Shivani acaba de perder o pai. Com a mãe em depressão, ela se vê obrigada a assumir o controle da casa com o irmão mais novo. Bailey teve o pai assassinado há alguns anos e agora viu quatro pessoas de sua família, incluindo a única irmã, morrerem em...
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Hold up! Hold on! Don’t be scared You’ll never change what’ s been and gone. — Oasis, “Stop Crying Your Heart Out”
A semana passa rápido. Bailey me explica por que não posso trabalhar no bar, nem em nenhum outro lugar, por enquanto. Eu cedo, é claro. Não quero constrangê-lo ainda mais.
Vou com ele até o bar em dois dias, mas não quero dar a impressão de que preciso estar sempre por perto, então, nos outros dias, fico em casa ou saio com Savannah, que está perdidamente apaixonada por meu irmão, mas ele nem olha para ela.
Lamar está numa fase ainda pior do que antes. Garotas entram e saem, e ponto-final. Ele não vai se apegar agora. Por mais que goste da Savannah, nem percebe o que ela sente. Já Krystian... Eu o pego olhando para ela às vezes, mas ela não nota. O que acontece com eles? Seria tão mais fácil se os sentimentos fossem recíprocos, e não essa ciranda interminável.
Também invento de querer fazer coisas para Bailey. Queimo o arroz duas vezes por distração, mas finalmente dá certo, e o bife à parmegiana fica bom, mas um pouquinho salgado. Ele ri. Adoro o brilho de orgulho que surge em seus olhos ao me ver tentando viver uma vida tão diferente da que eu costumava ter.
Meu avô continua sem falar comigo e tio Túlio me liga todos os dias, assim como minha avó. Tia Wendy, mãe do Noah e da Sabina, tem me telefonado bastante também. Todos parecem com medo, à espera de que algo dê errado. Não falo com Noah desde que vim para cá e estranho ele não ter me ligado mais. Acho que ele espera o meu contato, mas não quero brigar, então me mantenho distante. Não sei se ele aceitaria Bailey.
Nour ainda não contou ao meu avô que está grávida e pretende se casar em breve. Ela disse que está esperando o momento certo.
Por enquanto nada de crise de abstinência, mas a cada dia que passa sei que estamos mais perto e me apavoro mais. Preciso ser capaz de dar conta disso.
— Preparada? — Bailey me pergunta, sem imaginar o que estou pensando. Ele se refere a visitar minha mãe.
O horário de visita começa às treze horas. Hoje faz uma semana que ela foi internada e também é meu aniversário. Tudo o que desejo é ver minha mãe bem e que Bailey passe pela desintoxicação sem muito sofrimento. Desconfio que vovô tenha dado um jeitinho de mudar o dia de visita, que seria apenas daqui a três dias, por minha causa, mas, como ele está bravo comigo, nunca vai confessar.
— Acho que sim.
— Seu irmão já está lá embaixo com o carro. Vamos? — Ele me abraça e afundo em seu peito, sem querer sair dali. — Vai ficar tudo bem, Shiv. Vou estar por perto.
— Tem certeza que não vai te atrapalhar com o trabalho?
— Tenho. Dá tempo de ir e voltar até meu turno começar.