Neste livro compilo uma série de contos e histórias que fui escrevendo no meu blogue.
Histórias sobre os mais diversos temas.
Histórias que tocaram pessoas.
Histórias que podiam ser a tua história.
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Tomei a liberdade de te escrever esta humilde carta para pormos os pontos nos is. (já que até isso pretendes roubar...). Ora bem, vamos por partes: da minha parte não és bem-vindo, ficas já a saber, não me importa se gostas ou não de mim, se não gostas vais aprender a gostar. Eu cá não gosto muito da forma como tentas impor a tua presença, não te fica bem, é um bocado chato fazeres isso às pessoas. E não vai ser agora que vou ser obrigada a introduzir-te na minha vida assim sem mais nem menos.
O que é isso de andares a brincar com as letras? Explica-te lá melhor a ver se eu percebo, quero uma razão plausivelmente aceitável.
A umas letras, divorciadas à nascença, decides juntá-las para um casamento no mínimo improvável, a outras a viver juntas num amor perfeito decides separá-las à força. Mas isto é assim? Já para não falar daquelas acentuadas a quem tu retiras o acento para de certeza fazeres uma sopa de letras.
Coitada da "ação", no meio de tantas aventuras e desventuras perdeu um pedaço.
E agora já não se "para", que o à perdeu a cabeça.
E o "pelo" pobrezinho ficou a descoberto.
Já viste a "minissaia" que de tão mini parece que cresceu?
O "stresse" agora ficou mais gordo.
E o meu mês, "maio", coitadinho já se queixou da importância que lhe roubaste, assim como os outros meses do ano.
Mudanças que implementaste e que a partir de agora nos obrigaste a aceitar e a utilizar e com as quais não concordo (e ninguém concorda), vê lá porque estás em grande desvantagem e isso não é bom para ti se eu fosse a ti pensava melhor – conselho de amiga -, está toda a gente aborrecida e descontente.
Não foi assim que aprendi a escrever (e não vai ser agora que vou aprender) ou melhor a dar erros. Um grande grande grande (mas mesmo grande) erro é tu existires com letras que ninguém entende e palavras demasiado alteradas.
Queres um conselho?
Cuidado para não te esbardalhares, não conheces a palavra?
Deixa lá, eu também não conheço metade das regras que tu inventaste.
