All I ever wanted All I ever needed Is here in my arms.
— Depeche Mode, “Enjoy the Silence”Soube que estava perdido no exato momento em que Shivani não correu para longe de mim. E, quando a olhei e ela não desviou o olhar, decidi que era hora de fazer o que nós dois queríamos.
Quando a beijo tento ser suave, não quero assustá-la. Já basta ter deixado o baseado para ela encontrar. Mas qualquer tentativa de calma se perde ao sentir os dedos dela passando pelo meu abdômen. Preciso me controlar para não levantar sua saia e terminar com isso de uma vez.
Ela puxa meu pescoço e, em êxtase, desacredito que exista tanta paixão assim nela. Ao mesmo tempo em que vejo que era óbvio. Eu nunca ficaria desse jeito por uma patricinha qualquer, tinha que ser uma capaz de incendiar meu mundo.
Envolvo sua cintura e a aperto contra mim. Ela me aperta mais. Que garota!
Não vejo mais nada. Não ouço mais nada. Tudo o que quero é ela, e por trás da menina doce e atrevida tem alguém em ebulição. Sei que, se eu a convidar para ir para o estoque agora, ela vai, mas isso está tão bom que quero que dure mais.
Mordo seu lábio, depois o sugo devagar e ouço seu gemido baixinho. Eu faria qualquer coisa que ela me pedisse agora.
Quando ela toca minha cintura e brinca, deslizando os dedos ali, eu a beijo com força, me surpreendendo com quanto estou envolvido. Ela não se afasta e isso me provoca mais.
Não resisto e toco a base de seu seio. Penso por um segundo se vou levar um tapa na cara, mas é pior. Digo, melhor. Ela acomoda dois dedos no cós da minha calça e enlouqueço. Não tem como esconder minha ereção, sei que ela sente. Caralho! Caralho! CARALHO!
A porta se abre, mas ela não percebe.
Continua retribuindo cada toque.
Protejo seu corpo com o meu para que não a vejam e escuto uma voz atrás de mim:— O Pepe tá chamando! O garoto novo quebrou outra garrafa e disse que paga cinco se a gente deixar ele trabalhar aqui outro dia. Só pode ser pirado. Vem resolver. — E a porta se fecha outra vez.
Shivani prende o ar, assustada. Encosto a testa na dela, e ela volta a respirar.
Meu peito sobe e desce e mal posso acreditar em tudo o que sinto. Ela me olha, corada, e tudo o que consigo pensar é em ter a garota na minha cama.
— Ele viu a gente? — ela pergunta, num suspiro.
Eu a beijo outra vez e ela não me nega nada. Pouco importa se nos viram ou não. Nossa entrega dura poucos segundos, porque a porta se abre outra vez.
— Ô, Don Juan, o Pepe disse que na próxima vem te buscar. E tá tapando a garota por quê? Tu nunca ligou de esconder antes... — Há um estrondo quando ele fecha a porta.
Continuo protegendo seu corpo da visão dos outros. Não sei exatamente por quê. Só quero poupá-la do rótulo de ser mais uma da minha lista. Embora tudo o que eu queira seja que ela pertença à minha lista. Não, ao topo da lista.
— Preciso entrar. — Toco seu rosto devagar.
— Tudo bem.— Shivani balança a cabeça, tão desnorteada quanto eu.
— Na verdade, é melhor você entrar primeiro. — Dou um sorriso safado e olho para baixo.
Ela fica vermelha, mas não vira o rosto.
— Vou entrar então. — Ela não me solta.
— Isso. — Eu não a solto.
Demoramos mais alguns segundos assim, até que ela se move, caminhando até a porta devagar e virando no último momento para me olhar. Encosto na parede, completamente rendido quando ela sorri antes de entrar.
Olho para o céu, tentando entender o que se passou. Só de lembrar, o arrepio volta. Sim, eu senti um frio na barriga. Peraí, eu senti um frio na barriga? Sim, sr. Bailey May, você sentiu um frio na barriga. PUTA QUE PARIU!
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“Tudo o que eu sempre quis/ Tudo o que eu sempre precisei/ Está aqui em meus braços.”
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As Batidas Perdidas do Coração
FanficShivani acaba de perder o pai. Com a mãe em depressão, ela se vê obrigada a assumir o controle da casa com o irmão mais novo. Bailey teve o pai assassinado há alguns anos e agora viu quatro pessoas de sua família, incluindo a única irmã, morrerem em...