Capítulo 24

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Eu vou fazer de tudo que eu puder Eu vou roubar essa mulher pra mim

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Eu vou fazer de tudo que eu puder Eu vou roubar essa mulher pra mim.
— Charlie Brown Jr., “Proibida pra mim”

— Que que tá acontecendo aqui? — Pepe sai correndo de dentro do bar e pergunta de supetão. Sua expressão se confunde quando me vê segurando Shivani.

— Andressa, cadê a briga que você falou? — ele questiona nossa hostess fura-olho. Andressa está ao lado dele, com uma sobrancelha levantada para mim

— Puta que pariu! Ele ia pegar ela agora! Mas que merda! — a amiga latina de Shivani reclama. Dessa vez nem eu percebi que tínhamos companhia.

— Vixe, peraí, seu primo tá pegando a minha irmã, Krystian? — Agora é Lamar que sai do bar. — Não sei se gosto disso não.

— Não sei de nada. Não vi nada. Não falo nada — Krystian diz, enquanto faz sinal de positivo com as duas mãos para mim.

De repente parece que estamos num hospício. Percebo que ainda estou com a mão no rosto de Shivani e a tiro devagar. Ela não se afasta.

— Toda a tensão da briga...Nossa!
Ia ser explosivo e eu ia ver, né?
Quem é você e por que atrapalhou? — Sabina fuzila Pepe com o olhar — O gerente — ele responde, cruzando os braços, sem se intimidar.

— Você não era o vocalista da banda? — Ela estreita os olhos e o analisa, depois dá um sorriso, já sem se importar com a cena que estava espiando.

Shivani está calada, mas contém um sorriso quando olha para a amiga.
Ela sabe de algo que eu não sei.

— Vocalista, guitarrista e gerente. — Lex relaxa quando percebe que o tom dela se amenizou e que não tem briga para separar. — E arisco na bateria.

— Moto e tatuagens? —

— Sim. — Pepe dá de ombros, mas sorri. Ele já sabe o que está acontecendo. Todo mundo já sacou. A amiga da Shivani quer meu amigo.

— Hum... Pode me falar mais sobre isso? Lá no bar, de preferência. Você também já foi barman, tenho certeza.— Ela pisca descaradamente para Shivani, que coloca a mão na testa.

Pepe olha para mim, depois para ela, e me diz:

— Eu cubro a sua no bar e você tá livre pra resolver seu lance. Mas, cara, você me deve uma.

— Se você conseguir a garota, não te devo nada — grito enquanto eles se afastam.

— Me deve uma do mesmo jeito — ele grita de volta, entrando outra vez no bar.

A plateia se afasta, menos Andressa, que continua parada, com as mãos para trás, nos olhando.

— Perdeu alguma coisa?
— pergunto, querendo tocar Shivani, mas com medo de que ela se afaste.

As Batidas Perdidas do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora