ℓα ℓєγ | Zᴀʙᴅɪᴇʟ ᴅᴇ Jᴇsᴜ́s

《27》

— O quê? - perguntei sem acreditar no que acabei de ouvir.

— É isso mesmo. Você está demitida. - ela falou em um tom arrogante.

— Mas por quê? Eu não posso ser demitida! - falei desesperada.

— Mamãe, você está cometendo uma injustiça! - Zabdiel levantou do sofá e parou na frente dela.

— Eu sou a dona desta casa e posso demitir quem eu quiser. - dona Maitê respondeu.

— O que vai ser de mim? Onde vou morar? - perguntei colocando as mãos na cabeça.

— Você não tem coração! Como pode fazer uma coisa dessas sem ter nenhum motivo? - Zabdiel reclamou.

— Agora mesmo pode arrumar as suas coisas e saia pela a porta dos fundos. - dona Maitê saiu do escritório e nos deixou sozinhos.

"Como ela teve a coragem de fazer uma coisa dessas comigo? Agora sim estou perdida". Olhei para o Zabdiel e ele ficou tão surpreso quanto eu com a decisão dela.

— Agora nem tenho onde morar. - comecei a chorar.

— Vou contar para o meu pai e tenho certeza de que ele não vai permitir que isso aconteça. - ele me abraçou.

— Não adianta, Zabdiel. Agora tenho que procurar outro emprego. - eu disse me afastando dele.

— Fique calma. Prometo que vou resolver essa situação.

— Não se preocupe comigo. Eu sei me virar sozinha.

— Não vou te deixar sair sozinha. Eu preciso fazer alguma coisa.

— Não quero que perca o seu tempo com isso.

— Alana, eu te amo muito. Deixa eu te proteger. - ele falou em um tom calmo. Amo quando o Zabdiel é carinhoso comigo.

— Tudo bem. Só espero que ninguém desconfie que estamos...

— Que estamos tendo um romance? Eu nem me importo com o que vão dizer!

— Agora tenho que arrumar as minhas coisas. - falei abrindo a porta.

Saí do escritório, voltei para o quarto e peguei uma bolsa para guardar as minhas coisas.

— Por que está colocando as suas coisas dentro da bolsa? - Adriana perguntou assustada.

— A dona Maitê me demitiu, então não posso continuar morando aqui. - respondi com tanta raiva que tive a vontade de arremessar alguma coisa na parede.

— E agora? Onde você vai morar?

— Eu não sei, Adriana. Pelo menos tenho as minhas economias e posso alugar um lugar pra ficar. - falei jogando as roupas dentro da bolsa. — De qualquer jeito tenho que arrumar outro emprego.

— Aquela velha chata está sendo muito injusta com você. Agora mesmo vou tirar satisfação com ela. - ela disse abrindo a porta.

— Não faça isso, amiga. - entrei na frente dela para que não pudesse cometer alguma loucura. — Você também pode correr o risco de perder o seu emprego, então prefiro que não arrume mais confusão por minha causa.

— Você pode ficar uns dias na minha casa até encontrar um lugar para morar.

— Melhor não. Eu não quero atrapalhar você e o Xavier.