei observando se a mamãe, Armando ou Sebastián estão por perto. Finalmente o Zabdiel chegou e conseguiu me encontrar.






— Entre logo antes que alguém te veja. - Zabdiel pediu enquanto abria a porta do carro. Entrei rapidamente e sentei no banco da frente.

— Toma cuidado, Zabdiel. - falei desesperada.

ℓα ℓєγ | Zᴀʙᴅɪᴇʟ ᴅᴇ Jᴇsᴜ́sOnde histórias criam vida. Descubra agora