Capítulo 36

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In this time, are we loving Or do we sit here wondering Why this world isn’t turning around It’ s now or never

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In this time, are we loving Or do we sit here wondering Why this world isn’t turning around It’ s now or never.
Three Days Grace, “Now or Never”

Saio do elevador e bocejo. Estou cansado e preocupado.

Shivani não me ligou nem mandou mensagem depois que foi levar a mãe para a clínica. Como eu disse na carta, não vou procurá-la. Está nas mãos dela agora. Vou sofrer feito o diabo, mas vou entender se ela quiser respeitar a vontade do avô.
Uma merda que vou entender, vou ficar puto, mas meu orgulho vai me fazer ficar quieto.

Talvez quando a mãe melhorar ela me ligue. Ou posso burlar minhas regras e eu mesmo ligar? Onde foi parar o tal do orgulho? Ah, sou um idiota apaixonado, oficialmente.

Destranco a porta do apartamento. Tudo escuro. Acendo a luz do corredor para ver se Krystian está dormindo, mas nada. Cadê aquele moleque?

Deixo o capacete na mesinha e vou para o quarto. A porta está entreaberta e a luz acesa. Vou matar o Krystian por sair e deixar a luz acesa outra vez. Ou será que ele está no meu quarto, mexendo no que não deve?

Abro a porta devagar e a vejo toda encolhida na cama. Os cabelos castanhos estão esparramados no meu travesseiro. Tem uma mala lilás bem grande no canto. O sorriso mais idiota possível surge em meus lábios, enquanto me movo devagar para não acordá-la.

Dou a volta na cama, me agacho e apoio os braços perto dela. Sua respiração está tranquila, ela dorme como um bebê. Passo as mãos no rosto, tentando conter a alegria. Ela veio! Ela veio! Ela veio! Caralho, estou parecendo criança.

Entrelaço os dedos e aproximo as mãos de meus lábios. Uma risada baixinha me escapa e ela se mexe, mas não acorda.

Eu poderia passar o resto da vida só observando Shivani dormir. Tudo bem, talvez não tanto tempo, porque pretendo fazer outras coisas, mas vê-la assim tão tranquila na minha cama faz com que meu peito se encha de um sentimento ainda mais forte do que eu pensava. Cada gesto, sorriso ou frase dela desperta uma música em mim, e isso tem que ser um bom sinal.

Quando não posso mais resistir, acaricio seu rosto. Ela geme baixinho e abre os olhos. Eu poderia morrer só pelo modo como ela me olha.

— Oi... — Shivani diz baixinho.

— Oi, linda.

Ela sorri. Não, é agora que eu poderia morrer.

— Acho que eu dormi.

— É o que parece. — Mexo em seus cabelos.

— Eu saí de casa, Bay.

Dá para perceber que ela está aflita com isso.

As Batidas Perdidas do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora