《14》

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ALANA


Já se passou algumas semanas. Aos poucos comecei a ter mais confiança no Zabdiel, não sei como ele me convenceu a  continuar com a nossa "amizade colorida". Juro que tentei de tudo para ficar longe dele, só que o meu coração sempre fala mais alto e não contigo parar de pensar nele. É isso mesmo. Acabei me apaixonando por ele, porém não tenho certeza se ele sente o mesmo por mim.

Adriana me ajudou bastante durante esses dias, até fizemos compras de roupas nas lojas e além disso, comprei um celular para manter contato com as outras pessoas. Voltei a morar na casa da minha mãe, mas isso não quer dizer que perdoei ela e que faço o possível para ficar distante do Armando. Apenas fico na casa dela nos fins de semana, sendo que ainda permaneço na casa dos meus patrões por causa do trabalho.

Eu estava no meu antigo quarto, aproveitei para organizar as coisas e dei uma faxina no lugar. Em instantes, alguém entrou.




— Pensei que nunca mais voltasse a pisar os pés aqui. - minha mãe começou com as suas indiretas.

— Eu não tive outra solução. Espero que em breve eu consiga um lugar para ficar e que nunca mais vou te incomodar. - tentei me manter firme.

— E aquele rapaz? Ele sabe que voltou pra cá? -  ela perguntou puxando o assunto.

— Do que você está falando? - perguntei me fazendo de desentendida.

— Não se faça de desentendida. Eu sei muito bem que você tem algum interesse nele. - ela respondeu com desconfiança.

— A senhora está pensando errado. O Zabdiel é um homem comprometido e que em breve vai se casar.

— Mas você não perdeu a chance de tirar algum proveito dessa situação.

— Eu não sou o a senhora pensa.

— Não tenho tanta certeza disso, querida.

— Está me lembrada que praticamente me vendeu para o Eduardo só para assumir as dívidas do seu marido?

— O Armando foi como um pai para você!

— Eu sinto muito, mas nunca vou voltar a confiar no Armando e ele nunca foi meu pai.

— Não vou perder o meu tempo discutindo com você. Vou sair com as minhas amigas e volto mais tarde.

— Pra mim tanto faz.

— Você tem que aprender a me respeitar! Eu sou sua mãe e fiz tantos sacrifícios para você ter uma vida melhor! - ela falou se aproximando. — É uma pena saber que você nunca vai reconhecer isso.

— Você só pensa em si mesma. A única coisa que importa pra você é ter uma vida boa e viver longe da pobreza. Você nunca se importou comigo, então não me peça respeito.





Mamãe ficou com raiva, olhou para mim com desprezo e saiu do quarto. Andei em passos lentos até a sala e sentei no sofá. Senti vontade de chorar, mas tentei me controlar.




— Poderia me dizer o motivo de estar assim? - Armando entrou na sala e sentou perto de mim. No mesmo instante, me levantei rapidamente.

— Não é problema seu. - respondi com grosseria. — Eu só quero que você fique bem longe de mim.

— Eu não vou te fazer mal. Você sabe que sempre tive uma consideração pela a sua mãe. Agora por sua culpa eu vou ter que trabalhar para o Eduardo.

— Eu não tenho nada a ver com as suas dúvidas, então nem venha colocar a responsabilidade em mim.

— Cada dia que passa você fica mal educada! Por acaso a sua mãe não te deu educação? Lembra que lhe dei abrigo, comida e roupas quando mais precisou.

ℓα ℓєγ | Zᴀʙᴅɪᴇʟ ᴅᴇ Jᴇsᴜ́sOnde histórias criam vida. Descubra agora