《10》

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— Eu não me lembro disso. - falei completamente confuso.

— Mas você me disse. Então quer dizer que vai aceitar a aposta?

— Eu sinto muito, Christian. Eu não posso fazer isso. Em breve vou me casar, comprar um apartamento e construir uma vida ao lado da Antonia.

— Está bem. Não vou te obrigar a fazer nada, apenas estou dizendo que você anda pensando muito nela e que tem que acabar com isso. - ele falou ao verificar o celular e o guardou no bolso. — Infelizmente tenho que ir embora.

— A gente se vê depois. - falei ao me levantar. —Acho que hoje não vou sair de casa.

— Tá bom, amigo. Até mais.

— Até mais, Christian.





Acompanhei ele até a porta e fiquei andando pela sala enquanto pensava em algumas coisas.






— Está tudo bem, Zabdiel? - Adriana perguntou. — Parece que anda meio preocupado.

— Estou assim por causa do casamento. São tantas coisas para pensar que fico perdido.

— Fica calmo. Vai dar tudo certo.

— Não tenho tanta certeza disso. Ainda não me sinto preparado para me casar, entrar em uma faculdade e dividir a minha vida com outra pessoa.

— Isso é bem complicado mesmo, mas você é uma pessoa muito inteligente e tenho certeza de que vai procurar uma solução.





Sentei no sofá, passei a mão no cabelo e mordi o lábio inferior. Nunca estive tão nervoso na minha vida, principalmente agora que vou me casar.





— Onde a Alana está? - perguntei olhando para os lados.

— Acho que ela deve estar por aí. - ela respondeu meia perdida. — Alana é tão misteriosa que às vezes some e depois aparece do nada.

— É o jeito dela. - dei risada. — Confesso que gosto do jeito misterioso dela.

— É impressão minha ou você fica todo animado quando fala o nome dela?

— Não... não quero que me interprete mal, apenas sinto um grande carinho por ela e quero ajudá-la no que precisar.

— Eu acredito... - percebi que ela não se convenceu da minha resposta.  — Agora preciso ir no quintal para conversar com o Alexandre.

— Fique à vontade, Adriana. Aproveite o seu dia para fazer o que quiser.

— Obrigada. Você é um ótimo patrão. - ela deu uns tapinhas no meu ombro.

— Prefiro que não me chame de "patrão". - falei quando toquei no seu braço e fui até a cozinha beber água.





Depois que bebi um copo de água, decidi procurar a Alana. Andei por quase todos os cantos da casa e não encontrei nenhum sinal dela. Talvez possa estar no quarto das empregadas fazendo alguma coisa. Bati à porta bem devagar, mas ninguém me atendeu. Então entrei bem devagar e não encontrei ninguém. Acabei ouvindo um barulho de chuveiro e percebi que era a Alana.

Entrei no banheiro discretamente, apenas vi o vidro do box fechado e somente dava para ver o "reflexo" dela. No momento que vi ela tomando banho debaixo do chuveiro, fiquei paralisado e continuei observando cada movimento dela. Mesmo assim, pude admirar o seu corpo perfeito, com as suas belas curvas. Fiquei imaginando como seria se estivesse entrado para admirar a sua beleza, mas percebi que não posso fazer isso.

Senti vontade de entrar para encher ela de beijos e tocar no seu corpo, mas acabei desistindo. "Por que essa mulher me deixa completamente louco?", perguntei para mim mesmo quando me afastei do lugar. Ela desligou o chuveiro, abriu um pedaço do box e pegou a toalha para cobrir o corpo. No momento que saiu, acabou levando um susto ao me ver.





ℓα ℓєγ | Zᴀʙᴅɪᴇʟ ᴅᴇ Jᴇsᴜ́sOnde histórias criam vida. Descubra agora